segunda-feira, 26 de agosto de 2013

DEUS NÃO FAZ AQUILO QUE NÓS PODEMOS FAZER.


Exemplo de Ezequias. 2 Cr. 32:1-22. 

O Rei de Judá, Ezequias, que havia suscitado um grande avivamento em Judá, uma vez que o país inteiro estava em uma situação espiritual caótica, pois, os reis antecessores, inclusive seu pai, o rei Acaz, haviam feito o que era mal aos olhos do Senhor Deus.  No primeiro ano de seu reinado, o rei Ezequias providenciou a reabertura do templo que havia sido fechado já há algum tempo, tirando do santuário todas as imundícias, todos os ídolos, os deuses de Damasco que se tornara em ruínas a todo o Israel e a Judá a mais de um século.  O rei Ezequias ordenou aos sacerdotes e levitas que se purificassem primeiramente e se santificassem, para que a casa do Senhor fosse reaberta e purificada. O Rei Ezequias resolveu fazer aliança com o Senhor Deus de Israel para que o ardor de Sua ira fosse retirado da nação, porque o pecado e a desobediência do povo tinha levado a  nação a ruína. 
Todas as pessoas, inclusive os Israelitas que moravam em Judá, participavam agora nos cultos ao Senhor, o Todo Poderoso. Tanto a casa do Senhor, quanto todos os utensílios e os objetos, o altar do holocausto com seus utensílios, a mesa com seus utensílios, tudo tinha sido purificado e santificados ao senhor. A reforma foi total. A Páscoa havia sido reconstituída e celebrada. Centenas de novilhos foram oferecidos em sacrifícios ao Senhor. A alegria reinava em todas as pessoas novamente. Todas as solenidades voltaram e serem celebradas outra vez. Os dízimos eram trazidos em abundância. Tiveram que construir Câmaras para armazenar todas as ofertas que eram trazidas. Enquanto este avivamento extraordinário acontecia em Judá, Israel estava vivendo uma situação totalmente oposta. 
Porque  o rei de Israel, que nessa época era Oséias, também não fez a parte dele, juntamente com o povo para que fossem abençoados por Deus?  Em Judá, as coisas estavam a mil maravilhas. Seus moradores e principalmente seu rei estavam buscando ao Senhor e fazendo o que era bom, reto e verdadeiro aos olhos do senhor Deus. 
Porém, depois de tudo isto, Senaqueribe o rei da Assíria, que já havia invadido e dominado Israel e Síria, resolveu invadir também a Judá. Inclusive já havia tomado algumas das cidades fortificadas de Judá e agora estava acampado em volta da capital Jerusalém. 
O rei da Assíria mandou seu oficial principal, Rabsaqué, com mensagens de desânimo para desestimular aos judeus que estavam trabalhando ainda na reconstrução, e na reforma dos muros, das torres enfim, aos que trabalhavam nas edificações e reformas,  na tentativa de intimidá-los a não reagirem numa luta provável que ele, o rei Senaqueribe, estava prestes a começar. Ele começou a ameaçar o povo através de mensagens negativas tais como: “Em que confiais vós para deixar sitiar Jerusalém? Porventura não vos incita Ezequias para morrerdes à fome e à sede, dizendo: O Senhor nosso Deus nos livrará das mãos do Rei da Assíria?” e ainda: “Não sabeis o que eu e meus pais fizemos a todos os povos da terra? Porventura puderam de qualquer maneira os deuses das nações daquelas terras livrar seu país das minhas mãos? Quem é o seu Deus para livrar-vos da minha mão?... Não vos engane ninguém pode livrar vocês das minhas mãos... E também falaram contra Ezequias e contra o Senhor e escreveu cartas para blasfemar contra o Senhor Deus de Israel, e falavam gritando, em judaico contra o povo que estava encima do muro, com o fim de perturbar e atemorizar o povo”. 
Ezequias, diante dessa situação de guerra eminente, tomou as seguintes providências: 
1. Teve conselho com os seus príncipes e os seus homens valentes.
2. Resolveram juntos que deveriam tapar as fontes das águas que vinham de um aqueduto que Ezequias havia cavado para abastecer um açude dentro da cidade de Jerusalém, que foi chamado depois, já na época de Jesus, por Tanque de Siloé, onde um cego que tivera um emplasto de terra com a saliva de Jesus, feito por Ele mesmo, se lavou a pedido do próprio Senhor, para que ficasse curado. Jo. 9:1-7.  
E Ezequias não só decidiu esconder estas águas, como foram e o fizeram, tapando todas as fontes e o ribeiro que se estendia pelo meio da terra, para que o inimigo não encontrasse tantas águas quando viessem invadir a cidade.
3. Edificou todo o muro, nos lugares em que estava quebrado, até as torres, e levantou outro muro por fora para reforçar o que já havia. 
4. Fortaleceu ainda mais a fortaleza que havia do lado norte de Jerusalém. 
5. Fez armas e escudos em abundância. 
6. Pôs capitães de guerra sobre o povo e reuni-os na praça da cidade e falou-lhes ao coração. Isto quer dizer que ele falava com tanta confiança e entusiasmo que alcançava realmente os corações dos capitães e das pessoas que o ouvia. Ele dizia: “Esforçai-vos, tende bom ânimo, não temais, não vos espanteis, não vos assusteis com o rei da Assíria, porque ele realmente é poderoso, mais o que está conosco é maior do que ele. Com ele está o braço de carne, mas conosco, o Senhor nosso Deus, para nos ajudar e para guerrear por nós”. Ele tanto falou ao coração do povo; tal foi a sua convicção que o povo descansou nas suas palavras e cobrou o ânimo. Então O Rei Ezequias clamou ao Senhor juntamente com o profeta Isaias.

Qual foi a providência da parte de Deus? O Senhor enviou um anjo, que destruiu a todos os valentes, e os líderes, e os capitães no arraial do rei da Assíria, que fugiu envergonhado à sua terra e foi morto à espada por alguns de seus próprios filhos. 

Foi fácil fazer tudo o que o Rei Ezequias e seus príncipes e o povo fizeram? Claro que não! Tapar as fontes deve ter sido muito difícil. Era um túnel de quase quinhentos metros de comprimento, feito em “S”, na rocha, com aproximadamente 80 cm de largura. Esse aqueduto foi tapado de forma que não fosse visto pelos inimigos; totalmente camuflado. 
Construir outro muro numa cidade que já estava cercada precisava de muita coragem e determinação da parte dos construtores. 
Fazer armas também exigiu muito esforço. Provavelmente foram construídas, espadas, lanças, escudos, capacetes, couraças, enfim... E foram muitas as armas que eles fizeram. Pela graça de Deus, apenas por fazerem cada um a sua parte eles não precisaram usar estas armas, mas fizeram a parte que lhes cabia fazer. Não fosse esta disposição, será que teriam recebido do Senhor tamanha vitória? O Senhor enviou um anjo, e derrotou o exército inteiro de Senaqueribe. Esse é o Senhor nosso Deus! Oxalá tenhamos a convicção de Ezequias! Porque o seu Deus é o mesmo Deus a quem servimos hoje. E ainda hoje, temos anjos ao nosso dispor, por ordem do Senhor, para nos ajudar no que precisamos. Hb. 1:14; desde que façamos o que for de nossa alçada. 

Grande abraço!


Um comentário:

Ivon Pereira da Silva disse...

Simplesmente maravilhoso o seu estudo amado irmão, pena que em função de estar viajando não puder meditar logo na sua publicação, mas, estou atualizando as leituras, e me tem sido de muito estímulo espiritual e alegria ao meu coração. Obrigado.
E que Deus te abençoe.