segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

Exemplos de Perfeição

É fim e começo de ano. A tradição tem mostrado que esse é um momento de fazer um balanço do que fizemos e estabelecer as perspectivas para o futuro. Creio que esse é um bom comportamento, o qual nos faz caminhar de forma mais harmoniosa com a realidade, ajudando-nos a manter os pés no chão, a sermos mais gratos a Deus e a todos os que nos favoreceram. Talvez nos mostre também a necessidade de sermos, daqui para frente, um pouco mais generosos com os nossos semelhantes. É quase certo que, durante o ano findo, fomos inspirados por notáveis exemplos de vida e pode ser que também tenhamos servido de modelo para algumas pessoas. Esse é o ponto central de nossa reflexão.
Nós não somos perfeitos. Embora tenhamos sido criados perfeitos, muito bons (Gn 1: 31), o pecado nos corrompeu (Gn 6:11-12). Todavia, sabemos que um dia tudo voltará a ser perfeito. Inclusive nós, também seremos perfeitos. É claro que isso somente ocorrerá quando estivermos juntamente com o Senhor, nos céus (Jo 14:2-3).
Então surge a pergunta: o que devemos fazer até que esse dia chegue? Sentar e cruzar os braços? (Pv 6:6-11). Isolar do mundo? (Jo 17:6-16). Não! Nós devemos continuar nossa caminhada em prol da perfeição. A vereda dos justos é como a luz da aurora, que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito (Pv 4:18). Devemos agir de tal maneira que o dia de hoje seja melhor do que foi o de ontem.
É de destacar que temos orientação para sermos firmes. Portanto, meus amados irmãos, sede firmes, inabaláveis e sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que, no Senhor, o vosso trabalho não é vão (1 Co 15:58). Sede vigilantes, permanecei firmes na fé, portai-vos varonilmente, fortalecei-vos (1 Co 16:13). Vivei, acima de tudo, por modo digno do evangelho de Cristo, para que, ou indo ver-vos ou estando ausente, ouça, no tocante a vós outros, que estais firmes em um só espírito, como uma só alma, lutando juntos pela fé evangélica (Fp 1:27). Todavia, ser firme não significa parar no tempo, estagnar, deixar de desenvolver e de crescer. Embora muitos achem que permanecer firme seja isso, é de ver que a orientação bíblica sobre o assunto vai além de visão míope.
O Senhor é a videira e nós somos os ramos Se estivermos firmes no Senhor, então produziremos muitos frutos (Jo 15:5). Não devemos nos iludir. Quem está parado, quem não der furtos, não está firme no Senhor. Pelo contrário, está cortado dele (Jo 5:2). As promessas do Senhor, inclusive a da salvação não são para pessoas paradas, negligentes, preguiçosas. As promessas devem ser conquistadas. Resultam de muito esforço. Não são vazias as palavras de Jesus quando diz que “o reino dos céus é tomado por esforço, e os que se esforçam se apoderam dele” (Mt 11:12). Sempre que lermos um texto devemos examiná-lo também à luz do seu contraditório. Nesse sentido, o reino dos céus não é para os que não se esforçam. A porta da salvação é “estreita e apertada [...]e são poucos os que acertam com ela” (Mt 7:14).
Nós somos potencialmente perfeitos. Isso quer dizer que temos condições de atingir esse alvo. Por isso devemos buscar o crescimento. É de destacar que Paulo, ao reconhecer sua imperfeição, diz que prossegue ao seu encontro (Fp 3:12-15). Além disso, coloca-se como um exemplo a ser seguido (Fp 3:17; 1 Tm 1:16). Essa é a vida espiritual, aonde uns vão seguindo os exemplos de vida dos demais. Destarte, temos o dever de sermos cada dia melhores, para que aqueles que vierem depois de nós, possam ser ainda mais e mais perfeitos. Isso é permanecer firme.
Olhemos para os nossos pais, para os nossos líderes, para os heróis da fé, olhemos para aqueles que valem a pena ser mirados e sigamos os seus exemplos de vida, que podem não ser perfeitos, porque ninguém é perfeito, mas que certamente visam a perfeição.
Busquemos colocar em prática aquilo que temos aprendido. É de destacar que não ensinamos teorias, mas a Palavra de Deus, a qual deve ser concretizada no dia-a-dia de nossas vidas, sob pena de se tornar inútil e sem sentido para nós. Que exemplos nossos filhos e as novas gerações terão para seguir se nós não praticamos aquilo que ensinamos e se simplesmente jogamos palavras da boca para fora? É evidente que não seremos exemplos e estaremos reprovados. É exemplo aquele que procura se aperfeiçoar e não simplesmente o que é perfeito. Só o Senhor é perfeito. Mas todos aqueles que são mais perfeitos do que nós, servem de exemplos para serem miradas e seguidos.
Portanto, também nós, visto que temos a rodear-nos tão grande nuvem de testemunhas, desembaraçando-nos de todo peso e do pecado que tenazmente nos assedia, corramos, com perseverança, a carreira que nos está proposta, olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus, o qual, em troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz, não fazendo caso da ignomínia, e está assentado à destra do trono de Deus. Considerai, pois, atentamente, aquele que suportou tamanha oposição dos pecadores contra si mesmo, para que não vos fatigueis, desmaiando em vossa alma (Hb 12:1-3).
Ao iniciar esse novo ano devemos erguer nossas cabeças. O número de salvo, o número de instruídos e de encaminhados ainda não é o ideal, mas certamente temos avançado. Isso deve nos animar para continuarmos a corrida até o dia em que o Senhor nos chamar. Foi para isso que viemos a esse mundo (Jo 16:33).
Vitória!

sábado, 29 de dezembro de 2007

XXX RETIRO DE FAMÍLIAS - POXORÉU/MT

Rio dos Crentes, Poxoréu, MT, 29 de dezembro de 2007.

Queridos irmãos em Cristo:

O ano de 2007 chegou ao fim. Certamente temos muitos motivos para dar graças ao nosso bom Deus por tudo o que passou no decurso deste ano. Nós cantamos do hino 347 que “das mercês divinas nos convém lembrar e convêm as bênçãos do Senhor contar”. Devemos lembrar e contar, fazer “isso em memória”, para não nos esquecermos que nosso Deus “é maravilhoso” e “cuida” de cada um de nós. “Se uma porta se fecha aqui, outras portas se abrem ali”. Ninguém deve se esquecer. “Não se vendem dois pardais por um asse? E nenhum deles cairá em terra sem o consentimento de vosso Pai. E, quanto a vós outros, até os cabelos todos da cabeça estão contados” (Mt 10:29-30). Nosso Deus é realmente maravilhoso. E nós, neotestamentários, temos razões de sobra para dar o nosso testemunho. Em especial, quero lembrar e agradecer pelos 29 retiros de família já realizados em Poxoréu. Isso é fantástico! Louvado seja o nosso Deus por isso.
E a vida continua, com novas alegrias, novos sentimentos e muitas outras possibilidades. É isso que está reservado para cada um dos irmãos que se dispuser a vir reunir conosco aqui em Poxoréu, no Acampamento Rio dos Crentes. É o XXX Retiro de Famílias. Glória a Deus! O evento tem previsão de abertura para as nove horas do dia 02/02/2008 e encerramento para doze horas do dia 05/02/2008. Durante este ano foram realizadas algumas melhorias no local para melhor acomodar os irmãos, como por exemplo, a ampliação dos alojamentos femininos.
Os alojamentos com beliches são coletivos, mas há espaço livre para armação de barracas e de redes. Os irmãos devem trazer colchões, lençóis, cobertores e travesseiros; também objetos de higiene pessoal. ATENÇÃO: Durante o dia o clima é quente, mas de madrugada costuma esfriar. Para a alimentação é bom trazer pratos, copos e talheres. Além disso, os irmãos que constantemente necessitem de medicamentos, por favor, não se esqueçam de trazê-los. E, para os cultos, ninguém deve se esquecer das bíblias, hinários, canetas e cadernos para anotações. Para todas as atividades, requer-se de cada um a alegria, a disposição para cooperar e a vontade de estar junto com os irmãos. É possível que todos sejam escalados pelo menos uma vez para realizar alguma das atividades do acampamento.
Os irmãos não devem trazer DVDs, aparelhos de som, tristezas e contratempos para o acampamento. Pede-se também que não se usem roupas de banho no refeitório e nos cultos, mas apenas nos locais apropriados. Sabemos que “o anjo do Senhor acampa ao redor dos que o temem e os livra” (Sl 34:7), mas também sabemos que “o adversário, anda em derredor, como leão que ruge, procurando alguém para devorar” (1 Pe 5:8). Nesse sentido, devemos evitar ficar sozinhos e usar vestuário que não desperte a sensualidade (principalmente nos banhos e atividades desportivas). A simplicidade e a prudência devem ser marcas em nossos retiros. “Sede, portanto, prudentes como as serpentes e símplices como as pombas” (Mt 10:16).
Poderão participar do Retiro todos os neotestamentários em comunhão. Não se recomenda que as igrejas incluam pessoas de outras denominações em suas comitivas para evitar os conflitos. Em qualquer caso, todos os que vierem devem ser bem orientados para que se submetam aos regulamentos e orientações e não introduzam costumes diferentes dos nossos. Pessoas descrentes que estiverem freqüentando as reuniões da igreja podem participar sob a responsabilidade das lideranças locais.
Por último, informamos que cada campista deverá contribuir com R$ 30,00 (trinta reais), sendo R$ 25,00 para alimentação e R$ 5,00 para a manutenção do Acampamento. Estarão dispensados da contribuição os missionários e as crianças abaixo de oito anos. Àqueles que necessitarem, pede-se à igreja que os assistam financeiramente para que venham.
Os demais avisos e o Regulamento Geral serão repassados aos campistas na primeira reunião do Retiro. Orem pelo evento. E que todos tenham uma boa viagem. Que Deus os guarde e os proteja até aqui. Saudações a todos.

Izaias Resplandes de Sousa
Secretário

P.S. 1: Os irmãos que não souberem como chegar ao Acampamento Rio dos Crentes, devem passar no Mercado Torixoréu, à Rodovia MT-130, Km 83,1, nº 29 para obter as informações necessárias. Também estão à disposição os telefones (66)3436-1694, (66)9205-5951 e (66)9205-5956. E-mail: respland@uol.com.br.
P.S. 2: O CD com as fotos batidas durante o acampamento será disponibilizado aos interessados por R$ 5,00. Os irmãos que tiverem máquinas e quiser gravar aqui as fotos que baterem devem trazer o cabo de conexão e o CD de instalação do software.

Equipe de Coordenação

Coordenador: Carlos de Arruda (Cuiabá)
Secretário: Izaias Resplandes (Poxoréo)
Compras: Altivo e Matilde (Rondonópolis)
Escala: João Batista e Priscilla (Cuiabá)
Cozinha: 1ª dia – Joneide (Cuiabá)
2ª dia – Oraide (Barão)
3ª dia – Marizelma (Nova Olímpia) e Rosa (Cuiabá)
4ª dia – Imirene e Neide (Poxoréo)
Apito: Ronnie (Cuiabá)
Som: Ivon Pereira e Leandro (Cuiabá)
Banheiro Feminino: Márcia Lomeu (Rondonópolis) e Rosiran (Nova Olímpia)
Banheiro Masculino: Nelson (Cuiabá)
Bancos: Valmir (Poxoréo)
Limpeza: Lindomar (Cuiabá)
Água: José Carlos (Poxoréo)
Luz: Agostinho (Cuiabá)
Enfermagem: Mildre (Sinop), Arízio Junior (Cuiabá), Cleberson Faria (Cuiabá) e Rosangela Lins (C. Grande)
Fila: Agustavio (Nova Olímpia) e Sebastião (Rondonópolis)
Recreação: Graciete, Priscilla e Euzilene
Esporte: Altamiro (Primavera do Leste)

Observação: Toda atividade recreativa deverá passar pela avaliação prévia da coordenação.

DISTRIBUIÇÃO DOS ESTUDOS
Estudo para Adultos:

Davi Decker – 2 aulas
Isaias Almeida – 2 aulas
Ademar Soares – 2 aulas
José Maria – 3 aulas

Estudo para Jovens:

Davi Decker – 1 aula
Ivon Pereira – 2 aulas
Jose Maria – 2 aulas
Paulo César de Moraes – 1 aula
Odenil Miranda – 2 aulas
Roberto Carvalho – 1 aula

Estudo para Adolescentes de 12 a 14 anos de idade

Roque Nascimento (Barão de Melgaço) – 3 aulas
Honório Neto (Barão de Melgaço) – 2 aulas
Lociano Toledo (Sorriso) – 2 aulas
Edmar Cunha (Sorriso) – 2 aulas

Estudo para Pré-Adolescentes 08 a 11 anos de idade
Rosangela Lins (C. Grande) – 2 aulas.
Nalva Moraes (Jaciara) – 2 aulas
Victor e Éster (Rondonópolis) – 2 aulas
Maria José (Lica) (B. Bugres) – 2 aulas.
Emerson da Silva (Cuiabá/ Santa Laura) – 1 aula

Responsáveis pelas Crianças de 00 a 07 anos de idade
Elayne / Milca (Rondonópolis) – 2 aulas
Edcleya e Inglid (Cuiabá e N. Olímpia)– 2 aulas
Maria do Carmo (Barão) e Ana Paula (Jaciara) – 2 aulas
Nelcy (Várzea Grande) e Deuzina (Nova Olímpia) – 2 aulas
Alessandra e Euzilene (Cuiabá) – 1 aula

sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

CONVITE AOS MISSIONÁRIOS DA U.M.N.T.

Queridos irmãos Missionários


Que a Graça e Paz de nosso Deus esteja sobre vocês

O Conselho da U.M.N.T., em reunião na cidade de Campo Grande, decidiu convocar os missionários da América Latina para uma Reunião Regional, que se dará entre os dias 11 a 17 de fevereiro de 2008, com início às 16h00min.
O local de reunião será na Chácara Aconchego, em Campo Grande-MS, praticamente dentro da cidade. O lugar, além do conforto do dormitório, ainda dispõe de piscina, campo de futebol, quadra de vôlei de areia e playground para crianças.
Portanto, peço que tragam roupas adequadas para as atividades de entretenimento.
Nosso desejo é que aos filhos dos missionários também passem bons momentos de lazer, enquanto seus pais estão nas reuniões.
Realçamos que todas as noites estarão livres para aqueles que desejem fazer outras atividades independentes, como visitar amigos, irmãos, conhecer a cidade, passeios etc.
Consta no cronograma um possível passeio turístico pela cidade e, no último dia (17/02), uma confraternização com as duas igrejas da cidade.

No amor de Cristo

ISA2

sábado, 24 de novembro de 2007

Encontro de Cooperadores em Sorriso - MT

XXXIII ENCONTRO DE COOPERADORES DAS IGREJAS NEOTESTAMENTÁRIAS
SORRISO – MT – 15 a 18 de Novembro de 2007 –

A - INTRODUÇÃO

No dia 15 de novembro de 2007, teve início na bela e pujante cidade de Sorriso, MT, localizada a 410 km de Cuiabá, a capital do Estado, o XXXIII Encontro de Cooperadores Neotestamentários. O evento aconteceu na sede da Igreja Neotestamentária de Sorriso, situada no Jardim Califórnia, composta de dois edifícios com estrutura arrojadas, um dos quais foi concluído em regime de urgência, visando uma melhor receptividade para os participantes do encontro. Em seu pronunciamento durante a abertura do evento, o irmão Edmar Rodrigues Cunha disse que as obras contaram com a participação de todos os irmãos da igreja local, envolvendo homens, mulheres e crianças. Todos quiseram dar a sua participação; todos foram cooperadores.

A abertura do encontro aconteceu às desessete horas. Após a saudação do irmão Edmar Cunha em nome da Igreja Neotestamentária de Sorriso, foram escolhidos os irmãos Isaías da Silva Almeida e Izaias Resplandes de Sousa, para Coordenador e Secretário do encontro, respectivamente.
Em seguida foi definido o temário, o qual foi composto pelos seguintes itens:
I – Confirmação do XXXIV Encontro de Cooperadores para 2008;
II – Previsão do XXXV Encontro de Cooperadores para 2009;
III – Considerações sobre a Missão;
IV – Proposta de Estatuto para as Igrejas Locais;
V – Condições para missionários;
VI – Modelo para evangelização;
VII – Música nas igrejas;
VIII – Temas para o Acampamento.

Temário do Encontro

B - DESENVOLVIMENTO DO TEMÁRIO
I – XXXIV ENCONTRO DE COOPERADORES. Não estando presente nenhum irmão da Igreja de Corumbá para confirmar a realização do encontro lá, os irmãos decidiram pela realização do encontro no Acampamento de Poxoréu, MT, no período de 14 a 16 de novembro de 2008, com início às 9 horas da manhã. Os participantes serão aguardados na quinta-feira à noite.

II – XXXV ENCONTRO DE COOPERADORES. Não foi definido, devendo o assunto ser discutido juntamente com os irmãos do sul, durante o Encontro de Presbíteros e Diáconos que deverá acontecer em Campo Grande, nos dias 1 e 2 de maio de 2008.

Considerações sobre a missão


III – CONSIDERAÇÕES SOBRE A MISSÃO.

Feitas pelo Missionário Isaías Almeida. Inicialmente ele distribuiu um livreto contendo “Orientações para o dirigente e o pregador”, de autoria do missionário Oliver W. Chandler. Em seguida falou sobre a importância de que o tema seja estudado com esses irmãos. Atendendo a solicitação de irmãos, foi proposto e aceito por todos, a realização de um Encontro de Presbíteros e Diáconos em Campo Grande, MS, na Estância Aconchego, nos dias 1 e 2 de maio de 2008. É importante que os presbíteros e diáconos participem do evento. Quanto maior for o número de participantes, melhor. Em seguida o missionário Isaías falou de seu projeto de ir ao Amazonas em 2008 e deixou um convite para os irmãos que desejarem acompanhá-lo. A missionária Rosângela Almeida pediu orações em favor de um casal de irmãos do Amazonas que desejam vir conhecer as igrejas do sul – Válber Farias Abecassis e Josiane Eleutério Coelho. Eles foram muito úteis aos irmãos Isaías e Rosângela, quando organizaram a sua última viagem missionária ao Amazonas.
Em seguida tratou-se da criação e da regulamentação de um Fundo Financeiro para a Saúde dos Missionários da UMNT. Sugeriram-se alguns critérios para que as igrejas cooperem com o fundo, caso desejem. Os irmãos presentes foram questionados se desejavam realmente contribuir com o fundo. Todos manifestaram o desejo de contribuir, optando a maioria por um percentual de 5% (cinco por cento) sobre as receitas da igreja local, o qual será creditado para a UMNT juntamente com a contribuição já realizada para a manutenção da obra missionária.
Aproveitando a oportunidade, Isaías destacou a importância de que os tesoureiros façam relatórios para a Igreja sobre a situação financeira da mesma. Alguns irmãos compartilharam suas experiências. Rondonópolis faz relatórios bimestrais; Poxoréu faz relatório mensal. Outras igrejas têm procedimentos semelhantes. Isaías também orientou no sentido de que não se deixe dinheiro nos cofres dos locais, para que se evitem possíveis aborrecimentos. Foi dito também para que os irmãos não fiquem muito tempo com o dinheiro destinando à contribuição. Que façam as contribuições no domingo para que seja logo recolhido pelos tesoureiros e que quota-parte da missão seja logo encaminhada para a UMNT. Disse que muitas vezes a UMNT faz antecipação da quota-parte trimestral aos missionários. Nesse sentido, é importante que os repasses das igrejas sejam em intervalos mais regulares.
A título de conhecimento e procurando dar maior transparência às atividades da missão, Isaías Almeida informou aos presentes que os missionários firmaram termos de comodato com a UMNT em relação aos imóveis que estão utilizando, a fim de assegurar que no futuro não se tenham experiências desagradáveis a respeito dessa questão.
A respeito do Acampamento de Poxoréu, ficou decidido que será convidado o casal de missionários José Maria e Liliane Iturriaga para cooperarem com estudos durante o Retiro de Famílias de 2008. Também se decidiu que as reuniões durante os próximos retiros serão de 1h e 20 min, distribuídas entre 20 minutos para cânticos e uma hora para estudos. Decidiu-se também que haverá apenas três reuniões, sendo uma pela manhã, outra à tarde e outra à noite. No domingo haverá também a Ceia do Senhor na parte da manhã e, havendo batismos, estes também serão feitos pela manhã. Haverá horários especiais para oficinas específicas.

Finalizando esse tópico, a missionária Rosângela Almeida destacou a importância de que os professores de crianças levem material de apoio para realizar o seu trabalho, haja vista que não é fácil de se obter a concentração das crianças durante uma hora, apenas usando a palavra.

Estatuto para as Igrejas

IV – PROPOSTA DE ESTATUTO PARA AS IGREJAS LOCAIS.

Reconhecendo a necessidade de reforma dos Estatutos Sociais das diversas igrejas locais, os presentes analisaram uma proposta para se realizar as adequações necessárias. Nos debates, alguns aspectos foram melhorados. A cópia alterada fica anexa ao presente relatório. Será apresentado futuramente pela UMNT, o Código de Ética para as Igrejas, contendo os “Princípios e Métodos Neotestamentários”, o qual também deve constar como anexo do novo Estatuto da Igreja Local. A proposta de Estatuto será reapreciada no Encontro de Presbíteros e Diáconos de Campo Grande, em maio de 2008.

Condições para os missionários

V – CONDIÇÕES PARA OS MISSIONÁRIOS. É sabido que os missionários possuem diversas dificuldades para exercer o seu trabalho. Dentre essas se destaca a de locomoção. Nesse sentido, foi apresentado aos irmãos um caso pontual relacionado com o trabalho dos missionários Ademar e Elizabeth Lima, hoje atuando na cidade de Tangará da Serra. Trata-se de uma cidade grande, com bairros afastados, tornando-se muito difícil o deslocamento dos referidos missionários.
Nesse sentido, foi apresentada uma proposta para aquisição por parte das igrejas, de um veículo para apoiar o trabalho dos mesmos. Após sua análise, decidiu-se pela utilização da Conta Poupança nº. 110 990-1, Variação: 01, Agência n°. 4211-0, Banco do Brasil, da UMNT, para a realização dos depósitos, observando o seguinte: os depósitos de Sorriso deverão terminar com 1. Ex.: R$ 1,00; R$ 11,00; R$ 101,00; R$ 1.001,00; etc.; os depósitos de Cuiabá (Cristo Rei) deverão terminar em 2. Ex.: R$ 2,00; R$ 22,00; R$ 102,00; os depósitos de Cuiabá (Bosque da Saúde) devem terminar em 3; os de Sorriso (São José) em 4; os de Sinop em 5; os de Barão de Melgaço em 6; os de Nova Olímpia em 7; os de Rondonópolis em 8; os de Primavera do Leste em 9; os de Jaciara em 0; os de Poxoréu serão acrescidos de R$ 0,10. Ex.: R$ 9,10; R$ 100,10, etc. As igrejas não representadas e que desejarem cooperar com esse projeto, assumindo um compromisso, devem entrar em contato com o missionário Isaías da Silva Almeida.

Modelo para evangelização

VI – MODELO PARA EVANGELIZAÇÃO. O tema foi apresentado pelo irmão Ivon Pereira da Silva. Lendo Mc 16:15-16, disse que a Missão Neotestamentária foi fundada em 1902 e que desde aquele tempo se vem pregando o Evangelho em nosso meio, mantendo-se um grande amor pelas almas. Todavia, nesses tempos modernos, o amor pelos perdidos tem diminuído, o que requer uma sincera reflexão sobre a questão. Baseando-se em Is 6:1 e segs., destacou que agora é a nossa vez de dizer com Isaías o “eis-me aqui, envia-me a mim” à pergunta de Deus: “a quem enviarei?” e demonstrar o nosso amor pelas almas sem rumo. Se nós somos convertidos e vemos as almas sedentas, é nosso dever ir ao seu encontro. Por outro lado, não podemos ir de qualquer maneira. É importante que tenhamos um modelo para a nossa ação de evangelização. Nesse sentido, apresentou como sugestão uma experiência que está desenvolvendo no rádio, em Cuiabá, onde apresenta músicas e mensagens evangelísticas. Em seu entendimento essa é uma experiência que pode ser aplicada em outros lugares. Para tanto, requer apenas que estejamos dispostos a investir uma parte dos recursos da igreja nesse projeto e, talvez, investir menos em construções. Em sua visão, estamos investindo mais em prédios do que na evangelização dos perdidos. Em sua conclusão disse que estamos deixando de ir atrás dos peixes ao longo do rio, para aguardá-los em nosso ponto de pesca, o nosso templo. O rádio é uma sugestão de modelo. Podemos ter outros, mas devemos ter um, concluiu.

O irmão Roque falou de sua experiência, dizendo que desenvolveu o seu amor pelas almas, indo de casa em casa em companhia de outros irmãos mais experientes, como Isaías, Ivon e Ademar e que tentou fazer o mesmo em Barão de Melgaço, mas sentiu que os jovens que o acompanhavam não estavam preparados. Nesse sentido, entendeu que, primeiro deveria prepará-los para depois ir ao campo com eles.

O irmão Izaias Resplandes apresentou a sua experiência com a divulgação de mensagens pela Internet e por meio dos jornais da região, dizendo que tem tido uma boa acolhida. Em seu entendimento, há muitos modelos e cada um deve utilizar aquele que está de acordo com o seu talento. O irmão Odenil falou da dificuldade para evangelizar no entorno do local e que tem visto bons resultados no trabalho que está sendo realizado por diversos irmãos, em outros locais da cidade. David Decker disse que todos os métodos impessoais como rádio e Internet, por exemplo, são muito úteis, mas é necessário que haja um envolvimento pessoal. Lembrou o método que Jesus deixou: fazer a evangelização em duplas. Finalizou dizendo que já temos um compromisso com o Senhor. Falta apenas que “depressa”, cumpramos os nossos votos.

O irmão Gilson falou de sua experiência. Disse que se converteu em casa, após os irmãos de Campo Grande realizarem diversos cultos ali. Em seu entender, o culto pode dar certo, sendo realizado em qualquer lugar, em casas, nas praças, nos presídios, etc, porque quem faz a obra é o Espírito Santo. Leu Mt 6:19-21, destacou que o tesouro do Senhor Jesus é formado pelas almas. Se colocarmos o nosso empenho em favor delas, seremos bem sucedidos, qualquer que seja a forma de agir.
A irmã Mildre disse que, no seu entendimento, o ideal é que marido e mulher façam o trabalho juntos e, em seguida expôs a sua experiência e o método que utiliza. A irmã Lillian Toledo disse que é importante crermos nos resultados da evangelização. Às vezes saímos para evangelizar por evangelizar, mas não acreditamos que o Espírito Santo vai fazer a obra e que, se houver essa fé nos resultados, com certeza vamos obtê-los. O missionário Isaías falou de outros métodos e concluiu que qualquer um deles pode dar resultado, desde que seja posto em prática. A irmã Rosângela Almeida fez uma síntese das idéias. Destacou que é necessário ter amor pelas ovelhas e ter um conhecimento básico das Escrituras. Disse que há, pelo menos cinco coisas que se precisa dizer ao pecador: 1) o amor de Deus (Jo 3:16), 2) a condição de pecador (Rm 3:23), 3) o sacrifício de Cristo (1 Co 15:3), 4) a necessidade de crer em Jesus (At 16:31) e, 5) o crescimento espiritual (2 Pe 3:18). Por último disse que seria necessário fazer um treinamento por meio de cursos de evangelismo. Ao concluir o tema, ficou decidido que serão realizadas oficinas, visando esse treinamento durante o Retiro de Poxoréu.

Música nas igrejas

VII – MÚSICA NAS IGREJAS.
O tema foi apresentado pelo irmão Odenil, com base em Cl 3:16. Em seguida se pronunciou o irmão Lociano, com base em Ap 18:2-4, entendendo que o louvor é a porta usada para o crescimento da “grande Babilônia”. David Decker pronunciou sobre o tema dizendo que o nosso hinário “Hinos e Cânticos” é muito rico, mas bem pouco explorado. Temos deixado de aprender e cantar muitos deles para cantar as músicas produzidas pelos cantores modernos. Leu Ef 5:19 e se posicionou sobre a necessidade de se ter critérios a respeito do assunto.

O irmão Antônio Júlio, lendo 1 Co 14:7-8, disse que a maioria dos “coros” tem sido trazidos para a Igreja pelos jovens. Na verdade, eles gostam dos cantores, trazendo os coros por causa deles e todos acabamos por cantá-los. Nesse assunto, devemos ser capazes de reter o que é bom. O missionário Isaías observou que nós temos tido bênçãos e divisões na igreja por causa da música. O problema não está relacionado com os instrumentos, mas com os músicos. É de observar que muitos deles nem levam ou lêem a Bíblia nos cultos. Em seu entendimento, esse é um assunto que deve ser examinado por cada igreja.

O irmão Ivon disse assustar-se com o fato de muitos cantores terem migrado para o mundo evangélico e estarem hoje influenciando os nossos jovens. Observou que os arranjadores das produções dos cantores evangélicos são os mesmos dos cantores seculares. O missionário Paulo Moraes disse que nós temos de dar importância aos hinos e coros do nosso hinário. Disse que em Jaciara eles fazem um culto de louvor, mas apenas com esses hinos. Quanto a coreografias, não consegue admiti-las. Entende que essa é uma semente que, se espalhada, pode contaminar a todos. Cabem às lideranças trabalhar para não perder esses jovens. O irmão Gilson leu Js 6:3-5, chamando atenção para o fato de que os que tocavam eram os sacerdotes. Em seu entendimento, a música é para os sacerdotes.
A irmã Rosângela observou que nós também fomos influenciados em nosso tempo e temos que ser cautelosos para não perder essas almas preciosas, as quais são muito difíceis de serem conquistada. É de observar que, embora nós sentimos necessidade de mensagens mais profundas, nossos jovens ainda não estão nesse grau de maturidade. Odenil destacou que muitos dos coros cantados, são realmente espirituais e a irmão Rosângela destacou que um hino ou cântico não é espiritual só porque está no nosso hinário. Há uma necessidade de não “espiritualizarmos” os nossos hinos e cânticos. Concluiu sua fala pedindo muita prudência para os líderes em relação a essa questão.

Temas para o Acampamento

VIII – TEMAS PARA O ACAMPAMENTO.


O irmão Odenil solicitou estudos específicos sobre a família, bem como estudos para os jovens e casais, para que se ajustem, a fim de que, futuramente, possam ser utilizados na obra. David Decker pediu estudos sobre a criação dos filhos.

Participantes do Encontro de Sorriso

C – PARTICIPANTES. Participaram do XXXIII Encontro de Sorriso, os seguintes irmãos:

01 – Honório Luiz da Silva (Presbítero) – Barão de Melgaço
02 – Eurípedes Ricardo de Oliveira (Presbítero) – Rondonópolis
03 – Antônio Júlio Pinto (Presbítero) – Cuiabá
04 – Joneide Montezuma Delgada da Silva – Cuiabá
05 – Nelci Teodora Pereira – Cuiabá
06 – Idivaldo de Souza Almeida – Cuiabá
07 – Gilson Benedito Jorge – Sorriso
08 – Márcia Ferreira Paêlo Jorge – Sorriso
09 – Crispim Caetano – Campo Grande, MS
10 – Altamiro Sousa Luz – Primavera do Leste
11 – Sarah Regina Vieira de Sousa Luz – Primavera do Leste
12 – Maria de Lourdes Resplandes – Poxoréu
13 – Izaias Resplandes de Sousa – Poxoréu
14 – Marinalva G. M. de Moraes – Jaciara
15 – Paulo César Moraes (Missionário) – Jaciara
16 – Mathilde Paulo dos Santos – Rondonópolis
17 – Rosiran de Lima dos Santos – Nova Olímpia
18 – Agustávio Cordeiro dos Santos – Nova Olímpia
19 – Ronnie dos Santos Soares – Cuiabá
20 – Euzilene de Aquino Soares – Cuiabá
21 – Elizabeth Silva de Lima – Tangará da Serra
22 – Ademar Soares de Lima (Missionário) – Tangará da Serra
23 – Odenil Miranda de Oliveira (Presbítero) – Cuiabá
24 – Líllia Toledo de Oliveira – Cuiabá
25 – Luciene Oliveira de Toledo – Sorriso
26 – Lociene Rodrigues de Toledo - Sorriso
27 – Edmar Rodrigues Cunha – Sorriso
28 – Ademar Pedalta Martins – Sorriso
29 – Isaías da Silva Almeida (Missionário) – Campo Grande, MS
30 – Rosângela Lins de Almeida – Campo Grande
31 – Leonildo Rodrigues de Toledo (Diácono) – Cuiabá
32 – Edcleya Ariane da Silva Toledo – Cuiabá
33 – Nelson Souza de Queiroz (Diácono) – Cuiabá
34 – Arízio de Almeida Branco – Sorriso
35 – Roque Souza do Nascimento (Presbítero) – Barão de Melgaço
36 – David Decker – Cuiabá
37 – Fredson Charles – Sorriso
38 – Agnaldo Lociano de Paula – Cuiabá
39 – Euziley Tomás de Paula – Cuiabá
40 – Mildre Paulo Pelizer – Sinop

COZINHA: Entre outras, cooperaram as seguintes irmãs:
41 - Marlene Cunha – Sorriso
42 – Iolanda dos Santos Alexandre Silva – Sorriso
43 – Eliene Nascimento Alencar – Sorriso
44 – Maria Sônia Silva Souza de Araújo – Sorriso
45 – Raimunda Sardinha Silva Vieira de Paula – Sorriso

D – CONCLUSÃO. Ao término dos trabalhos, o Relatório foi lido e aprovado por todos.

domingo, 28 de outubro de 2007

Marcha para Jesus I

Marcha para Jesus em São Paulo (2007)
Foto: http://www.midiaindependente.org/pt/blue/2007/06/384891.shtml


Izaias Resplandes

Desde que nos convertemos, temos realizado diversas caminhadas de fé. Quase todas no âmbito do universo neotestamentário. A reflexão que ora pretendemos fazer está voltada para aquelas que são realizadas fora do nosso ambiente seguro e confiável. Objetivamos responder ao questionamento: vale a pena um crente neotestamentário participar desses movimentos, dessas marchas para Jesus, dessas caminhadas que os evangélicos vêm organizando quase que rotineiramente pelo Brasil afora?
O nosso entendimento é que, apesar de não ser proibido, pois “todas as coisas são lícitas” (1 Co 10:23), não é conveniente nos envolvermos nesses movimentos. A tese é a seguinte: Se todas as idéias defendidas pelos evangélicos fossem as mesmas, se todos pensassem da mesma forma, se todos crescem do mesmo jeito, então todos seriam neotestamentários. Não haveria batistas, presbiterianos, metodistas, pentecostais, etc.

Marcha para Jesus II

Todos os crentes em Cristo Jesus formam um só corpo, diz a Bíblia (Gl 3:28). Mas não somos todos iguais. Seguimos a idéia do corpo único que tem muitos membros (1 Co 12:12). Não discordamos que as demais denominações façam parte do Corpo de Cristo e sejam membros dele. Mas, com certeza, eles são membros diferentes de nós e com funções diferentes das nossas, da mesma forma que, dentro da Igreja Neotestamentária nós também somos um corpo com diversos membros, mas cada um com a sua função específica (Rm 12:4). O nosso relacionamento com as outras igrejas evangélicas deve ser harmônico, mas completamente independente. Cada um deve fazer a sua parte, sem intervir na parte do outro. A mistura vai acarretar problemas de diversas ordens. Problemas que ninguém deseja. Nem nós, nem eles. Vale lembrar que o nosso Deus não é de confusão (1 Co 14:33). Eu diria sem nenhum receio que, se alguém não está satisfeito com o modo de ser neotestamentário e está desejando servir a Deus de conformidade com as idéias de quaisquer outros grupos, melhor seria que aderisse a eles de uma vez por todas. Nenhuma coisa deve ser feita “por constrangimento, mas espontaneamente, como Deus quer; nem por sórdida ganância, mas de boa vontade” (1 Pe 5:2). Não é possível comungar idéias díspares ao mesmo tempo. Uma atitude de saída seria muito mais benéfica para todos do que uma insatisfação e um desprazer. É de destacar que devemos ser sinceros, tanto conosco como também com os demais. Seja o vosso sim, sim e o vosso não, não (Tg 5:12). Neotestamentário ou não, essa é a idéia.
Por outro lado, é de observar que nós sempre julgamos e sempre fomos e sempre seremos julgados pelas nossas ações (1 Co 6:2-3; 14:29). Isso acontece neste mundo e ocorrerá também no além (At 17:31). “Assim, pois, cada um de nós dará contas de si mesmo a Deus” (Rm 14:12). Além disso, “com o critério com que julgardes, sereis julgados; e, com a medida com que tiverdes medido, vos medirão também” (Mt 7:2). Na verdade, “aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo, depois disto, o juízo” (Hb 9:27).
Julgar e ser julgado sempre, eis a lei natural. Isso é corolário dos princípios da causa e efeito e da reciprocidade. Pode-se ver que está presente em praticamente todas as situações da vida de uma pessoa. Só para ilustrar, podemos destacar o perdão, lembrando que Jesus, quando falava sobre a oração, ensinou que deveríamos pedir em função do que havíamos dado. Então seriamos atendidos na medida em que tivéssemos perdoado àqueles que nos tivessem ofendido. Em outras palavras: somente haveria perdão para nós, se antes tivéssemos sido capazes de perdoar. Aplicação direta do princípio da reciprocidade: façam por mim o que eu fiz por vocês (Mt 6:12-15).
Uma coisa é certa. As idéias que disciplinam a organização do reino de Deus são muito semelhantes às idéias que foram plantadas por ele em cada criatura, inclusive em nós, quando do ato de criação. Não é à toa que Jesus falava por meio de figuras conhecidas por nós. Mesmo que as coisas celestiais sejam superiores às terrenas, há coisas que na Terra nós consideramos boas e outras que consideramos ruins. Nós seguimos esse mesmo parâmetro para entender as coisas lá de cima. É claro que quando estivermos lá, não haverá mais necessidade de comparações, porque então veremos tudo como realmente é. Mas, até que isso aconteça, a linguagem figurada é o caminho exemplificado pelo Senhor Jesus. “Estas coisas vos tenho dito por meio de figuras; vem a hora em que não vos falarei por meio de comparações, mas vos falarei claramente a respeito do Pai” (Jo 16:25). “Porque, agora, vemos como em espelho, obscuramente; então, veremos face a face. Agora, conheço em parte; então, conhecerei como também sou conhecido” (1 Co 13:12).
Destarte, vejamos como se dão os julgamentos na terra.

Marcha para Jesus III

É fácil de compreender os critérios adotados nos julgamentos cotidianos, se tomarmos como base os ditados populares. É de ver que eles refletem a sabedoria dos homens. A propósito, um deles declara: “diga-me com quem tu andas e eu te direi quem tu és”, ou seja, somos julgados pelas nossas companhias. Nas caminhadas, ninguém vê neotestamentário, batista ou qualquer outro que seja. Vêem-se as lideranças, aqueles que estão à frente da organização. São eles que dão os comandos, as ordens, as orientações. E todos serão julgados como evangélicos daquele movimento. Quando participamos dessas marchas, nós estamos nos colocando sob o jugo de seus organizadores, que não pensam como nós. O jugo deles é um e o nosso é outro. E nesse sentido, somos bem orientados. “Não vos ponhais em jugo desigual” (2 Co 6:14). À luz das nossas crenças eles são incrédulos, pois eles não acreditam que seja correta a forma como nós cremos, pois, se assim fosse, seriam também neotestamentários. Da mesma forma que para eles nós também poderemos ser considerados incrédulos. E isso é perfeitamente lógico e normal.
“Casa de ferreiro, espeto de pau”. Esse ditado aponta que o julgamento pode se basear na forma como cada um faz as coisas para si mesmo. Quando você age, você é zeloso, ou faz as coisas de qualquer maneira? Ao participar das marchas para Jesus, você está sendo zeloso das doutrinas e práticas neotestamentárias ou está colocando elas em pé de igualdade com qualquer outra? É preciso pensar sobre isso. Deus pode ter dado para eles uma forma de agir, mas deu outra para nós. Assim, “irmãos, reparai, pois, na vossa vocação” (1 Co 1:26) e “cada um permaneça na vocação em que foi chamado” (1 Co 7:20), fazendo a obra neotestamentária com o zelo espiritual, lembrando que a Palavra chama de “maldito aquele que fizer a obra do SENHOR relaxadamente!” (Jr 48:10), ao tempo em que destaca que o nosso Deus é extremamente zeloso (Ex 20:5).
É de destacar ainda o ditado que diz: “filho de peixe, peixe é”, o qual vem mostrar como as nossas ações podem influenciar no nosso julgamento e no de nossa família. É de observar que para muitos, isso tanto faz, como tanto fez. É comum de se ouvir: “a vida é minha, vivo do jeito que bem quero e ninguém tem nada com isso”.
Todavia, as coisas não são bem assim. Havemos que nos preocupar com os nossos semelhantes. Todos nós temos uma responsabilidade social. “Disse Jesus a seus discípulos: É inevitável que venham escândalos, mas ai do homem pelo qual eles vêm! Melhor fora que se lhe pendurasse ao pescoço uma pedra de moinho, e fosse atirado no mar, do que fazer tropeçar a um destes pequeninos” (Lc 17:1-2). Por sua vez, Paulo, imbuído desse pensamento, nos orienta para levar “as cargas uns dos outros”. E complementa que essa é a “lei de Cristo” (Gl 6:2). Se fizermos isso, com certeza o fardo de Jesus será realmente leve como ele disse em sua Palavra (Mt 11:30).
É de reconhecer que o amor é social. O próprio Senhor Jesus, ao falar sobre a lei de Deus, disse que o segundo grande mandamento consiste em amar “o teu próximo como a ti mesmo” (Mt 22:39). Posteriormente, disse ainda: “novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros. Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros” (Jo 13:34-35).
É de concluir, portanto, que o grande ensinamento do Senhor é no sentido de que nos preocupemos uns com os outros. Que nos amemos reciprocamente. Jesus espera que ao invés de ficarmos condenando os nossos irmãos pelas suas fraquezas, que os ajudemos a se tornarem fortes e vitoriosos combatentes. Mais importante do que ganhá-los para o reino de Deus é ensiná-los a viver como cidadãos dos céus. Não condenamos os que participam das caminhadas, mas, em face de tudo o que dissemos, não julgamos que elas sejam convenientes para os neotestamentários, porque nem todos somos tão fortes para não sermos influenciados. “É bom não comer carne, nem beber vinho, nem fazer qualquer outra coisa com que teu irmão venha a tropeçar ou se ofender ou se enfraquecer” (Rm 14:21).
Essa é a lição do amor, muito bem ensinada por Paulo. Segundo ele: “o amor é paciente, é benigno; o amor não arde em ciúmes, não se ufana, não se ensoberbece, não se conduz inconvenientemente, não procura os seus interesses, não se exaspera, não se ressente do mal; não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta” (1 Co 13:4:7). Se formos mesmo fortes, então também levaremos em consideração as fraquezas dos nossos irmãos.
Portanto, “rogo-vos, pois, eu, o prisioneiro no Senhor, que andeis de modo digno da vocação a que fostes chamados” (Ef 4:1). Que o nosso juízo seja um juízo de amor pela causa neotestamentária e que nos conduza para uma santa liberdade, diferente de qualquer outra coisa que seja chamada por esse nome. “Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres”. (Jo 8:36) Amém!

terça-feira, 2 de outubro de 2007

Conferência Missionária da U.M.N.T.


Os missionários da UNIÃO MISSIONÁRIA NEO TESTAMENTÁRIA - U.M.N.T.

Estão convidados para participar da Conferência Regional em Campo Grande-MS, Brasil.

Data: 11 a 16/02/2008

Início: às 16 horas do dia 11

Término: às 16 horas do dia 16.

Informações pelo telefone (67) 3325-9654

sábado, 22 de setembro de 2007

Dona Januária

José Antônio Medeiros


No último dia 17 morreu dona Januária. Era assim que era conhecida por todos. Figura de sorriso fácil e de uma conversa muito agradável. Ela nasceu no Rio Grande do Norte, onde se casou com “seo” Hermenegildo, tendo com ele 23 filhos dos quais 13 cresceram com saúde, os outros acabaram não vencendo a mortalidade infantil tão comum na região nordestina.


Na década de 1970 veio com seu esposo para Rondonópolis-MT, foi morar na região do Alto Areia onde conheceu o evangelho. Sua família, contando netos e bisnetos beiram as 140 pessoas.
Se tivesse que resumir a história de dona Januária numa frase, a frase, com certeza ela seria: uma pessoa que se importava.

Ela se importava com coisas aparentemente simples. Quando ela fazia a pergunta “como vai você?”, realmente ela estava querendo saber se a pessoa estava bem ou não. O interessante era a sua capacidade de ouvir, não se afadigava, ouvia atentamente. Gostava de fazer amizades, e teve muitos amigos. Se importava em orar pelos enfermos, fossem eles parentes, irmãos da igreja ou quem quer que fosse.

Não tinha uma formação acadêmica, nunca freqüentou os bancos de uma faculdade, mas pode-se dizer sem medo de errar que era uma mulher sábia. Aos seus, sempre se preocupou em passar as bases para a formação de um caráter sólido. E nisso posso falar com muita propriedade, porque estou a falar da minha avó. Ela nos ensinou coisas simples como não pegar o que é do próximo, respeitar os mais velhos, honrar o pai e a mãe... Foram valores que ela sempre se preocupou em passar aos seus netos quando pequenos e que provavelmente foi o mesmo que fez com os filhos.

Era uma boa contadora de estórias. Quantas vezes dormi impaciente com suas estórias, que sempre tinham continuação no outro dia! Eu, como toda criança, era impaciente e queria que ela terminasse de contar.

Ela sabia impor limites e sempre deixava claro o porquê da correição. Leio hoje teorias muito bem formuladas por especialistas de como criar filhos e fico às vezes pensando que os autores deviam ter conhecido dona Januária. Sempre deixava muito claro, que a reprovação era na conduta e não na pessoa.

Hoje ficamos em um misto de tristeza e alegria. Ficamos tristes porque é próprio do ser humano não receber bem uma perda, mas ficamos contentes pelo carinho dos amigos neste momento; ficamos contentes pela herança que recebemos desta maravilhosa pessoa que passou pela terra. A dona Januária dispensou um tratamento vip aos seus e eu só tenho a agradecer a Deus pela lição de humildade, simplicidade e sabedoria que pude aprender através da minha avó.

Ela foi a prova viva de que a excelência está no hábito de se fazer cotidianamente o que tem que ser feito. Nunca vi minha avó fazendo algo de espetacular durante os mais de trinta anos que pude conviver com ela. Quase a gente nem percebia suas ações; a gente apenas usufruía delas, pois era assim que ela agia: sem alarde, na velocidade da vida e cotidianamente. Assim como o sol que nasce de manha se põe à tarde, assim era dona Januária.

Neste momento em que a morte nos torna mais introspectivos é que estamos percebendo o quão sábia, maravilhosa e importante foi dona Januária na vida dos seus, dos seus familiares e da sua igreja.
Vinde a mim todos vós que estais cansados e oprimidos e eu vos aliviarei, pois o meu fardo é leve e o meu jugo é suave.

Rondonópolis (MT), 17/09/2007. José Antônio Medereiros é um dos tantos netos de dona Januária.

domingo, 9 de setembro de 2007

XXIX RETIRO DE FAMÍLIAS DE POXORÉU

Abençoados irmãos. Estamos muito contentes. Sentimos que Jesus está presente aqui em “Rio dos Crentes”, no septuagenário município de Poxoréu, MT, situado 250 km a leste da Capital do Estado, onde estamos reunidos desde seis de setembro último. A presença dele em nosso meio fica evidente na alegria dos 148 campistas que estão participando do XXIX Retiro de Famílias. Não tivemos qualquer contratempo. O termômetro espiritual está assinalando uma excelente temperatura no meio da comunidade neotestamentária.
Estamos recebendo ensinamentos de qualidade, os quais estão sendo ministrados pelos missionários Isaías da Silva Almeida, Ademar Soares de Lima e Paulo César Moraes. Além deles, diversos irmãos estão cooperando com os estudos, como por exemplo o Pr. Délcio Vesenick, da Neo da Vila Planalto (Campo Grande, MS), o Pr. Ivon Pereira da Silva, da Neo do Bosque da Saúde (Cuiabá, MT), o irmão David Decker, também de Cuiabá, entre outros. Dentre os temas abordados, têm sido explorados, entre outros, “A VERDADEIRA ALEGRIA DO POVO DE DEUS”, “A DIGNIDADE DA CASA DO CRISTÃO”, “A VERDADEIRO SIGNIFICADO DOS DÍZIMOS E OFERTAS”, “ALGUMAS CONSIDERAÇÕES FUNDAMENTAIS SOBRE A OBRA MISSIONÁRIA”, etc. Louvemos ao nosso Deus por mais essa vitória espiritual que Ele está proporcionando ao seu povo, em Poxoréu, MT.

sábado, 25 de agosto de 2007

O planejamento de nosso sonho de vida

Izaias Resplandes[i]

A concretização de um sonho na maioria das vezes leva uma vida inteira. Isso requer da pessoa que, após eleger aquilo que será a razão de sua existência, envide em tal objeto todos os investimentos possíveis para a sua realização. Destarte, é bom que não haja desvios. Havendo-os, ocorrerão atrasos e, em muitos casos, o projeto ficará totalmente inviabilizado. Por isso é importante pensarmos bem antes de tomar a decisão, antes de escolher o sonho especial, para que não ocorra de termos corrido em vão. O tempo que passa não se recupera. A caminhada na direção errada estará perdida para sempre. Veja-se, portanto, que antes de avançarmos um passo sequer, tenhamos o cuidado de sentar e planejar toda a seqüência dos atos que serão necessários para atingirmos os nossos objetivos. Isso será imprescindível para que tenhamos bom êxito em nosso empreendimento[ii].

Não se pode perder de vista o fato de que a realização de um sonho seja uma verdadeira guerra, composta de muitos embates. Se desejarmos ser bem sucedidos em nossa empreitada, devemos ter um projeto de vida muito bem elaborado. Há que se ter bem definido, por exemplo, o que queremos e o porquê desse querer, bem assim, o que faremos e o como faremos para alcançá-lo, ou seja, quais serão os nossos objetivos, as nossas justificativas e os caminhos que percorreremos para tornar o nosso sonho de vida uma realidade[iii].

A falta de clareza na definição dos alvos poderá implicar em afastamentos do caminho desejado. Muitos têm feito assim e se perderam. São tantos os exemplos nessa ótica, mas certamente o que denota isso com mais clareza é o caso de “Sodoma, e Gomorra, e as cidades circunvizinhas, que, havendo-se entregado à prostituição como aqueles, seguindo após outra carne, são postas para exemplo do fogo eterno, sofrendo punição”[iv].

É de observar que a falta de objetivos conduz a um caminhar vago, onde não se sabe para onde se está indo. Nesse sentido todo caminho é caminho. E é por isso que muitos preferem seguir essa jornada sem compromisso, onde cada um faz o que bem quer e como quer. Todavia, é muito perigoso caminhar às cegas. A jornada pode terminar em algum dos tantos abismos que existem pela frente. Por tal motivo, não seria prematuro dizermos que aquele que se conduz dessa forma seja, no mínimo, um insensato, haja vista que o caminho do cego está em uma trajetória de colisão com a perdição, tanto material como espiritualmente falando[v].

Além de definirmos o que queremos fazer em nossa vida, devemos também explicar para nós mesmos o porquê de nosso querer. Isso é muito importante, pois nos dará segurança para executarmos nossas ações futuras. Não seremos como meninos levados de um lado para outro por qualquer vento motivador. Estaremos caminhando com plena convicção de que não existe outra coisa melhor para nós do que aquilo que estamos fazendo. Quando formos argüidos sobre os nossos motivos, teremos uma resposta à altura. Como é ruim ver nossos filhos dizendo que não fazem isso ou aquilo porque “meu pai” ou “minha mãe” não deixa. Ou ainda pior: “não faço porque minha igreja não permite”. Essa argumentação é frágil por demais. E a vida de uma pessoa fundamentada em alicerces tais poderá ser ceifada por qualquer inimigo mais bem preparado[vi].

É de reforçar como é de fundamental importância estarmos seguros do que e do por que estaremos fazendo tais e tais ações ou do porque não estaremos fazendo outras tantas. Deveremos ter respostas prontas e seguras para dar a todos, mas, em especial, para nós mesmos. Se agirmos ou omitirmos nisso ou naquilo, não é porque nossos pais ou nossa igreja não permitiram, mas porque nós entendemos que deveria ser dessa ou daquela maneira. Ninguém deverá responder pelos nossos erros a não ser nós mesmos, ainda que outros possam tirar proveito dos nossos acertos. É de péssima educação buscar jogar em cima dos outros a culpa por nossos atos impensados. É altamente passível de crítica. Nesse sentido, é bastante didático ver o que aconteceu em conseqüência do jogo de empurra-empurra que se deu no Jardim do Éden logo após a queda de Adão e Eva[vii].

Não se deve olvidar de que cabe a cada um, com exclusividade, a responsabilidade por aquilo que praticar. Toda a recomendação é para induzir-nos de que devemos nos preparar adequadamente para enfrentar o futuro desconhecido, a fim de que ele não nos pegue desprevenido. Do ponto de vista material, aquele que possuir um bom planejamento terá muito mais possibilidades de sucesso do que qualquer outro que não tenha nada na mão. E do ponto vista espiritual, temos diversas orientações no sentido de buscarmos a devida qualificação para enfrentarmos as hostes espirituais do mal[viii].

Também é de se perguntar para onde estamos indo: se para os céus, se para Roma. O ditado popular diz que todos os caminhos levam à grande cidade, chamada por muitos de “a grande Babilônia”, no sentido de que qualquer caminho leva para lá. Por outro lado, nossas reflexões nos têm mostrado que esse “qualquer caminho” pode nos levar, na verdade, ao abismo de perdição. Portanto, há que se ter cautela. Mesmo que aos nossos olhos o caminho pareça bom, não se olvide de que às vezes as aparências enganam. Há somente um caminho que nos levará ao nosso destino. À sua seleção se oporão todas as demais possibilidades. Se um caminho é o melhor, os outros não poderão ser. Além disso, é de ver que estamos falando da vida, um dos nossos bem mais preciosos. Nesse sentido, não podemos tratar o assunto como se fosse uma questão de múltipla escolha. Temos que tão somente seguir o caminho certo e, portanto, precisamos saber qual seja ele[ix].

Assim deverá ser o planejamento com vista à realização do sonho de nossa vida, cuja importância e imprescindibilidade deverão ser reconhecidas e concretizadas por nós, a fim de que possamos ao término de nossa carreira, não somente ser considerados individualmente bem sucedidos, como também ser elogiados por termos levado outros tantos companheiros a lograrem dos nossos bons resultados. Aí, sim, poderemos dizer juntamente com Paulo: “combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé”[x].


[i] Izaias Resplandes de Sousa é membro da Igreja Neotestamentária de Poxoréu, MT.
[ii] Lc 14:28-32
[iii] 2 Tm 2:4
[iv] Jd 1:7
[v] Jó 22:15-16; Mt 7:13; 15:14
[vi] 1 Pe 5:8
[vii] Gn 3:9-19
[viii] Am 4:12; 2 Tm 2:15
[ix] Ap 14:8; Pv 14:12; 15:24; Jo 14:6
[x] 2 Tm 4:7

sexta-feira, 24 de agosto de 2007

Desculpa nos

Náo serà possìvel a presença dos missionàrios Josè Maria Iturriaga e Eliezer Medina neste Acampamento por motivo de força maior...

domingo, 19 de agosto de 2007

A SELEÇÃO DO SONHO DA VIDA

Izaias Resplandes[i]

É próprio do homem o desejo de ter uma vida de sucesso e plena de grandes realizações. Nós fomos criados para o propósito de “crescer”, “dominar” e “encher” a terra com nossas ações. É de entender a expressão “terra” em contraposição com “céus”, ou seja, é tudo o que não é firmamento. Nesse sentido, a compreensão é de que o homem foi criado para “encher” e “dominar” toda a porção física do universo[ii].
Imprópria e falsa é a declaração de vontade desassociada de ações que possam torná-la uma realidade. O querer traz implícito o realizar. Aquele que realmente quer deve ser alguém que está disposto a fazer. Ou se quer e faz ou de vez se não quer. As duas idéias são antagônicas. Não serve o ficar em cima do muro. O que age dessa forma, não granjeia a confiança dos demais. É de notar que, a fim de conseguir transmitir confiabilidade, algumas pessoas têm o péssimo hábito de ficar prometendo e jurando por Deus e tudo o que é santo, de que aquilo que está dizendo é a verdade. Nada soa mais falso do que esse juramento[iii].
“Ah, o meu sonho é ser um médico!” – diz alguém. “Já o meu desejo é ser um missionário” – diz outro. Para ambos eu diria: Que maravilha! E o que é que cada um de vocês tem feito para tornar esse sonho uma realidade?
Um sonho? Sim! É preciso ter sonhos, desejos, ambições. Eles serão os nossos pontos de partida. Mas não se pode ficar simplesmente sonhando o tempo todo. É preciso ter os pés no chão. Somos conquistadores e não meros sonhadores. Dentre os diversos sonhos e desejos do coração, deveremos eleger um em especial, o sonho de nossa vida, um ao qual envidaremos todos os nossos esforços para torná-lo uma realidade, um que não poderemos morrer feliz sem tê-lo realizado. Deve ser algo de que não nos envergonharemos em levar ao conhecimento das pessoas e, principalmente à presença de Deus em nossas orações, pedindo-lhe para ajudar-nos a alcançá-lo, haja vista que somente com as bênçãos dele poderemos atingir os bons objetivos, os bons desejos e os bons sonhos[iv].
Durante esse processo de consulta, não se pode olvidar de que o Senhor fala conosco de muitas maneiras. Além de sua Palavra Direta, Ele também pode se utilizar de pessoas conhecidas ou estranhas, crentes ou não e até mesmo de animais ou situações. Um bom exemplo é a história de Balaão[v].
Devemos estar atentos para a orientação feita através da Palavra, dos irmãos, dos parentes, dos amigos e até dos desconhecidos e de acontecimentos inusitados. Não há que ter pressa na decisão a ser tomada. Devemos pensar bem no que queremos e ver se o decidido é realmente a melhor escolha, para que não ocorra de ficarmos andando de um lado para outro, indo e voltando, começando tantas coisas diferentes sem concluir nenhuma[vi].
Por outro lado, o fato de escolhermos algo para realizar, não quer dizer que não possamos fazer outras escolhas. É certo que poderemos realizar muitos de nossos sonhos e fazer muitas coisas boas em nossa vida, mas cada coisa deve ser feita ao seu tempo. É preciso ter ciência de que nós não teremos condições de fazer tudo o que desejamos de uma só vez. E, se não fizermos uma seleção daquilo que é o mais importante, se não estabelecermos uma escala de valores e de prioridades, cairemos no chamado “desespero de Marta”, entraremos em depressão e conheceremos o fracasso[vii].
É preciso ter em mente que a orientação divina é clara. Não há dúvidas quando o Senhor fala[viii]. Se, mesmo ante as primeiras orientações, não conseguirmos fechar a nossa escolha é melhor não avançarmos. Não se devem correr riscos desnecessários. O bom conselho é para que voltemos à oração e aos instrumentos divinos de esclarecimento (a Palavra, os irmãos, os amigos, os filhos, etc.). Isso deve ser feito até que tenhamos plena convicção de que estamos no caminho certo. Não nos esqueçamos de que existe um tempo certo para todos os nossos propósitos[ix].
Esse deve ser o nosso primeiro norte, que culminará com a escolha decisiva do sonho que ocupará senão toda, pelo menos a maior parte de nossa vida e que será desenvolvido segundo um criterioso projeto a ser elaborado pelo conquistador do grande e maravilhoso mundo de Deus.

[i] Izaias Resplandes de Sousa é membro da Igreja Neotestamentária de Poxoréu, MT. É professor em Poxoréu, MT e acadêmico de Direito em Primavera do Leste, MT.
[ii] Gn 1:27-28
[iii] Tg 5:12; Ap 3:16
[iv] Sl 38:9; Rm 7:18; Fp 2:13
[v] Nm 21:1-34; Cf. Hb 1:1-2.
[vi] Ef 4:14
[vii] Lc 10:40
[viii] 1 Co 14:33; Tg 3:16
[ix] Ec 3:1-7

domingo, 12 de agosto de 2007

Viajando para Poxoréu

Este é o "Rio dos Crentes". É um rio maravilhoso, com águas cristalinas e refrescantes, onde o povo de Deus se delicia durante os intervalos dos estudos. A paisagem do entorno é maravilhosa, como se pode ver por essa pequena vista fotográfica. Aqui nós sentimos que Deus é de fato nosso Pai e podemos imaginar que se mesmo na Terra nós já temos um lugar como este, como será então o Paraíso Celestial?
Vários irmãos com quem nós contactamos já estão fazendo as malas e se programando para estarem aqui no período de 07 a 09 de setembro. Serão três dias fantásticos de comunhão. Estamos aguardando a sua chegada. A Comisssão Organizadora, presidida pelo nosso querido missionário Paulo César Moraes está dando o máximo de si para que você possa se sentir muito bem aqui em Poxoréu durante o XXIX Retiro Espiritual de Famílias. Temos previsão de estarem presentes cinco missionários: Isaías, Paulo, Ademar, Eliezer e José Maria Iturriaga, além de diversos presbíteros e diáconos. Todos estão se mobilizando para que tenhamos um Retiro Nota Dez. Então ore, prepare-se e venha para cá. Desde já eu peço a Deus que te dê uma boa viagem.
Grande abraço.
Izaias Resplandes (Secretário).

segunda-feira, 6 de agosto de 2007

A conquista do mundo de Deus




Izaias Resplandes*



Ó profundidade da riqueza, tanto da sabedoria como do conhecimento de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis, os seus caminhos! Quem, pois, conheceu a mente do Senhor? (Rm 11:33-34). Mesmo os mais sábios deste mundo têm fracassado, admitindo que a plenitude do saber é praticamente inacessível. Willian Shakespeare, famoso escritor inglês atribuiu a Hamlet, um de seus personagens, uma frase que eternizou esse reconhecimento. Disse ele: “Há muito mais coisas entre o céu e a terra do que supõe a nossa vã filosofia”.
Isso, todavia, não significa que tal saber não deva ser perseguido pelo homem. Paulo de Tarso, escrevendo aos filipenses declarou: “Não que eu o tenha já recebido ou tenha já obtido a perfeição; mas prossigo para conquistar aquilo para o que também fui conquistado por Cristo Jesus” (Fp 3:12).
É de destacar, ainda, a tristeza de Paulo em relação à falta de progresso no conhecimento por parte dos coríntios. Lamenta que eles ainda sejam crianças incapazes de digerirem um alimento mais sólido, um conhecimento mais profundo (1 Co 3:1-2). O mesmo se dá em relação aos hebreus. Segundo o autor, em face do tempo decorrido eles já deviam ser mestres. No entanto, ainda careciam de alguém para ensinar-lhes os princípios elementares dos oráculos de Deus (Hb 5:12).
Uma das condições para o crescimento é o domínio das regras do processo. É cediço que a aquisição de quase tudo nesta vida se dá de forma gradativa. Assim também ocorre em relação ao conhecimento. O saber mais, ou menos, tem uma relação direta com a aplicação que fazemos daquilo que temos aprendido (Dt 29:29; Fp 3:16; Tg 2:22). Deus não lança suas pérolas aos porcos, vez que nos orienta para agir dessa forma em sua Palavra (Mt 7:6). Ele não permitiria que soubéssemos mais do que aquilo que pudéssemos suportar, visto que daquele que mais recebe, muito mais será cobrado (Lc 12:48b). Tal permissão entraria em choque com a leveza do fardo divino, anunciada por Jesus (Mt 11:30). Ele também não permitiria que adquiríssemos o conhecimento de seus mistérios mais profundos para que apenas tivéssemos o gozo do saber ou para que deles fizéssemos uma utilização inadequada. É por isso que muitos daqueles que pensam saber, na verdade não sabem de nada. Nesse sentido estava certo Sócrates, o sábio grego, ao declarar enfaticamente: “tudo o que sei é que nada sei”. O conhecimento, como o próprio Deus, está tão perto de todos, mas ao mesmo tempo tão longe. Por isso é preciso saber a maneira certa de encontrar a um e ao outro (At 17:27).
A caminhada se dá com um passo de cada vez. A metodologia do crescimento é a utilizada pelo escriba e sacerdote Esdras: aprender, praticar e ensinar aos demais. Deus espera que sejamos multiplicadores de boas práticas e não de meras teorias (Ec 9:7; Ef 2:10; 2 Tm 3:17). O saber dissociado da prática não vale nada. “A fé sem obras é morta” (Tg 2:26). Todavia, sempre avançando, Deus espera que esquadrinhemos suas verdades e que o saber do homem se multiplique (Dn 12:4); espera que sejamos sábios e aptos para responder de forma adequada a todo aquele que O afronta (Pv 27:11; Mt 22:29; 2 Tm 2:15; 2 Pe 3:18).
É de saber que o Todo Poderoso não criou o mundo para que permanecesse incógnito, desconhecido. Pelo contrário, Ele deixou chaves para que os homens descobrissem, ao seu tempo, todos os mistérios envolvidos em sua criação e se utilizassem desse conhecimento em seu próprio benefício (Dt 29:29). Destaque-se que os primeiros verbos que Deus usa na sua comunicação com o homem são flexionados no modo imperativo. São ordens para fecundar, multiplicar, encher e sujeitar a terra, dominando sobre todos os animais que nela vivem (Gn 1:29). Está claramente evidenciado que o mundo de Adão não se limitava aos simples atos de cultivar e guardar o jardim edênico (Gn 2:15). Deus determinou claramente que o homem, palmo a palmo, conquistasse os segredos do mundo, tendo o Éden como ponto de partida. Uma descoberta levaria a outra, através de um efeito dominó, até que, de modo sempre crescente o homem completasse sua medida de saber (Gl 3:24; Fp 3:13-15; 2 Tm 4:7; 1 Jo 3:2).
Além disso, é de destacar que o conhecimento é sempre renovado. As palavras divinas são as mesmas, mas a aplicação vai se adequando aos novos tempos. Muitas das coisas que nossos pais aprenderam, hoje nós não precisamos mais. Não há um limite a ser esgotado, de forma que não se tenha mais o que aprender. Ninguém se forma completamente em conhecimento cristão. Estaremos sempre em formação. A conquista do mundo de Deus é algo processual que tem a duração de uma vida inteira. E esse mundo se renova de vida para vida (Sl 104:30), sendo o mundo de cada um diferente do mundo dos demais. Observe-se que, passados tantos séculos desde o início memorável, ainda não temos uma clara noção da amplitude dos conhecimentos guardados pelo Criador em favor do homem. Quanto mais se descobre, mais se verifica que há por descobrir. Além disso, é de ver que muitos dos segredos divinos não estão presentes no planeta Terra. Os céus proclamam a glória de Deus, e o firmamento anuncia as obras das suas mãos (Sl 19:1). O firmamento é o espaço sideral. A conquista da terra implica a conquista do espaço. O nosso planeta nada mais é do que uma das escalas do avanço humano no cumprimento do imperativo divino. É provável que tenhamos muitas outras escalas, pois é certo que Ele deseja para nós muito mais do que imaginamos. A Terra não é o nosso mundo – embora para alguns seja e talvez por isso se apeguem a ela com tanto ardor. Ela apenas faz parte dele. O nosso mundo, ainda a ser plenamente conquistado, é o mundo de Deus, os céus, se assim o desejarmos chamar (Jo 17:16; Fp 3:20). A conquista do mundo de Deus é a conquista dos céus.
Todavia, tudo começa no Éden. Há quem pense que os primeiros pais eram néscios e não sabiam de nada. Isso não é verdade. Eles eram puros, o que é bem diferente de ser ignorante. É possível que apenas não soubessem discernir entre o bem e o mal, principalmente porque não havia parâmetros para comparação. Tudo o que existia era muito bom (Gn 1:31; 2:17). Se o mundo fosse monocromático, se todas as cores fossem verdes, amarelas, azuis ou vermelhas, onde estaria o arco-íris? Somente é possível a comparação na multiplicidade, na policromia das cores e significados.
A árvore do conhecimento do bem e do mal não tem nada a ver com o conhecimento geral. Diz respeito apenas ao conhecimento específico referente ao discernimento entre o bem e o mal (Gn 2:17). Havia uma reserva divina em relação a esse nível do conhecimento. O homem, embora muito bom (em termos de criação), embora possuindo uma natureza divina naquele momento (porquanto nascido de Deus), não foi feito para ser Deus, mas para ser homem e, por conseguinte, não estava apto para a administração desse saber. Aliás, na hierarquia da criação, o homem está abaixo do Cristo (o filho do homem), o qual, por um pouco, foi feito menor que os anjos (Hb 2:7, 9). Existe uma gradação de autoridade. Paulo, escrevendo a respeito do assunto, diz: “Quero, entretanto, que saibais ser Cristo o cabeça de todo homem, e o homem, o cabeça da mulher, e Deus, o cabeça de Cristo” (1 Co 11:3). A escala é: Deus – Cristo – Homem. Quando Asafe escreve que os homens eram “deuses”, ele não queria dizer que cada um fosse Deus, mas que, sendo filhos do Deus Altíssimo, certamente seríamos deuses (Sl 82:6). É algo bem parecido com a história do “filho de peixe, peixe é” (Cf. O Homem Divino).
Por outro lado, é de destacar que certos saberes são exclusivos para o Pai (Mc 13:32; At 1:7). O conhecimento que possibilitaria o discernimento entre o bem e o mal era parte integrante dessa reserva exclusivamente divina. A falta de competência para administrar tal saber, com certeza levaria o homem à morte. Por isso o “certamente morrerás” dito por Deus. Infelizmente, o homem não acreditou nele. Pagou para ver. Desobedeceu a ordem do Criador, ultrapassou os limites e até hoje sofre as conseqüências daquele ato precipitado. Como já foi dito, o saber traz responsabilidades. Quanto mais se tem, mais se deve. Contrário senso, a ignorância é tolerada por Deus. Ele não leva em conta as coisas erradas que fazíamos pensando que estavam certas. (At 3:17; 17:30; 1 Tm 1:13; 1 Pe 1:14). Cada coisa tem o seu tempo certo (Ec 3:1). Devemos seguir o curso normal delas e ter a paciência de esperar a hora propícia para cada uma. Então, sim, devemos agir para que não sejamos considerados levianos e relaxados com a obra de Deus (Jr 48:10). É provável que até mesmo o mencionado discernimento viesse a se tornar acessível ao homem com o passar dos anos, quando adquirisse maturidade espiritual. Como se sabe, haverá um dia em que, de fato, seremos semelhantes a ele. Então, provavelmente, teremos esse domínio (1 Jo 3:2).
Enquanto isso, a Bíblia nos orienta para buscarmos crescer sempre (2 Pe 3:18). Nesse sentido, é possível que um dia todos possam se tornar mestres na Palavra e serem utilizados como tais, se Deus assim o desejar. Todavia, não passemos o carro adiante dos bois. O Senhor mesmo é o que escolhe e potencializa aquele que um dia será um mestre na Palavra (Ef 4:11). Contudo, o tornar-se efetivamente um mestre é algo que somente se dá com o tempo, através de estudos e experiências vividas. É de observar que, nos dias da criação, Adão era como um cristão novo convertido. Estava cheio de vontades. Tinha um enorme potencial para crescer. Mas, segundo a Bíblia, ele era apenas uma criança espiritual em condições de iniciar a conquista do mundo para o qual nasceu. Como tal, era ainda muito puro e inocente em relação às profundidades do conhecimento. Para crescer, necessitava de nutrimento condizente à sua condição. Veja-se que ele sequer havia aprendido a se vestir. Faltava-lhe autonomia mesmo para pequenas necessidades como essa. Ao se descobrir nu, sentiu-se envergonhado para estar diante de Deus em tal estado, mas não soube como agir, sendo necessário que o próprio Criador lhe providenciasse as vestimentas (Gn 3:21).
Quantas vezes não estivemos nós em situação semelhante, defrontando-nos com problemas aparentemente tão simples, aos quais não sabíamos dar as respostas? Quantas vezes não nos socorremos dos achismos? Quantas vezes envergonhamos o nosso Senhor ao nos passar por donos de um mundo que ainda não conquistamos? Muitas e muitas vezes! Isso, porém, é algo normal, que soe acontecer com todos os crentes no início da carreira, quando se prefere achar tudo ao invés de assumir a condição de criança espiritual que ainda não sabe quase nada. O que é anormal e muito triste é a existência dessa situação depois de anos e anos de “carreira” sem ter saído do lugar. Infelizmente, sabemos que uma pessoa nessa condição não receberá o bem-vindo de Jesus quando chegar o dia da vitória, em face de haver enterrado o seu talento potencial para a conquista de novas fronteiras para o Seu domínio (Mt 25:24-25). Segundo a Bíblia, esse alegre brado estará reservado apenas para aqueles que não medirem esforços, que não encruzarem os braços e perseverarem conquistadores, trabalhando arduamente até o fim (Pv 24:33; Mt 24:13; Gl 5:7; Ap 2:4-5).
Que esses sejam os ideais embutidos em nossos planos de batalha. Que saibamos seguir as regras que os verdadeiros heróis da fé nos legaram como exemplos de como o mundo de Deus pode ser conquistado por cada um. E assim, que possamos amar e lutar de forma ilimitada pela expansão das fronteiras de nosso mundo espiritual. Conte cada um com o seu companheiro e sempre conosco, em particular. “Para vós outros, [queridos irmãos], abrem-se os nossos lábios, e alarga-se o nosso coração. Não tendes limites em nós” (2 Co 6:11-12).
Vitória! O mundo de Deus aguarda ardentemente que nós o conquistemos.
(Crédito da Foto: Prof. Edinaldo Pereira. Descrição: Salto de Parapente do alto do Morro da Mesa em Poxoréu, MT).
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Izaias Resplandes de Sousa é membro da Igreja Neotestamentária de Poxoréu, MT.

XXIX Retiro Neotestamentário de Poxoréu


Rio dos Crentes, Poxoréu, MT, 06 de agosto de 2007.

Queridos irmãos:

É com grande prazer que nos dirigimos aos amados para comunicá-los que está sendo organizado o XXIX Retiro de Famílias, o qual, se Deus permitir, acontecerá no Acampamento “Rio dos Crentes”, em Poxoréu, MT, no período de 07 a 09 de setembro de 2007, com abertura prevista para as nove horas do dia 07/09/2007 e encerramento às doze horas do dia 09/09/2007.
Não temos dúvidas que esse Retiro será uma grande bênção para todos nós, como foram os demais, principalmente se pudermos contar com a participação dos amados irmãos dessa igreja local. Quem já esteve aqui, sabe que “Rio dos Crentes” é um lugar maravilhoso, coberto de árvores frondosas e margeado pelo rio Areia, com suas águas frescas e cristalinas, o que proporciona aos campistas, sombra aconchegante e banhos refrescantes nos momentos de calor.
Os alojamentos com beliches são coletivos, mas há espaço livre para armação de barracas e de redes. Os irmãos devem trazer colchões, lençóis, cobertores e travesseiros; também objetos de higiene pessoal. Durante o dia o clima é quente, mas de madrugada costuma esfriar. Para a alimentação é bom trazer pratos, copos e talheres. Além disso, os irmãos que constantemente necessitem de medicamentos, por favor, não se esqueçam de trazê-los. E, para os cultos, ninguém deve se esquecer das bíblias, hinários, canetas e cadernos para anotações. Para todas as atividades, requer-se de cada um a alegria, a disposição para cooperar e a vontade de estar junto com os irmãos. É possível que todos sejam escalados pelo menos uma vez para realizar alguma das atividades do acampamento.
Os irmãos não devem trazer DVDs, aparelhos de som, tristezas e contratempos para o acampamento. Pede-se também que não se usem roupas de banho no refeitório e nos cultos, mas apenas nos locais apropriados. Sabemos que “o anjo do Senhor acampa ao redor dos que o temem e os livra” (Sl 34:7), mas também sabemos que “o adversário, anda em derredor, como leão que ruge, procurando alguém para devorar” (1 Pe 5:8). Nesse sentido, devemos evitar ficar sozinhos e usar vestuário que não desperte a sensualidade (principalmente nos banhos e atividades desportivas). A simplicidade e a prudência devem ser marcas em nossos retiros. “Sede, portanto, prudentes como as serpentes e símplices como as pombas” (Mt 10:16).
Poderão participar do Retiro todos os neotestamentários em comunhão. Não se recomenda que as igrejas incluam pessoas de outras denominações em suas comitivas para evitar os conflitos. Em qualquer caso, todos os que vierem devem ser bem orientados para que se submetam aos regulamentos e orientações e não introduzam costumes diferentes dos nossos. Pessoas descrentes que estiverem freqüentando as reuniões da igreja podem participar sob a responsabilidade das lideranças locais.
Por último, conforme já avisado desde o Retiro passado, cada campista deverá contribuir com R$ 25,00 (vinte e cinco reais), sendo R$ 22,00 para alimentação e R$ 3,00 para a manutenção do Acampamento. Estarão dispensados da contribuição os missionários e as crianças abaixo de oito anos. Àqueles que necessitarem, pede-se à igreja que os assistam financeiramente para que venham.
Os demais avisos e o Regulamento Geral serão repassados aos campistas na primeira reunião do Retiro. Orem pelo evento. E que todos tenham uma boa viagem. Que Deus os guarde e os proteja até aqui. Saudações a todos.

Izaias Resplandes de Sousa
Secretário

P.S. 1: Os irmãos que não souberem como chegar ao Acampamento Rio dos Crentes, devem passar no Mercado Torixoréu, à Rodovia MT-130, Km 83,1, nº 29 para obter as informações necessárias. Também estão à disposição os telefones (66)3436-1694, (66)9205-5951 e (66)9205-5956. E-mail: respland@uol.com.br.
P.S. 2: O CD com as fotos batidas durante o acampamento será disponibilizado aos interessados por R$ 5,00. Os irmãos que tiverem máquinas e quiser gravar aqui as fotos que baterem devem trazer o cabo de conexão e o CD de instalação do software.
P.S. 3: As escalas de trabalho e de estudos serão enviadas apenas para as igrejas que tiverem membros escalados ou para aqueles que solicitarem via e-mail.

domingo, 15 de julho de 2007

O homem divino


No princípio o homem era divino. Guardava semelhança com seu Criador. Era um ser perfeito, puro, “muito bom”, conhecedor apenas do bem. Convivia harmonicamente com Deus no Éden, o Paraíso terrestre, onde desfrutava as delícias da imortalidade. Cf. Sl 82:6; Jo 10:32-36; Gn 1:26, 31; 2:8, 15-17; 3:8a, 22

Então o homem conheceu o mal. Atendeu a sua voz. Rompeu-se a comunhão com Deus. O homem divino humanizou-se. Foi expulso do jardim de delícias para viver numa terra de cardos, abrolhos, suor e fadigas. Tornou-se o senhor da imperfeição. Gerou filhos à sua semelhança, cada vez mais imperfeitos e mais distantes da perfeição divina. Popularizou-se o jargão de que “errar é humano”. Cf. Gn 3:1-6, 17; 19, 22-23, 5:3.

Sem a liderança divina os homens se perderam em seus próprios raciocínios e pensamentos. Seus líderes os fizeram errar cada vez mais. Tornaram-se filhos da ira, filhos do diabo. Anularam-se. Cada um passou a seguir o que bem quis. Cf. Jr 2:5; 50:6; Cl 2:4; Rm 1:21; Ef 2:3; Jo 8:44; At 13:10.

A Terra, amaldiçoada por Deus, tornou-se o reino de Satanás. Um lugar de aperfeiçoamento para a prática do erro. Uma escola do mal, onde predominam a ignorância, o falso, a mentira e toda sorte de engano. Cf. Gn 3:17; Jó 1:7; Jo 12:31; 14:30; 16:11; Ef 6:12; 1 Tm 4:1; 2Pe 3:17; Jd 10-16.

Essa era a triste realidade em que o homem se encontrava no início do século I da nossa história, em conseqüência de sua humanização. Além de perdido, estava com a mente completamente cauterizada, o que o tornava incapaz de reconhecer a verdade por si só. Cf. Rm 3:11-12; 1 Tm 4:2; 2 Tm 3:8; Tt 1:5.

É de destacar, todavia, que, sobre tal estado de coisas ainda prevalecia o amor de Deus pela sua criação. Louvado seja o Senhor porque foi esse o sentimento que O fez idealizar e executar um plano para resgatar o homem dos domínios de Satanás e convertê-lo novamente aos padrões do homem divino. Não havendo na Terra alguém que pudesse ser utilizado como instrumento para restabelecer a ordem da divindade, consubstanciada na verdade e no conhecimento autêntico, fazia-se necessário uma intervenção direta do Criador. E foi assim que aconteceu. Encarnado em Jesus, Deus veio ao mundo em pessoa para consolidar o seu plano para a salvação de sua criação. Cf. Is 53:6; Jo 1:14; 3:16; Rm 5:8; Gl 4:4-5.

A reação humana de rejeição à presença de Jesus na Terra, embora veemente criticada, era de se esperar. O homem perdera o seu contato com Deus. Não conhecia as Escrituras, nem o poder de Deus. Embora a divindade estivesse presente em sua essência criadora, o estado de espírito do homem prejudicava a sua capacidade de percepção. Cf. Mt 22:29; Jo 1:11; At 3:15; 7:52; Ef 4:17-18; 1 Ts 2:14-15; Is 59:2.

No entanto, toda essa situação foi pesada e levada em consideração pelo Criador. Jesus não veio apenas em palavras, mas também em obras, a fim de facilitar o seu reconhecimento pelos homens. Cf. At 3:17; 17:30; Lc 7:20-22 10:23-24; Jo 7:46; 10:37-38; 20:24-29.

Muitos ouviram, muitos foram chamados para segui-Lo. No entanto, comparativamente, poucos creram e poucos o seguiram. Todavia, aqueles que o fizeram, estavam devidamente convencidos de que não havia outro Caminho por onde seguir. A sua fé de que Jesus era o Cristo, o Filho de Deus, era inabalável. Tal era a força do seu sentimento, que por ele muitos morreram, defendendo-o. A Igreja de Jesus se formou e com grande força e poder passou a atuar na Terra, continuando a obra desencadeada por Ele para a remição da humanidade. Cf. Mt 4:19; 11:28; 20:16; 22:1-14; Lc 14:25-27; Jo 6:61-69; 14:4-6; 20:30-31; At 17:1-3; 1 Jo 2:22; 5:1; At 7:54-59; Hb 13:7.

Hoje são passados mais de dois mil anos da data em que ocorreram os eventos que culminaram com o surgimento da Igreja. Já somos hoje milhares de milhares. Pelas estatísticas, os cristãos somam mais de um terço da população do mundo, mais de dois bilhões de pessoas. A cada dia que passa cresce o conhecimento a respeito das coisas sagradas. Os homens estão redescobrindo a beleza da criação e estão abandonando aquelas práticas que a deformaram e a mutilaram. Estamos vivendo o processo de divinização e aperfeiçoamento do homem. Já não está longe o dia em que a conversão plena se dará. E então voltaremos a ser semelhantes a Ele, homens divinos, filhos de Deus, como Adão era no princípio. Cf 1 Jo 3:2; 1 Co 13:12; 2 Co 3:18; Jo 1:12.

No entanto, apesar de todo esse crescimento, ainda existem os outros dois terços da população do planeta que caminham às cegas, sem Deus e sem entendimento. É por causa desses quatro bilhões de pessoas que nós ainda estamos aqui. Da mesma maneira que fomos amados por Deus e devidamente resgatados quando ainda éramos pecadores, também devemos amá-los e nos esforçarmos ao máximo para resgatá-los deste mundo de perdição. Deus não quer que nenhum deles pereça e nos têm incumbidos da tarefa de esclarecer-lhes que existe possibilidade de salvação para todo aquele que crê que Jesus é o Cristo e recebê-Lo como Senhor de sua vida. Cf. Rm 12:2. 2 Pe 3:9; Jo 1:11-12; At 4:12.

Ser um homem divino não significa que seremos “semelhantes ao Altíssimo”, como pensou Lúcifer, mas sim que nos submetemos com humildade e alegria aos parâmetros que ele estabeleceu para nós enquanto homens. Que Deus nos abençoe e nos ajude nesse propósito de vida.