domingo, 29 de março de 2020

A NECESSIDADE DE PURIFICAÇÃO


A NECESSIDADE DE PURIFICAÇÃO

Izaias Resplandes de Sousa


Lavai-vos, purificai-vos, tirai a maldade de vossos atos de diante dos meus olhos; cessai de fazer mal. Isaías 1:16.
O mundo jaz no maligno. A terra brasilis está enferma. Ainda que costumamos pensar na Bíblia como sendo o livro que nos mostra o caminho da salvação para a vida eterna, no que não estamos errados, porque este é mesmo o seu principal objetivo, mais uma vez queremos, no entanto, fazer uma reflexão prática com base nos seus ensinamentos e prescrições, a respeito de como devemos proceder para nos salvarmos da contaminação nesse período de pandemia do novo coronavírus, a COVID-19.
É sabido a Bíblia é um livro de sabedoria, cujos escritores, inspirados por Deus, nos mostram o mundo espiritual a partir das suas próprias experiências e conhecimentos deste mundo terreno. As coisas terrenas são sombras das espirituais (Cl 2:17). E, nesse sentido, antes de querermos fazer uma aplicação espiritual do texto bíblico, devemos aplicá-lo à nossa realidade terrena, a qual serve como modelo hermenêutico para a sua melhor compreensão (1 Jo 4:20).
O capítulo um do livro profético de Isaías traz uma orientação específica para Israel, mas também traz uma orientação genérica para todos, visto que nela encontraremos algumas raízes do pensamento de Deus a respeito de como deve ser o procedimento correto para que tudo saia a contento e de forma regular. Não devemos continuar a rebeldia (Is 1:4), mantida desde Adão até os nossos dias, mas sim, procurar adaptar e adequar as nossas ações e atitudes aos pensamentos de Deus, os quais, embora possam ser diferentes, são mais sábios do que os nossos (Is 55:8).
É de destacar que todas as almas pertencem a Deus, inclusive a sua e a minha, inclusive as que estão sucumbindo ou sendo salvas das consequências do  coronavírus (Ez 18:4). Também é de ver que o Senhor não está matando ninguém, ainda que no futuro realizará o seu juízo sobre tudo e sobre todos. A ação desenvolvida por Deus, nesse tempo, é uma ação salvífica. Desde a vinda de Jesus ao mundo, Deus está agindo como Salvador e não como Juiz (Jo 3:16-17).
É necessário reconhecermos que Deus é o dono de todos e que Ele cuida do que é seu e não o abandona à própria sorte. Basta tão somente que nos entreguemos aos seus cuidados. O  próprio Jesus orou ao Pai para que cuidasse de nós (Jo 17:9-15, 20). O mal, não é culpa de Deus, mas decorre de nossos próprios atos e escolhas, no exercício de nosso livre arbítrio (Tg 1:13-15). Aquilo que o homem semear isso também ceifará (Gl 6:8).
Deus não é culpado do que está acontecendo com o mundo. Não julguemos e nem condenemos a Deus por isso, porque Deus não tem prazer na morte de ninguém para estar matando essas milhares de pessoas, cujas mortes nos chegam ao conhecimento (Ez 18:32). Muito pelo contrário. Deus está salvando milhares de pessoas da morte por esse coronavírus (Ef 2:8-9). E poderá salvar outros milhares de milhares (Is 59:1). Não nos esqueçamos de que a misericórdia de Deus não tem limite e que não existe coisa demasiadamente maravilhosa para o senhor Deus (Jr 32:27). Ele é o Deus do impossível! O único limite que existe para a misericórdia de Deus atuar sobre nós é o estabelecido pelo nosso livre arbítrio e pelas nossas próprias escolhas (Lc 18:35-42). A morte física não é o fim. Tenhamos esperança, caso sejamos alcançados ppor ela. Esse vírus mata apenas o corpo, mas não pode matar a alma. Antes de tudo, temamos aquele que pode fazer perecer no inferno tanto a alma quanto o corpo (Mt 10:28).
A ordem de Deus que destacamos em princípio é: “Lavai-vos, purificai-vos, tirai a maldade de vossos atos de diante dos meus olhos; cessai de fazer mal. Isaías 1:16.
A orientação da Organização Mundial de Saúde (OMS) e do Ministério da Saúde do Brasil é no sentido de que nós também nos lavemos e nos purifiquemos. Essa orientação não está na contramão da Palavra de Deus. Pelo contrário. Ela está exatamente de acordo com o o texto sagrado que nos manda lavar-nos e purificar-nos das nossas sujeiras e imundícies. Mas, ainda hoje nós estamos nos rebelando, como desde Adão até os nossos dias também têm feito os nossos ancestrais. E recusamos seguir as orientações de nossas lideranças. E isso é, em grande parte, a causa responsável pelas consequências que todos nós estamos colhendo neste momento. Não julguemos os outros. Julguemos a nós. Não importa se outros estão ou não estão fazendo o que deve ser feito. Que nós façamos e sirvamos de exemplos para os demais. Hoje, nós temos o privilégio de aprender com o sofrimento dos asiáticos e europeus e podemos minorar o nosso sofrimento. Mas não façamos como muitos estão fazendo. Não ignoremos que, apesar do mal ter começado na China, ele já atravessou o Atlântico e hoje, o ponto de maior concentração da doença está nos EUA, com mais de 100 mil contaminados. As estatísticas registram nesta data de 29/03/2020, os seguintes números no mundo: Contaminados: + de 680 mil; mortes: + de 31 mil; curados: + de 143 mil. E o Brasil, já conta com mais de 4 mil contaminados, além de 116 mortes.
Meus queridos… O vírus Corona se desenvolve a partir de gotículas que são lançadas em superfícies. Se ele ficar ao ar livre, ele desidrata, seca e morre de 2 a 3 minutos. Mas, ele se mantém vivo em superfícies como papel, vidro, mármore, metais, no nosso corpo e na nossa roupa, aé por horas. E se nós entramos em contato com essas superfícies contaminadas, nós contaminamos as nossas mãos. E se, com as nossas mãos contaminadas, nós pegarmos em outras pessoas, nós contaminamos essas pessoas também. E nós também nos contaminamos se nós levarmos nossas mãos contaminadas ao nosso nariz, à nossa boca ou aos nossos olhos. O vírus é contraído pelo contato de alguém não contaminado com alguma pessoa, ou superfície, ou coisa contaminada.
A orientação básica para evitarmos a contaminação é o isolamento, a lavagem e a purificação. Devemos limpar tudo que está contaminado, além de nos isolarmos a nós mesmos, se estivermos contaminados, para que nós não possamos contaminar outras pessoas. Também devemos isolar as pessoas não contaminadas, separando-as das pessoas contaminadas. São duas espécies de isolamento. De um lado, isolam-se as pessoas não contaminadas, para que não possam contaminar-se. E de outro, isolam-se as pessoas contaminadas para que não venham a contaminar outras.
Meus queridos… É de destacar que um dos grandes problemas que nós estamos vendo e aprendendo com essa pandemia é que nem todas as pessoas contaminadas apresentam sintomas de contaminação. E essas pessoas que não apresentam sinais de contaminação, mas que estão contaminadas, e que são chamadas de assintomáticas, representam hoje um perigo muito maior para os não contaminados, do que as pessoas que estão doentes. 
Devemos ter cautela, principalmente com os nossos idosos, nossos pais, avós e bisavós. Qual é o problema de mantermos eles isolados de nós por um período de tempo, se com essa medida nós poderemos livrá-los da contaminação? 
É de ver que não há necessidade de nós ficarmos visitando os nossos idosos a toda hora. Deixemos eles isolados aos cuidados de alguém não contaminado e cuidemos de nós, mantendo a nossa higiene da forma mais absoluta possível. Devemos purificar nossas vestes, pois o vírus permanece nelas por, aproximadamente, 6 horas. Devemos limpar as maçanetas, limpar as mesas e bancadas, limpar as compras que chegam do mercado e que passaram pelas mãos de muita gente. Compras que pessoas assintomáticas podem ter tocado, deixando-as contaminadas. E que nós trazemos para casa. E que, se não fizermos a assepsia adequada, serão fontes de contaminação  trazidas para dentro da nossas casas.
A limpeza nunca pecou pelo excesso. Desde os tempos de Moisés, nós temos orientação para proceder à higiene das coisas, porque a sujeira, a imundícia e a falta de limpeza estão entre as principais causas das doenças que existem. Devemos tomar banho, se possível, duas ou três vezes por dia, lavar as mãos periodicamente, limpar-nos, lavar-nos e purificar-nos conforme diz a Palavra de Deus e, também, conforme a palavra dos homens de conhecimento.
É difícil fazer isso? É difícil lavar-nos e purificar-nos? Não! Não é difícil. Então! Por que não podemos fazer isso?
Essa é a mensagem que trazemos nesse dia. É uma mensagem de limpeza, de lavagem e de purificação. É uma mensagem sobre a importância e a necessidade da higienização durante todos os dias, não somente durante essa pandemia, não somente nesses dias em que o mal já está tomando conta da Terra. Não! A limpeza e assepsia deve ser feita e realizada todos os dias. É certo que se nós fizemos isso e se aprendermos a isolar as pessoas doentes até que elas sejam curadas, com certeza, nós vamos evitar a proliferação do mal entre nós. 
A Palavra de Deus sempre nos ensinou sobre como nos livrar do mal. Mas nós achamos que essas orientações são para os judeus ou outras pessoas. Será que só os judeus e os outros precisam ficar limpos? Se a Palavra de Deus foi dada, inicialmente, aos judeus, então nós temos que aprender com eles. Jesus disse que “a salvação vem dos judeus” (Jo 4:22). 
Hoje, Israel está completamente isolado. Os israelenses só poderão sair de casa para comprar comida ou medicamentos. 'Não é mais um pedido, não é uma recomendação; é uma obrigação', disse o primeiro-ministro daquele país.
Por outro lado, é de observar a mudança no comportamento de várias autoridades que diziam não haver a necessidade de isolamento em seus territórios, como o prefeito de Milão, na Itália e como o presidente do México, as quais agora estão voltando atrás, pedindo desculpas ao povo e pedindo para todos se manterem isolados em casa e fazendo a assepsia adequada.
Que nós possamos tomar essas atitudes tão simples e tão fáceis de fazer. Se nos pedissem para subir o monte Everest para evitarmos a doença, é possível que milhares de pessoas estariam tentando fazer isso, porque nós damos mais valor às coisas difíceis. Nós gostamos de ficar fazendo sacrifício, quando a solução para os nossos problemas, às vezes, está nas coisas mais simples. Lembremo-nos de Marta, quando estava preocupada com mil coisas e Jesus lhe disse que uma coisa somente era suficiente (Lc 10:42). 
Nós estamos preocupados com tantas coisas para combater a pandemia do coronavírus, mas, nesse momento, bastam apenas o isolamento e a limpeza. Quanto às demais coisas, deixemos aos cuidados dos nossos cientistas, dos nossos médicos, das equipes de saúde e das autoridades. Façamos aquilo que está ao nosso alcance. Permaneçamos isolados em nossas casas. Se não pudermos ficar todos isolados, porque temos que trabalhar para atender às nossas necessidades fundamentais, então que saiam apenas aqueles que forem necessários e que os demais fiquem em casa. E que todos, mas, principalmente, aqueles que tiverem que sair, que o façam com todos os cuidados de higiene e assepsia.
Que Deus possa nos abençoar e nos ajudar a ter a humildade de abaixar nossas cabeças para fazermos essas pequenas coisas que estão ao nosso alcance. E, se quisermos fazer alguma coisa grande, então, façamos! Façamos! Oremos, queridos! Oremos pela misericórdia de Deus, para dar sabedoria aos nossos cientistas, aos nossos médicos, aos nossos pesquisadores, às nossas autoridades e aos nossos líderes para que saibam como conduzir a Terra nesses momentos de pandemia. Oremos com fervor, com fé, porque a oração da fé tem muito poder (Tg 5:16). Jesus disse que se nós tivermos fé do tamanho de um grão de mostarda nós pediremos a um monte para que ele se levante e se precipite no mar e isso acontecerá (Mt 17:20). Oremos, fiquemos em casa e façamos a lavagem e a purificação das nossas sujeiras, tanto nos nossos bens de consumo, como de tudo que puder ser limpo, conforme as orientações da Palavra de Deus e conforme aquelas provenientes das autoridades sanitárias.
Que Deus nos abençoe! Amém e amém!

sexta-feira, 27 de março de 2020

Fique em casa


Fique em casa




Izaías Resplandes de Sousa



A mensagem mais veiculada nos últimos dias foi essa: fique em casa! É de observar que nos momentos de crises, a grande maioria das pessoas se coloca na condição de conselheiro dos demais. Todo mundo está pronto para aconselhar, mesmo que seja apoiado em meras especulações e blablablás, mas, infelizmente, nem todos estão prontos para obedecer orientações, ainda quando sejam sérias e fundamentadas.

É muito importante aprendermos a distinguir as coisas para obedecermos ao que deve ser obedecido e sabermos fugir daquilo que procede do maligno e que tem objetivos escusos. Diz o ditado que, “quem pode, manda e, quem não pode, obedece”. Creio que em face do novo coronavírus, somos todos impotentes e ignorantes, porque nenhum de nós tem o poder para derrotá-lo. Mas existem ignorantes e ignorantes. Não em sei em qual dos grupos cada um de nós está. Sei apenas de mim. E, como já dizia Sócrates: “tudo o que sei é que nada sei”. Nesse sentido, é de bom tom que todos aqueles que estejam na minha condição, que estejam prontos para obedecer.

Sejamos obedientes aos nossos líderes, sejam eles familiares, religiosos, civis, políticos e militares. Toda liderança exerce um certo grau de autoridade, cabendo-nos obedecê-la, em detrimento dos tititis e bafafás que costumam ganhar a preferência popular.

Nesse momento eu vos falo não apenas como um observador atento do mundo, mas também como um observador do que diz a Bíblia Sagrada, o meu livro de cabeceira e que, para mim é a Palavra de Deus. E rogo que também seja assim para você.

Meu querido…

É de destacar que a Palavra de Deus nos ensina com bastante rigor sobre a obediência a Deus e à sua Palavra, bem como aos nossos pais, líderes espirituais e às autoridades em geral. Segundo o texto sagrado, as autoridades são ministros de Deus, sendo que dele provém todo o poder que elas porventura possuem.

É de observar que o primeiro juízo que Deus executou sobre a humanidade se deu por conta da desobediência do homem à sua palavra. Apesar de ter recebido ordens específicas de Deus sobre como deveria proceder no Jardim do Éden, o patriarca Adão preferiu seguir e se apoiar no entendimento de sua mulher, quebrando a linha de comando que tinha recebido. E, em decorrência disso, até hoje a humanidade e a própria terra sofrem as consequências.

O profeta Moisés, chamado para liderar o êxodo hebreu do Egito, foi impedido de entrar na terra prometida, porque, quando conduzia o povo pelo deserto em direção à Palestina e acabou a água que eles tinham, desobedeceu a ordem de Deus para que falasse à rocha para que desse água ao povo, ferindo-a, por duas vezes, colocando em dúvida os resultados da ordem divina, mesmo depois de ter passado por tantas experiências positivas, em cumprimento às mesmas.

A obediência é, para Deus, uma questão muita séria, meus queridos. Às vezes, nós estamos dispostos a fazer os maiores sacrifícios para alcançar aquilo que desejamos, quando apenas uma coisa seria suficiente: a nossa obediência.

O rei Saul foi escolhido para ser o primeiro rei de Israel, mas foi rejeitado por Deus, cometeu vários pecados e, por fim, se matou, tudo porque ousou descumprir a ordem de Deus para destruir totalmente os amalequitas que, covardemente, haviam atacado e matado muitos dos filhos de Israel que fraquejavam na marcha e ficavam para trás na marcha, quando vinham do Egito para Canaã. A ordem de Deus era para destruir totalmente o inimigo, mas Saul resolveu fazer prisioneiros e saques. Segundo ele, a intenção era oferecer um grande sacrifício a Deus. Mas então ele recebe pelo seu ato a seguinte declaração do profeta Samuel: “Alguma vez o Senhor tem o mesmo prazer nos holocaustos e sacrifícios do que na obediência à sua palavra? Obedecer é muito melhor do que sacrificar!” (1 Sm 15:22).

E essa é a resposta às nossas dúvidas sobre essa pandemia do coronavírus que está assolando a humanidade desde a China até o Brasil.

Não creio que Deus esteja se vingando da humanidade por desobediência à Sua Palavra. Eu creio muito mais em que estejamos colhendo os frutos do que nós temos semeado no planeta. Eu creio que estamos apenas diante de um repto da natureza. Ela, sim, poderia estar nos dando uma resposta a todas as agressões que temos feito. Mas eu creio que a natureza também não quer nos destruir, porque ela foi criada para nos ajudar a viver, embora esse viver devesse ser caracterizado pela harmonia, respeito e responsabilidade com ela e com os demais seres vivos. 

É de ver, no entanto, que a situação pandêmica que vivemos não precisará ser permanente e nós podemos voltar a ter o domínio da situação, porque, desde o começo do mundo, a vontade de Deus era que o homem crescesse, se multiplicasse e dominasse sobre todos os demais seres vivos. Assim diz a Palavra: E Deus os abençoou, e Deus lhes disse: Frutificai e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a; e dominai sobre os peixes do mar e sobre as aves dos céus, e sobre todo o animal que se move sobre a terra. Gênesis 1:28.

Deus capacitou cada ser humano para cumprir uma parte dessa grande missão. E cabe a cada um de nós fazer o seu melhor para que possamos dominar esse coronavírus que tem se revelado um adversário muito poderoso. A hora é de união e não de divisão, seja porque motivo for. Não é hora de partidarismos, não é hora de divisão. Nesse momento devemos ser apenas o povo da Terra contra o coronavírus. A Terra tem lideranças constituídas por nós. Aí estão os Grupos de Líderes: G-5, G-20, ONU, OMS. E, localmente, também temos as nossas lideranças, tais como o Presidente da República, o Congresso Nacional, os governadores,  prefeitos e tantas outras. Mas todos devemos falar a mesma língua. O debate é importante, mas ao se estabelecer as linhas de ação, todos devemos seguir na mesma direção, sob pena de sofrermos muito mais do que precisaríamos.

Jesus disse que nenhuma casa dividida subsistiria. E que até Satanás seria derrotado, se também estivesse dividido.

Eis aí a resposta. Quando os homens falam a mesma língua, eles ultrapassam até os limites do admissível e do tolerável. Eles fazem coisas excepcionalmente maravilhosas. Sem querer entrar no mérito da questão, não nos esqueçamos de Babel, quando a humanidade, falando a mesma língua, subia com sua torre em direção ao céu.

Unidos, nós venceremos!” Em que pese esse chavão ser abusadamente pronunciado, nós ainda não sabemos caminhar juntos na mesma direção e vivemos em disputas eternas pelo mérito de insignificâncias, em detrimento das grandes realizações.

Nos tempos de Jesus na Terra, aconteceu coisa semelhante. Ele criticou severamente os escribas e fariseus, dizendo ao povo o seguinte: Na cadeira de Moisés estão assentados os escribas e fariseus. Todas as coisas, pois, que vos disserem que observeis, observai-as e fazei-as; mas não procedais em conformidade com as suas obras, porque dizem e não fazem; Pois atam fardos pesados e difíceis de suportar, e os põem aos ombros dos homens; eles, porém, nem com seu dedo querem movê-los; Mateus 23:2-4.

Não imitemos os nossos líderes nas brigas e disputas pelo poder. Não sejamos uma cidade dividida, um Estado dividido, um País e um mundo dividido nesse momento. Façamos o que for possível fazer. E se não for possível fazer outra coisa, então oremos pela misericórdia de Deus por eles, os nossos líderes e por nós. 

Sim, meus queridos! Oremos por eles e por nós para que essa pandemia seja controlada e esse mal seja extirpado do meio de nós. Oremos com fé. E se a nossa estiver pouca, oremos também para que Deus a aumente. Vamos resistir a esse mal com todas as nossas forças e, de mãos dadas e com um só propósito haveremos de vencer. Em nome de Jesus. Amém e amém!

domingo, 22 de março de 2020

A hora do juízo


A hora do juízo



Izaias Resplandes de Sousa



Saudações aos queridos amigos que nos acompanham a partir de agora, durante essa nossa transmissão extraordinária na qual falaremos um pouco sobre o juízo de Deus, o qual, ao longo dos anos tem sido parcialmente executado por Ele e que será encerrado pelo chamado juízo final.
Antes de tudo eu quero dizer que o próprio Deus declara em sua palavra que o seu prazer está na vida e não na morte. Assim diz Ez 18:23, 31-32: Desejaria eu, de qualquer maneira, a morte do ímpio? diz o Senhor DEUS; Não desejo antes que se converta dos seus caminhos, e viva? (18:23) Lançai de vós todas as vossas transgressões com que transgredistes, e fazei-vos um coração novo e um espírito novo; pois, por que razão morreríeis, ó casa de Israel? Porque não tenho prazer na morte do que morre, diz o Senhor DEUS; convertei-vos, pois, e vivei  (18:31,32).
É de ver, no entanto, que apesar de não gostar de ver os homens sofrerem, Deus deu-lhes o livre arbítrio de decidirem o seu destino e de fazerem suas escolhas, ainda que jamais tenha deixado de orientá-los sobre a maneira mais adequada de viver. E é justamente por conta disso que tem vindo o sofrimento e o juízo corretivo de Deus.
O Senhor sempre executou os seus juízos. Desde Adão até os nossos dias, nós sofremos as consequências desses julgamentos. Mas parece que nunca aprendemos as lições.
A Ciência do Direito nos ensina que a função social da pena é a correção e não a vingança. O homem corrige os seus filhos e os seus semelhantes toda vez que eles passam dos limites. Isso é fazer juízo. E Deus também faz o mesmo, toda vez que a humanidade se desvia para os caminhos da perdição. Ele não faz um juízo vingativo, mas um juízo educativo.
Assim diz a Palavra: Porque o Senhor corrige o que ama, e açoita a qualquer que recebe por filho. Se suportais a correção, Deus vos trata como filhos; porque, que filho há a quem o pai não corrija? Mas, se estais sem disciplina, da qual todos são feitos participantes, sois então bastardos, e não filhos. Além do que, tivemos nossos pais segundo a carne, para nos corrigirem, e nós os reverenciamos; não nos sujeitaremos muito mais ao Pai dos espíritos, para vivermos? Porque aqueles, na verdade, por um pouco de tempo, nos corrigiam como bem lhes parecia; mas este, para nosso proveito, para sermos participantes da sua santidade. E, na verdade, toda a correção, ao presente, não parece ser de gozo, senão de tristeza, mas depois produz um fruto pacífico de justiça nos exercitados por ela. Hebreus 12:6-11.
Os juízos que Deus têm feito tiveram o objetivo de reorientar a humanidade para que não se perdesse totalmente. Assim foi nos dias de Adão, assim foi nos dias de Noé, assim foi nos dias de Sodoma e Gomorra e assim tem sido em diversas outras ocasiões. Todo juízo traz uma condenação para os erros praticados, mas sempre objetiva muito mais a salvação do que a condenação.
Deus não quer condenar. Ele quer salvar. Ainda lá no Éden, quando do julgamento de Adão, Deus prometeu um Salvador que haveria de esmagar a cabeça da serpente (a nossa tendência para fazer as escolhas erradas). E é de notório conhecimento que, na plenitude dos tempos, Deus enviou Jesus ao mundo para cumprir aquela missão prometida a Adão e repetida aos seus descendentes ao longo de sua trajetória histórica de vida. É de destacar, no entanto que Jesus por várias vezes declarou que viera salvar os perdidos e não condenar a ninguém por conta de seus erros. É assim a Palavra: Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele. João 3:16,17.
Temos ouvido muitas pessoas falando que Deus está executando seu juízo neste momento em que vivemos a pandemia do coronavírus. Pode até ser que seja assim, mas a verdade é que ainda podemos estar sofrendo as consequências de outros julgamentos passados. Toda escolha que fizemos ao longo de nossa vida enquanto ser humano, gerou consequências. Não apenas algumas, mas todas. É lei de Deus e também é lei dos homens.
A Palavra diz: Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará. Gálatas 6:7.
Por outro lado, a Física, através da terceira lei de Newton, afirma que a “toda ação corresponde uma reação de igual intensidade, mas que atua no sentido oposto”.
Esse é um critério que está inserido no DNA de nossa criação. Nós já nascemos sabendo disso e colocamos isso em prática durante toda a nossa existência. Transformamos isso em leis, estabelecendo quais seriam as consequências para cada uma de nossas ações. Portanto, não devemos estranhar os reptos da natureza, porque essas regras também valem para ela.
É certo que haverá um juízo final para todos após a morte. E neste juízo, cada alma sofrerá as últimas consequências pelos atos que praticou em sua existência material. Uns receberão recompensa (galardão) e outros castigo.
É assim a Palavra: E, como aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo depois disso o juízo, assim também Cristo, oferecendo-se uma vez para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o esperam para salvação. Hebreus 9:27,28.
Essa é uma mensagem revelada há mais de dois mil anos e que vem sendo repetidamente pregada. Sim, queridos! Haverá um juízo que determinará o destino de cada um. E é evidente que ninguém teme o juízo compensatório, mas, certamente, nenhum de nós, de bom senso, desejaria enfrentar um tribunal acusatório. 
A missão de Jesus na Terra foi exatamente essa: salvar a humanidade do castigo final, do juízo final. Assim diz Ele: Eu sou a porta; se alguém entrar por mim, salvar-se-á, e entrará, e sairá, e achará pastagens. O ladrão não vem senão a roubar, a matar, e a destruir; eu vim para que tenham vida, e a tenham com abundância. Eu sou o bom Pastor; o bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas. João 10:9-11.
Jesus veio pregando a vida, a salvação, a liberdade. Ele veio cumprir a promessa das Escrituras, oferecendo a vida dele em resgate da nossa. E essa Palavra é a chave que abre a porta da nossa salvação. Jesus disse que “assim como o Pai ressuscita os mortos, e os vivifica, assim também o Filho vivifica aqueles que quer. E também o Pai a ninguém julga, mas deu ao Filho todo o juízo; Para que todos honrem o Filho, como honram o Pai. Quem não honra o Filho, não honra o Pai que o enviou. Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna, e não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida”. João 5:21-24.
E essa é a mensagem. Que possamos ouvir a Palavra de Deus, que possamos lê-la; que possamos compreendê-la e praticá-la, porque ela é o nosso escrito de vida que nos livrará do juízo final condenatório, substituindo-o por um juízo compensatório. Se você ainda não for, torne-se discípulo de Jesus; se estiver andando torto e desanimado, conserte o seu passo e anime-se, porque “estar com Cristo é muito melhor” do que estar do outro lado. Que Deus nos abençoe!

sábado, 21 de março de 2020

Isolamento

Isolamento


Izaias Resplandes de Sousa




Eis que vos envio como ovelhas ao meio de lobos; portanto, sede prudentes como as serpentes e inofensivos como as pombas. Mateus 10:16.
Saudações a todos. Estamos vivendo dias difíceis por conta da pandemia do Coronavírus que assola o mundo de ponta a ponta. Já são mais de onze milhares de mortos em todo o mundo. O Brasil já contabilizou 11 mortos e 904 casos confirmados. A ordem que vai aumentando de tom é no sentido de que as famílias busquem o isolamento e permaneçam em quarentena até que se tenha um melhor horizonte dessa situação. Seguindo essa orientação, que julgamos ser de bom tom, a Igreja Neotestamentária de Poxoréu, MT, suspendeu suas reuniões ordinárias, fechando temporariamente as suas portas. Mas, estaremos em regime de plantão, à disposição de nossos amados irmãos para fazermos os atendimentos que se fizerem necessários, a começar pela Palavra, à qual continuaremos ministrando através das redes sociais. Entendemos que esse regime de quarentena não prejudicará a nossa comunhão.
A prudência é uma atitude sempre necessária. O anjo Gabriel, ao falar a Zacarias sobre o trabalho de seu filho João Batista, disse que ele haveria de converter “os rebeldes à prudência dos justos” (Lc 1:17). Jesus, por sua vez, ao enviar seus discípulos em missão, recomendou-lhes que fossem “prudentes como as cobras” (Mc 10:16). E eu próprio já escrevi várias vezes que “cautela e caldo de galinha, nunca faz mal para ninguém”.
Ter cautela, não significa ter medo. Significa ter sabedoria, ter bom senso e, principalmente, “não tentar ao Senhor, Nosso Deus” (Dt 6:16 ; Mt 4:7).
Há uma matança acontecendo pelo mundo afora. Por que devemos enfrentá-la de peito aberto como se não existisse qualquer perigo? Nós não somos estúpidos, queridos! A Palavra de Deus nos orienta, através do apóstolo Paulo que, em nossa luta contra as forças do mal, não devemos apenas  vestir as roupas que rotineiramente usamos para nos proteger. A orientação é que nos “REVISTAMOS” com uma roupa especial. Assim diz o apóstolo:
Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo. Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais. Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, havendo feito tudo, ficar firmes. Estai, pois, firmes, tendo cingidos os vossos lombos com a verdade, e vestida a couraça da justiça; e calçados os pés na preparação do evangelho da paz; tomando sobretudo o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do maligno. Tomai também o capacete da salvação, e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus; orando em todo o tempo com toda a oração e súplica no Espírito, e vigiando nisto com toda a perseverança e súplica por todos os santos. Efésios 6:11-18.
Ao partirmos para a luta, devemos fazer como os cavaleiros medievais, como os criadores de abelhas, como os astronautas, os bombeiros, a polícia… Devemos nos revestir de uma proteção especial. E isso não é por medo de morrer, porque, de uma forma, ou de outra, todos morreremos (1 Co 15:51). O revestimento é para que possamos estar protegidos num ambiente que altera a nossa natureza. Só para fechar esse ponto, destaco o que Paulo escreve aos coríntios, que a vitória sobre a morte somente ocorrerá quando o nosso corpo corruptível se REVESTIR da incorruptibilidade. É assim o texto sagrado:
Porque convém que isto que é corruptível se revista da incorruptibilidade, e que isto que é mortal se revista da imortalidade. E, quando isto que é corruptível se revestir da incorruptibilidade, e isto que é mortal se revestir da imortalidade, então cumprir-se-á a palavra que está escrita: Tragada foi a morte na vitória. 1 Coríntios 15:53,54.
É de ver que a Bíblia é um livro de orientações para a nossa salvação, seja aqui na Terra, seja quando formos para o Céu. E nesse momento crucial de emergência, quando estamos enfrentando esse inimigo invisível aos nossos olhos nus, é extremamente necessário que sigamos as orientações cautelares e prudentes de nosso livro de fé.
Que o Senhor, o “Pai Nosso que está no céu, não nos deixe cair na tentação” de não nos protegermos, mas que Ele “nos livre do mal”, desse terrível mal que está matando os nossos semelhantes e que, hoje ou amanhã, poderá matar a nós também (Mt 6:9-13).
Sempre que possível, permaneçamos em ambiente protegido, evitando as aglomerações. Só saiamos de casa quando for estritamente necessário. A prudência nos diz que quando a gente não sabe o que fazer, o certo é seguirmos as orientações daqueles que sabem um pouco mais que nós. 
Deus já tem revelado as coisas, inclusive a cura para nos livrar do coronavírus. Mas ainda não conhecemos essa revelação. Portanto, vamos fazer o que nós podemos fazer para ajudar: buscar o isolamento, vigiar e orar. Deixemos que os homens de ciência busquem a solução para nós. Espiritualmente, nós podemos ser fortes, mas ainda temos também a nossa natureza carnal. E ela é fraca. Jesus sabia disso e, por isso, orientou aos seus discípulos:
Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca. Marcos 14:38.
Que Deus abençoe os nossos cientistas com a sobriedade e a inteligência para descobrirem essa revelação que trará novamente a paz para nós e para o mundo. E que nos abençoe, também! Amém!

sábado, 7 de março de 2020

A mulher


A mulher
Izaias Resplandes de Sousa

E Deus criou a mulher. A Bíblia relata com detalhes esse coroamento da obra divina, o qual ocorreu no sexto dia criativo.

MARIA DE LOURDES RESPLANDES, minha companheira idônea de toda a vida.



E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; e domine sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre o gado, e sobre toda a terra, e sobre todo o réptil que se move sobre a terra.  E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou. E Deus os abençoou, e Deus lhes disse: Frutificai e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a; e dominai sobre os peixes do mar e sobre as aves dos céus, e sobre todo o animal que se move sobre a terra. E disse Deus: Eis que vos tenho dado toda a erva que dê semente, que está sobre a face de toda a terra; e toda a árvore, em que há fruto que dê semente, ser-vos-á para mantimento. E a todo o animal da terra, e a toda a ave dos céus, e a todo o réptil da terra, em que há alma vivente, toda a erva verde será para mantimento; e assim foi. Gênesis 1:26-30.

Analisando esse texto, observamos que:


1) A criação e missão do homem foi planejada pela Trindade Divina. Não aconteceu, pura e simplesmente. 


E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; e domine sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre o gado, e sobre toda a terra, e sobre todo o réptil que se move sobre a terra. Gênesis 1:26.


2) O homem criado era um ser integrado em duas partes: homem, propriamente dito e mulher. É de observar que a narrativa não estabelece uma hierarquia de superioridade, de mando, de governo, de importância, de qualidade e de qualquer outra coisa de um em relação ao outro. 


E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou. Gênesis 1:27.


3) O ser humano - homem e mulher - foi agraciado por Deus com a mesma bênção, sem nenhuma distinção entre um e outro. Em outras bênçãos bíblicas, a gente vê um tratamento diferenciado, como no caso de Isaque, em relação a Esaú e Jacó (Gn 27), ou no caso de Jacó em relação aos dois filhos de José, Efraim e Manassés (Gn 48). Aqui, a bênção é igual para os dois.  


E Deus os abençoou Gênesis 1:28.


4) Os dois também receberam a mesma missão para frutificar, multiplicar, encher e sujeitar a terra e dominar sobre tudo o que se move. 


E Deus lhes disse: Frutificai e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a; e dominai sobre os peixes do mar e sobre as aves dos céus, e sobre todo o animal que se move sobre a terra. Gênesis 1:28.


Aos olhos e pensamentos criativos de Deus, não existia nenhuma dessas diferenças entre o homem e a mulher que se perpetuou ao longo da história da humanidade. E, embora tenhamos dúvidas sobre muitas coisas, com certeza não o temos em relação à imutabilidade de Deus. 


Porque eu, o Senhor, não mudo Malaquias 3:6. 


Toda a boa dádiva e todo o dom perfeito vem do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação. Tiago 1:17.


Não quero dizer que homens e mulheres continuaram iguais ao longo da história. Não! Sabemos que o ser humano é extremamente mutável e tem feito e realizado muitas ações execráveis que o descaracterizam e que, por isso, condenamos. Mas, de acordo com o plano imutável de Deus, essas alterações do quadro não devem ser acentuadas, mas mitigadas e apagadas de vez, para que tudo retorne ao estado de perfeição. Se Ele abençoou e prometeu o melhor, não vai voltar atrás para amaldiçoar e dar o pior. 


Deus não é homem, para que minta; nem filho do homem, para que se arrependa; porventura diria ele, e não o faria? Ou falaria, e não o confirmaria?  Eis que recebi mandado de abençoar; pois ele tem abençoado, e eu não o posso revogar. Números 23:19-20.


A prática de um erro por parte do “abençoado” não deve ensejar a sua destruição, principalmente, se ele se arrepende do que fez. Ao errado, cabe o conserto. Ao desviado, cabe uma reorientação. Ao desobediente, cabe a disciplina. Ao perdido, cabe o ser achado. 


Irmãos, se algum dentre vós se tem desviado da verdade, e alguém o converter, saiba que aquele que fizer converter do erro do seu caminho um pecador, salvará da morte uma alma, e cobrirá uma multidão de pecados. Tiago 5:19,20.

Porque o Senhor corrige o que ama,E açoita a qualquer que recebe por filho. Se suportais a correção, Deus vos trata como filhos; porque, que filho há a quem o pai não corrija? Mas, se estais sem disciplina, da qual todos são feitos participantes, sois então bastardos, e não filhos. Além do que, tivemos nossos pais segundo a carne, para nos corrigirem, e nós os reverenciamos; não nos sujeitaremos muito mais ao Pai dos espíritos, para vivermos? Porque aqueles, na verdade, por um pouco de tempo, nos corrigiam como bem lhes parecia; mas este, para nosso proveito, para sermos participantes da sua santidade. E, na verdade, toda a correção, ao presente, não parece ser de gozo, senão de tristeza, mas depois produz um fruto pacífico de justiça nos exercitados por ela. Portanto, tornai a levantar as mãos cansadas, e os joelhos desconjuntados, E fazei veredas direitas para os vossos pés, para que o que manqueja não se desvie inteiramente, antes seja sarado. Hebreus 12:6-13.


A novela do pecado não deve se transformar em um romance. É melhor que seja bem curta e seja um processo sumário, sem muitas delongas em seu desenvolvimento. Esse sempre foi o pensamento divino e são muitas as referências demonstrando a sua preocupação com o restabelecimento do status quo. 


Porque o Filho do homem veio buscar e salvar o que se havia perdido. Lucas 19:10.


O fato da mulher ter errado, dando ouvidos à serpente e o fato do homem ter errado, aceitando a oferta errada de sua mulher não significa que a mulher foi transformada em subalterna, escrava, empregada, um ser menor em importância, desprezível, abjeto ou algo dessa natureza. A mulher continuou sendo uma com o seu marido. Jesus falou sobre isso, centenas de anos depois. 


E, aproximando-se dele os fariseus, perguntaram-lhe, tentando-o: É lícito ao homem repudiar sua mulher? Mas ele, respondendo, disse-lhes: Que vos mandou Moisés? E eles disseram: Moisés permitiu escrever carta de divórcio e repudiar. E Jesus, respondendo, disse-lhes: Pela dureza dos vossos corações vos deixou ele escrito esse mandamento; porém, desde o princípio da criação, Deus os fez macho e fêmea. Por isso deixará o homem a seu pai e a sua mãe, e unir-se-á a sua mulher, e serão os dois uma só carne; e assim já não serão dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem. Marcos 10:2-9.


Que espírito maligno é esse que tem agido no ser humano por séculos a fio? Que coração de pedra é esse que não aceita o perdão, a conversão e a aceitação do pecador arrependido? O, que temos visto ao longo da história, não é uma mulher fria e calculista, golpista, terrível e cruel. Não! A mulher continua sendo um ser lindo, gentil e carinhoso. O homem é que se transformou num ser duro de coração, que somente deseja acusar, apontar o dedo, condenar, humilhar e fazer sofrer. O espírito de Deus não é assim. Deus é salvador, é generoso, bom e misericordioso e deseja que nós o imitamos em seus atributos e qualidades.


E outra vez entrou na sinagoga, e estava ali um homem que tinha uma das mãos mirrada. E estavam observando-o se curaria no sábado, para o acusarem. E disse ao homem que tinha a mão mirrada: Levanta-te e vem para o meio. E perguntou-lhes: É lícito no sábado fazer bem, ou fazer mal? salvar a vida, ou matar? E eles calaram-se. E, olhando para eles em redor com indignação, condoendo-se da dureza do seu coração, disse ao homem: Estende a tua mão. E ele a estendeu, e foi-lhe restituída a sua mão, sã como a  outra. Marcos 3:1-5.


E aconteceu que, completando-se os dias para a sua assunção, manifestou o firme propósito de ir a Jerusalém. E mandou mensageiros adiante de si; e, indo eles, entraram numa aldeia de samaritanos, para lhe prepararem pousada, mas não o receberam, porque o seu aspecto era como de quem ia a Jerusalém. E os seus discípulos, Tiago e João, vendo isto, disseram: Senhor, queres que digamos que desça fogo do céu e os consuma, como Elias também fez? Voltando-se, porém, repreendeu-os, e disse: Vós não sabeis de que espírito sois. Porque o Filho do homem não veio para destruir as almas dos homens, mas para salvá-las. E foram para outra aldeia. Lucas 9:51-56.


Porque eu quero a misericórdia, e não o sacrifício; e o conhecimento de Deus, mais do que os holocaustos. Oséias 6:6.


Mas, se vós soubésseis o que significa: Misericórdia quero, e não sacrifício, não condenaríeis os inocentes. Mateus 12:7.


Será que já não basta esse sentimento de ódio, revolta, amargura, vingança, tristeza, lamentação e tantas outras lengalengas por causa do pecado cometido pela mulher. Nossos cálices continuam derramando desse veneno pelas bordas contra as mulheres. Até quando nós ficaremos com os corações endurecidos, como meninos de crescimento retardado! Já é hora e até mesmo já passou da hora de nos convertermos e passarmos a tratar a mulher com a importância que sempre teve. Homem e mulher não devem ser adversários, mas parceiros de jornada.


Todavia, nem o homem é sem a mulher, nem a mulher sem o homem, no Senhor. Porque, como a mulher provém do homem, assim também o homem provém da mulher, mas tudo vem de Deus. 1 Coríntios 11:11,12.

A pesquisa mostra que as mulheres do século XXI ainda continuam sofrendo os rigores do princípio do mundo. Os homens continuam menosprezando o potencial daquela que foi feita no mesmo nível que ele, com os mesmos atributos e com a mesma missão.


Homem e mulher são as duas partes de um todo que tem sido dividido ao longo da história sob a alegação de que Deus mandou que fosse assim. Não! Deus nunca quis que fosse desse jeito desumano, triste e deplorável. Se Ele que é Deus, consegue nos perdoar e nos aceitar do jeito que nós somos, porque desejaria que fôssemos diferentes dele, principalmente, quando vemos a Escritura nos orientando para que sejamos imitadores dele? Não, mesmo! Deus deseja que sejamos bons, generosos, misericordiosos e amorosos com as mulheres, principalmente porque são elas que,  idoneamente, em todo o tempo, complementam os homens.


Não endureçais os vossos corações, assim como na provocação e como no dia da tentação no deserto. Salmos 95:8.


Ainda hoje Deus está falando conosco e nos conclamando para uma mudança de atitude em relação à mulher. Ele quer que nós sejamos coerentes e misericordiosos, amigos, companheiros e amantes. Homens com o espírito de Cristo. Que possamos deixar o Senhor falar conosco; que possamos ouvir a sua voz; que possamos ver, abraçar e beijar nossas mulheres no espírito e no amor de Deus. Amém!