sábado, 23 de abril de 2011

Até que a morte os separe

Tive a satisfação de assistir uma excelente palestra do Pr. Ivon Pereira da Silva (foto abaixo), ministrada aos jovens neotestamentários acampados em Poxoréu, MT deste o dia 21 de abril de 2011.
Ele me fez pensar e escrever essa página, a qual começaria com um rapaz, uma moça e famílias... Uma relação da qual a maioria dos seres humanos não pode fugir. É certo que em um dia especial quase todos nós constituímos a nossa própria família. Paqueramos, namoramos e casamos. Quem casa quer casa. E vamos para a nossa própria casa com a intenção de sermos felizes para sempre. No entanto, ainda que seja o que mais desejamos, nem sempre a nossa história de relacionamento familiar tem um final feliz. Algumas sequer começam. Outras mal-começam. Muitas acabam mal.
As principais causas do desajuste familiar decorrem da incerteza, da dúvida, da falta de conhecimento do outro e de sua família. No afã de se casar, muitas vezes os jovens atropelam passos importantes, dentre os quais o conhecimento a respeito da família à qual está se integrando.
Seria muito bom que os jovens se casassem dentre de suas próprias comunidades, com pessoas bem conhecidas, com as quais têm convivência, almoçando e jantando juntos, chorando e festejando... Seria bom que freqüentassem a mesma igreja, que tivessem a mesma fé, as mesmas convicções e compartilhassem do projeto de suas respectivas famílias e comunidades. Seria ótimo que os noivos fossem pessoas de dentro de casa, que freqüentassem os mesmos espaços, que se conhecessem bem e que não houvesse surpresas. Seria bom que fosse assim, mas nem sempre isso é possível.
O jovem nubente nem sempre conhece direito o seu futuro cônjuge e, às vezes, pouco sabe de sua família. E com isso, a vida que poderia ser de completa paz e harmonia, muitas vezes se transforma em uma verdadeira guerra familiar. A falta de informação e de conhecimento prévio é a causa principal dessa guerra. Somente quando é tarde demais é que cada um descobre que não conhecia a pessoa com a qual se uniu. Isso pode ser o início de uma vida de angústias, de sofrimentos, de decepções, de brigas, de infelicidade. Quebra-se o vaso de bênçãos e se descobre que, na verdade, o mesmo só coninha maldições.
Nas igrejas, qualquer que seja a religião, o conselho é um só: que o casal seja feliz, que construa e constitua um lar, que tenham filhos abençoados e que a união seja para toda a vida, até que a morte os separe. Mas nem sempre essa é uma bênção profética.
A tendência das coisas que começam mal é acabar mal. Muitos jovens que se casam, sequer sabem as informações básicas sobre o sexo. São analfabetos sexuais.
Contaram-me de uma tia distante que se casou muito jovem com um tio meu e que já estão falecidos há muitos anos. Casaram-se, mas quando chega a noite de núpcias, nada. Quem disse que minha tia estivesse pensando em sexo. Para ela, o casamento era um simplesmente estar junto e não incluía essa entrega sexual que ela sequer sabia o que era. Foi uma decepção para o meu tio. Durante vários dias ele lutou para tentar consumar o casamento em paz, dando informação, esclarecendo sobre como era o relacionamento conjugal, mas minha tia não concordava. Então ele buscou a ajuda dos sogros. E mesmo assim, somente depois da paciência de meses é que ela decidiu ser a mãe de mais de dez primos meus.
No caso de meu tio houve a paciência. Mas nem sempre a coisa é dessa forma. Existem noivos que tentam conseguir o que desejam de uma forma violenta. E a relação que era para começar de uma forma agradável se inicia com agressões, tapas, choros e muito sofrimento. E às vezes acaba ali mesmo, antes de começar.
Segundo o Pr. Ivon Pereira da Silva, da Igreja Neotestamentária, é importante que os jovens nubentes procurem o aconselhamento médico e que recebam a orientação profissional. A ignorância é o princípio da destruição de um relacionamento feliz. Em uma civilização dominada pelo sexo, como a nossa, diz ele, “o conhecimento sobre esse tema é a base para a construção de um lar feliz, o que é desejado por aqueles que se unem através dos sagrados laços do matrimônio”.
Essa é também a nossa orientação pela paz conjugal nos lares da família brasileira. Eu sou Izaias Resplandes. Sou advogado, professor, casado com Dona Maria de Lourdes Resplandes, com quem vivo um lar feliz há mais de 26 anos e pai de três filhos maravilhosos.

2 comentários:

Ivon Silva disse...

Obrigado professor, por realmente transformar, o estudo num assunto sério, em agradável leitura e um aprendizado para a vida familiar.

Prof. Izaias Resplandes disse...

Meu amado pastor... Deus te deu a mansidão e o carinho para tratar e cuidar de suas ovelhas. Você sabe usar o cajado com sabedoria.Seu estudo foi pertinente, um tema atual e atende às nossas preocupações. Tudo será melhor se for feito com o devido conhecimento. Que Deus te abençoe cada vez mais e multiplique o seu talento. Abraços fraternais.