sábado, 11 de agosto de 2018

Alegria

Alegria
Izaias Resplandes de Sousa


Grandes coisas fez o Senhor por nós, pelas quais estamos alegres. Salmos 126:3.
A alegria é um dos estados proporcionados pelo Espírito Santo em sua íntima comunicação com o nosso espírito. Normalmente, falamos desse sentimento de alegria, com alegria, como se o simples fato de falarmos da alegria já nos proporcionasse vivenciar esse estado. Esse é um dos frutos do Espírito.
É assim a Palavra: O fruto do Espírito é amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio. Contra essas coisas não há lei. Gálatas 5:22,23.
Nós temos muitos motivos para expressar a nossa alegria. Vejamos:
Falamos de alegria nos velórios dos irmãos. Dizemos que estamos alegres por termos a convicção  de que os falecidos viveram uma vida cristã exemplar e, de acordo com as promessas bíblicas haverão de passar a eternidade no reino de Deus, onde, pela graça e misericórdia do Senhor, nós um dia haveremos de encontrá-los.
Assim escreveu Paulo: Não quero, porém, irmãos, que sejais ignorantes acerca dos que já dormem, para que não vos entristeçais, como os demais, que não têm esperança. Porque, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também aos que em Jesus dormem, Deus os tornará a trazer com ele. 1 Tessalonicenses 4:13,14.
Até o momento em que Jesus veio ao mundo, nós éramos pessoas sem esperança. Não tínhamos a convicção da vida eterna em nossos corações. Nossa alegria era limitada aos momentos de satisfação dessa vida. Morrendo, acabar-se-iam os fundamentos de nossas alegrias. Assim diz a Palavra:
"Certamente você sabe que sempre foi assim, desde a antiguidade; desde que o homem foi posto na terra, o riso dos maus é passageiro, e a alegria dos ímpios dura apenas um instante. Mesmo que o seu orgulho chegue aos céus e a sua cabeça toque as nuvens, ele perecerá para sempre, como o seu próprio excremento; os que o tinham visto perguntarão: ‘Onde ele foi parar? Ele voa e vai-se como um sonho, para nunca mais ser encontrado, banido como uma visão noturna. Jó 20:4-8.
Vi um homem ímpio e cruel florescendo como frondosa árvore nativa, mas logo desapareceu e não mais existia; embora eu o procurasse, não pôde ser encontrado. Considere o íntegro, observe o justo; há futuro para o homem de paz. Mas todos os rebeldes serão destruídos; futuro para os ímpios, nunca haverá. Salmos 37:35-38.
A vinda de Jesus abriu as portas para que possamos ter uma alegria plena, que dure por toda a eternidade.
Assim escreveu Paulo: Ele vos deu a vida quando estáveis mortos pelos vossos delitos e pecados, nos quais noutro tempo andastes conforme o curso deste mundo, segundo o chefe das potestades do ar, do espírito que agora opera nos filhos da desobediência; entre os quais todos nós também outrora andávamos nas cobiças da nossa carne, fazendo as vontades da carne e dos pensamentos, e éramos por natureza filhos da ira, como também os demais. Mas Deus, sendo rico em misericórdia pela sua grande caridade com que nos amou, mesmo quando estávamos mortos pelos nossos delitos, nos deu vida juntamente com Cristo (pela graça sois salvos), e nos ressuscitou juntamente com ele e com ele nos fez sentar nas regiões celestes em Cristo Jesus, para mostrar nos séculos futuros a suprema riqueza da sua graça em bondade para conosco em Cristo Jesus. Pois pela graça é que sois salvos mediante a fé; e isto não vem de vós, é o dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie. Efésios 2:1-9.
Através da nossa fé em Jesus, nós temos a convicção de que viveremos por toda a eternidade. Morreremos, como está ordenado aos homens, mas um dia haveremos de ressuscitar para entrar na posse plena da vida eterna.
Assim disse Jesus a Marta: Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá; E todo aquele que vive, e crê em mim, nunca morrerá. Crês tu isto? João 11:25,26.
A morte física de um cristão fiel não é o fim, mas apenas uma transição entre o mundo dos homens e o mundo de Deus, conforme disse Jesus: Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna, e não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida. João 5:24.
Assim, meus queridos, é normal que cantemos, expressando o sentimento de conforto que sentimos por ocasião da morte de um irmão em Cristo. Não cantamos e não sentimos alegria quando vamos ao velório de uma pessoa não-cristã, porque sabemos que somente o cristão pode entrar no reino de Deus.
Assim disse Pedro, cheio do Espírito Santo, quando interrogado sobre a cura de um coxo de nascença: Principais do povo, e vós, anciãos de Israel, visto que hoje somos interrogados acerca do benefício feito a um homem enfermo, e do modo como foi curado, seja conhecido de vós todos, e de todo o povo de Israel, que em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, aquele a quem vós crucificastes e a quem Deus ressuscitou dentre os mortos, em nome desse é que este está são diante de vós. Ele é a pedra que foi rejeitada por vós, os edificadores, a qual foi posta por cabeça de esquina. E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos. Atos 4:8-12.
O próprio Senhor Jesus disse a Tomé a respeito do caminho: Disse-lhe Tomé: Senhor, nós não sabemos para onde vais; e como podemos saber o caminho? Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim. João 14:5,6.
Desse modo, não podemos ser hipócritas, cantando e expressando a nossa alegria e esperança de vida eterna no velório de uma pessoa que teve a oportunidade de ser um cristão e de viver as mesmas alegrias que nós vivemos desde que nos convertemos, mas que se recusou a participar desse benefício, conforme orientado na Palavra de Deus, optando por promover ao seu modo a sua própria salvação. Infelizmente, só poderemos sentir tristeza e pesar nessas condições. Podemos chorar com a família e amigos desse falecido por conta de sua tristeza.
Assim diz a Palavra: Por seus frutos os conhecereis. Porventura colhem-se uvas dos espinheiros, ou figos dos abrolhos? Assim, toda a árvore boa produz bons frutos, e toda a árvore má produz frutos maus. Não pode a árvore boa dar maus frutos; nem a árvore má dar frutos bons. Toda a árvore que não dá bom fruto corta-se e lança-se no fogo. Portanto, pelos seus frutos os conhecereis. Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu nome não expulsamos demônios? e em teu nome não fizemos muitas maravilhas? E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade. Mateus 7:16-23.
Ninguém tem o poder de salvar a si mesmo. A salvação é um dom divino e depende do recebimento de Jesus como Senhor. Somente os que pertencerem a Ele serão feitos filhos de Deus e serão salvos. Não importa se a pessoa é boa, se é caridosa, se faz boas obras, se é humilde… Não importa o estado da pessoa. É preciso que ela reconheça que não pode salvar a si mesma e que só Jesus pode salvá-la. E sabendo disso, é preciso que a pessoa receba a Jesus como o Senhor de sua vida, porque somente assim poderá ser salva, já que a salvação é um presente de Deus Pai para aqueles que receberem a Jesus como Senhor.
Assim diz o evangelista João: No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez. Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens. E a luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam (João 1:1-5). Ali estava a luz verdadeira, que ilumina a todo o homem que vem ao mundo. Estava no mundo, e o mundo foi feito por ele, e o mundo não o conheceu. Veio para o que era seu, e os seus não o receberam. Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que creem no seu nome; Os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus. E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade. João 1:1-5, 9-14.
Assim, a morte de alguém somente será considerada uma razão de alegria, se a pessoa falecida tiver recebido Jesus como Senhor de sua vida enquanto esteve viva. De outra sorte, a morte sempre será motivo de tristezas.
É de ver que, de nossa parte, sempre teremos uma missão no momento da morte de alguém, seja a missão de nos alegrar com a vitória do falecido sobre a morte, seja a de chorar com sua família pela tristeza que o momento ocasiona. É assim a Palavra: Alegrai-vos com os que se alegram; e chorai com os que choram Romanos 12:15.
Que Deus nos abençoe e nos dê a sensibilidade para que possamos agir de modo digno daquele que nos confiou a divulgação de sua Palavra através dos nossos exemplos de vida.

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