quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Porto Alegre/RS.

Aqui no sul, seguimos peleando, despacito no mais, pinoteando daqui e daí para levar a semente aos corações desse povo gaúcho. Arranjamos uma cancha buena onde botamos uma mesita com algumas literaturas, e assim este quera pachola que vos escreve, juntamente com minha chinazinha Ana Elise, ainda que um tanto arisca, corcoveamos, fazendo-nos de cancho rengo, e dessa forma espalhamos a mensagem da Palavra de Deus. Ainda que, estamos em meio a uma bagualada que se faz de desentendido, mais por fora do que surdo em bingo, seguimos guapo por demais.
 Hoje pela manhã tivemos um trabalho proveitoso.
Estava quente de verdade, mais quente que frigideira sem cabo, apesar do inverno, mas muita gente aceitou os folhetos e muitos que saem para dar uma troteada na praça, às vezes quando recebe a mensagem, até param para ler. Por causa disso, eu hoje fiquei mais faceiro que mosca em tampa de xarope.
  Alguns são carborteiro, xucro, em trato social, mais grosso que dedo destrocado, que trompa na gente e seguem, com a cara mais feia do mundo, parecendo que está com  indigestão de torresmo Tchê,  esses a gente tem que deixar seguir campo afora. Não vamos xeretear quem não quer nada com a verdade. Mas tentamos, campeando aqueles que querem.
Dessa forma a gente vai se tornando conhecido na região. Eu já estou mais conhecido que parteira de campanha. Se a gente faz um convite para um buchicho, a indiada toda se reúne; pena que não é assim para com as coisas de Deus. Como diz o velho ditado, não tá morto quem pelea, então vamos adiante que o tempo é mais curto que estribo de anão. Anteontem eu fui abordado por um adventista do sétimo dia. A gente sabe que eles vêm só para debochar, condenar e discutir. Querem ser os mais inteligentes, e a gente sabe que eles são realmente mais informados que gerentes de funerárias, e a nós não estamos pra isso. Mas acontece. Tá na chuva é pra se molhar.
Hoje encontrei um que me disse que eu deveria tirar o livro de Atos da minha Bíblia, por não falar línguas e buscar o batismo do Espírito Santo. Tive que ser meio xucro com o vivente e dizer a ele que ele estava mais por fora que quarto de empregada, porque a Palavra diz que “se alguém não tem o Espírito de Deus, esse tal não é dele”. Ou ele encontrou o Espírito no momento da conversão, ou precisa se converter. Ele ficou de boca aberta parecendo pingo que comeu urtiga, mas depois me disse que eu lhe tinha tirado uma dúvida; prometeu nos visitar para saber como ensinamos e porque ensinamos assim. Que Deus nos abençoe e que o Espírito Santo que “convence o mundo do pecado da justiça e do juízo”, convença os corações dos incrédulos e duvidosos. “Deus não é de confusão e sim de paz”. Brincadeiras a parte, mas a verdade acima de tudo!

Todos os que passam, tem direito a om folheto!
A Ana Elise fica encarregada de correr atras das crianças e entregar-lhes uma mensagem escrita.
Mensagens para todas as idades.
Nas horas vagas, da uma relaxada porque ninguém é de ferro.


2 comentários:

Prof. Izaias Resplandes disse...

Vá em frente, gaucho. Nós estamos orando por esse trabalho sempre. Abraços.

Adjair disse...

Barbaridade tchê, sempre acreditei que tu eras goiano, mas tu ta mais para um autêntico sulista, pelo menos no palavriado, bah.
Coloque uma bombacha, uma bota e um chapéu quebrado na testa que estes viventes vão parar para te ouvir.
Ah, leve também o chimarrão que tu já aprecia por demais.

abraços... Adjair.