domingo, 9 de fevereiro de 2014

Turma do Valmi em Rio dos Crentes



Depois da Turma do Paulo e da Turma do Ivon, agora foi a vez da Turma do Valmi se fazer presente em Rio dos Crentes para dar a sua parcela de contribuição com trabalhos em prol da melhoria de nosso Acampamento. O grupo de trabalho deste dia 8/2/14 foi composto inicialmente por José Carlos da Silva Rodrigues [Caseiro de Rio dos Crentes], Valmi Resplande de Sousa [Construtor em Primavera do Leste], Altamiro Souza Luz [Professor de Matemática em Primavera do Leste], Lucas Mendes Cavalcante [Piloto de Aeronaves] e Izaias Resplandes de Sousa [Advogado]. Na cozinha esteve Maria de Lourdes Resplandes [empresária do comércio].
Como se vê, a equipe está preparada para a vida secular, mas o que nós queremos ver é se estão preparados para um "dia de trabalho em Rio dos Crentes". A missão do dia: construir um AQUEDUTO para levar água de uma das nascentes que passam pelo nosso Acampamento antes de ser utilizada por outras pessoas.
Aqui as ferramentas serão outras. Ao invés de giz, avião e coisas do gênero, serão utilizados enxada, enxadão, foice, facão e baldes para carregar pedras e terra.

A obra é no meio da mata, em local de difícil acesso. Não dá para chegar lá com caminhões e máquinas. Ela terá que ser feita no muque humano, ou como meu pai dizia, vai ser no braço mesmo. Na foto acima, Altamiro Souza Luz dá uma paradinha para fazer uma pose para a foto e tomar um fôlego, porque o trabalho não estava fácil. A cada enxadãozada que dávamos, saíam faíscas de fogo do chão, porque o enxadão batia em alguma pedra. Os avanços eram milimétricos.


Infelizmente, logo no começo ficamos sem o irmão Zé (foto acima). Ele foi tirar um pau do caminho do AQUEDUTO e deu um jeito na coluna. Teve que parar, mas nós continuamos o trabalho com o mesmo ânimo e acreditando que estávamos fazendo a coisa certa: trabalhando por amor ao Senhor e ao seu povo. Enquanto tentávamos abrir a valeta naquele solo extremamente pedregoso e cheio de raízes, podíamos cantar louvores ao nosso Deus, exaltando-o em seus diversos feitos. 

"Senhor meu Deus, contemplo extasiado, o seu poder na vasta criação...".


Esse jovem é o Lucas Cavalcante, de Primavera do Leste, MT. Garoto de ouro, esforçado, tenaz, resistente como as pedras desse lugar. No fim do dia, quando fomos dar uns mergulhos no Rio Areia, ele me dizia que estava com as mãos todas cortadas e cheias de calos, extremamente doloridas, mas durante o dia ele aguentou o tranco sem reclamar. Brinquei como ele: "isso passa, Lucas. Antes de você casar. A questão é que volta tudo outras e outras vezes". Lucas é um bom parceiro. Trabalha alegre, sem escorar em ninguém, faz o que a gente pede para fazer. É uma boa referência para os demais jovens da igreja.


Depois do irmão Zé foi a minha vez de dar uma parada. Peguei em um cipó seco que era só espinhos. Bem pequenininhos, parecendo espinhos de pequi. Minha mão ficou cheia desses espinhos. E eu estava sem óculos e não via os espinhos espetados na mão e as esfregava para limpar. Aí eles encravaram ainda mais na minha mão e eu senti as ferroadas. Pedi ao Altamiro e ao Valmi para retirar. Eles pelejaram, mas era muito espinho. Então voltei até a cozinha do Acampamento e pedi socorro para Dona Lourdes Resplandes, aquela mais formosa esmeralda que Goiás já produziu e me deu por esposa e que os irmãos já conhecem de minhas outras aventuras por esse mundo de Deus. Então ela me amou maravilhosamente e fez um trabalho cirúrgico nas minhas mãos, retirando um por um, os pequenos espinhos. Terminada a operação voltei ao serviço.


Ao meio dia já estávamos com uma grande parte da valeta furada e já começávamos a fazer o AÇUDE para represar a água e desviá-la para o RÊGO que estávamos abrindo. Na foto acima, Valmi está dentro da represa, com água pela CANELA, enquanto o irmão Zé faz uma visita ao canteiro de obras. Atrás do Zé já dá para se ver a barragem de pedras, catadas uma por uma dentro da mata.


À tarde fomos agraciados com uma forte e duradoura chuva. Trabalhamos todo o período debaixo de chuva. Foi refrescante, porque de manhã estava um calor de rachar CUCA. Segundo o irmão Valmi Resplande (foto acima), a chuva ajudou bastante na abertura do canal. As pedras se soltaram mais fáceis do solo com a água. Mas mesmo assim, a tarefa não estava fácil e, infelizmente não conseguimos deixar a água no seu destino.


Trabalhamos até as dezoito horas. Foi uma jornada longa. Ao término das atividades estávamos dando câimbras por todo lado e o corpo estava muito dolorido. Então decidimos adiar a conclusão da obra para o dia 22 de fevereiro de 2014. Nesse dia também começaremos o MUTIRÃO da Limpeza do Acampamento Rio dos Crentes para o RETIRO DE FAMÍLIAS ANO XXXII, em Poxoréu, MT.

Até lá e que Deus abençoe a todos os nossos trabalhadores com saúde, força e vigor, mas principalmente, com muita vontade para servi-lo no serviço ao Corpo de Cisto, a nossa irmandade cristã. Abraços a todos.

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