domingo, 3 de agosto de 2008

Líderes ou ditadores

Foto do autor: Izaias Resplandes

Acampamento Rio dos Crentes, Poxoréu, MT




Introdução. O poder é o desejo que arde no coração de todas as pessoas. Mesmo os mais humildes e recatados o possuem e o exercem. É o resultado da ação humana no mundo, aparecendo de forma mais acentuada nas pessoas dos líderes e dos ditadores. Sábia é a pessoa que sabe usar o poder que possui, conciliando o seu exercício com o das demais pessoas. A sociedade, com o objetivo de assegurar o pleno direito de suas liberdades tem por hábito transferir uma parte de seus poderes individuais àqueles que se consagram como líderes. Alguns destes, por seu turno, insatisfeitos com o poder que recebem, usurpam o mais que podem das prerrogativas de seus liderados, impondo-lhes o governo do seu ponto de vista, da sua forma de agir, da sua pessoa, etc. Quando isso acontece, deixam de ser líderes e passam à condição de ditadores. A história está repleta tanto de uns, como de outros, implicando uma tomada de consciência individual, em cada tempo e lugar, sobre os fundamentos e as formas consagradas para o exercício do poder, a fim de que se possam valorizar aqueles que são úteis e repudiar aqueles que maculam a nossa memória coletiva.

1. Os fundamentos do poder. O poder é uno e indivisível. Originariamente, vem de Deus. Foi o divino que, ao criar o homem, o dotou de competência para agir sobre a criação. Deus deixou ao homem o poder necessário e suficiente para que este continuasse a sua obra criadora, desenvolvendo tanto as suas próprias potencialidades latentes, como aquelas que ficaram impregnadas na matriz da criação divina. Cada fragmento dela traz em si toda a plenitude do poder. Foi dessa forma, por exemplo, que o homem desenvolveu a capacidade de recriar os seres vivos a partir de seu DNA, como ocorre atualmente no processo de clonagem e de reprodução artificial.
O poder do homem, portanto, vem de Deus. É um dom divino que cada um, de forma regular, deve exercer na medida de suas limitações e necessidades. É de destacar que, qualquer tentativa de exercê-lo além desses limites, constitui uma afronta ao Criador e a toda a criação. “Toda precipitação ou artificialização desse processo natural pode ser entendida como uma violação à vida, sendo um desafio para os cristãos e a igreja a reflexão sobre a ação da cultura humana sobre os dados originais da criação”[1][2].
Só o conhecimento das essências, preservado por Deus em sua Palavra e na própria natureza da criação, pode garantir um bom domínio e exercício dessa força transformadora, a qual, abaixo do Supremo, também pode ser exercida pelos anjos, demônios e seres humanos. A falta de sabedoria implica no mau uso e em conseqüências reprováveis e indesejadas. O homem deve procurar o conhecimento dos fundamentos, das essências e dos princípios de todas as coisas. A sabedoria do prudente é entender o seu próprio caminho, mas a estultícia dos insensatos é enganadora[3].
É fundamental que um bom líder deva ter uma boa formação, vivências e experiências no uso do poder, para que não venha se transformar em um indesejável ditador da ignorância, que, não tendo outra forma de se fazer respeitar, usa da força bruta e irracional para se impor sobre os mais simples e humildes do povo. É assim que, do ter ou não ter o conhecimento das essências, surge o bom e o mau uso do poder, a liderança e a ditadura, as principais formas de condução das massas populares[4].

2. As formas de exercício do poder. Liderar é puxar a fila, ir à frente, conduzir o grupo, dar o exemplo. O dicionário Priberam da Língua Portuguesa On line define o verbete como: “dirigir na função de líder; chefiar; orientar; governar; ter o primeiro lugar entre competidores ou concorrentes”[5]. Liderar é a principal função de um líder. É o contrário de ditar, impor, como faz aquele que é chamado de ditador e que, segundo o Priberan é o “antigo magistrado romano que exercia poder absoluto; indivíduo que, temporariamente, concentra em si todos os poderes do Estado; por ext. pessoa autoritária, despótica, que usa de prepotência”[6].
Todos os homens nasceram para liderar, agir, fazer e governar. Diz a Bíblia que Deus criou o homem à sua imagem: homem e mulher. E os abençoou e lhes disse: Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a; dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre todo animal que rasteja pela terra[7]. Tanto os líderes quanto os ditadores surgiram da evolução natural do exercício desse princípio com ou sem sabedoria.
É de destacar que a sabedoria do bom governo foi dada ao homem em essência. Cabia-lhe, desde o princípio, descobrir as melhores formas. O problema é que, no caminho das melhores o homem haveria de encontrar-se com as formas deturpadas, podendo vir a se apaixonar por elas. Então, já naqueles tempos primitivos, o Senhor advertiu o homem quanto a essa busca pelo conhecimento, dando-lhe a seguinte ordem: “de toda árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás”[8].
É claro que o homem não ouviu a voz do Criador. E tudo o que fora previsto aconteceu. O homem fez sua escolha e Deus não o impediu de efetivá-la, mantendo-lhe a prerrogativa do livre arbítrio. Assim foi que, a partir daquele momento, o homem enveredou-se pelos seus próprios caminhos e pensamentos, deixando o Senhor de lado, apesar de que Ele mesmo, nunca deixou de olhar e assistir ao homem em seus devaneios no uso do poder, esperando que um dia ele retomasse ao bom caminho[9].
O homem desenvolveu diferentes formas de governo. Submeteu-se aos patriarcas[10], aos juízes[11], aos reis[12]. Alguns foram bons líderes; outros seguiram os caminhos da maldade e se tornaram ditadores e fizeram o povo pecar e se distanciar ainda mais do seu Criador[13]. Cada um seguiu as suas próprias razões e fundamentos[14]. Finalmente, cumprindo o seu próprio plano, elaborado na eternidade, Deus veio ao mundo para governar os homens. Veio na pessoa de Jesus Cristo[15].
O governo divino, no entanto, é espiritual. O Senhor governa os corações dos homens, para que exerçam a liderança com sabedoria, respeito e humildade, para que sejam bons líderes[16].

Conclusão. É de ver que nesses tempos de eleição surgem diversos candidatos a líderes. Eles são de todos os tipos e siglas. É hora de aplicar o conhecimento da Palavra de Deus para fazer as escolhas adequadas. Existem bons líderes. Esses são conhecidos pelas suas obras a serviço da sociedade. E existem os maus líderes, os quais nunca fizeram nada, mas que agora prometem fazer um mundo melhor para todos nós. Esses não são bons líderes. A Bíblia fala desse tipo de gente e nos alerta quanto a eles[17].
É dever de cada um estudar e conhecer o poder do Senhor que foi dado aos homens para governarem o mundo[18]. É preciso analisar a forma como os homens exercem a liderança. Todos são potencialmente líderes, mas só é verdadeiramente líder aquele que desenvolveu as suas potencialidades, sendo modelo e exemplo para os demais.
Antes de votarem nesse ou naquele candidato, analisem o seu perfil, conheçam a sua vida, as suas práticas e as suas vivências. Todo mundo tem uma história. Qual é a dele? Vejam como ele se comporta em relação aos demais. Ele tem amor no serviço ao próximo? Tem dedicado a vida para servir à sociedade ou apenas está atrás de um emprego melhor remunerado? É preciso ter cuidado com os falsos líderes, que só pensam em dinheiro e poder e não querem saber de nada referente ao povo.
O líder deve ter uma relação direta com o liderado. Ele o ama e respeita, porque tem consideração por ele. Ele se alegra com os seus sucessos e sofre com os seus dissabores. É de observar que temos hoje muitos ditadores. São pessoas que nunca estiveram a serviço do povo, que nunca tiveram a sua aprovação para nada, mas que nesses tempos surgem como candidatos para conduzir os interesses populares.
Sei o quanto é difícil instruir as pessoas, principalmente quando elas não querem ser instruídas. Os homens nessa condição comportam-se como analfabetos políticos. Mesmo tendo olhos, eles se recusam a ver. É didática a lição de Bertold Brecht[19]. Segundo ele: “O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. Ele não sabe que o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas. O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. Não sabe o imbecil que, da sua ignorância política nasce a prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, Pilantra, corrupto e lacaio das empresas nacionais e multinacionais”.
Não podemos nos calar. Aqueles que foram chamados para ensinar devem insistir no exercício de sua missão até o fim. Essa é a doutrina divina do serviço, mesmo que não se consiga obter os resultados desejados[20]. Devemos continuar trabalhando nesse sentido como o estivéssemos fazendo para Deus. Que Ele abençoe a todos.

Poxoréu, MT, 03/08/2008.

Notas íbliográficas e bíblicas:
[1] IGLÉSIAS, José Carlos. Ação pedagógica transformadora: pela construção de uma ética da responsabilidade no ministério. In: KOHL, Manfre Waldemar; BARRO, Antônio Carlos. Ministério pastoral transformador. Londrina (PR): 2006, pp. 185-217.
[2] Cf. Sl 62:11; Mt 22:29; Jo 19:10-11
[3] Cf. Sl 19;1; Pv 14:8; 2 Ts 2:9.
[4] Cf. Tt 1:7; 1 Pe 4:10.
[5] LIDERAR. Disponível em: <>. Acesso em 03/08/2008.
[6] DITADOR. Idem.
[7] Cf. Gn 1:28.
[8] Cf. Gn 2:16-17.
[9] Cf. At. 14:15-16.
[10] Cf. Jo 7:22; At 2:29; 7:8-9.
[11] Cf. Nm 25:5; Dt 1:16. Jz 2:18.
[12] Cf. Dt 17:14; 1 Sm 8:5.
[13] Cf. 2 Rs 17:21.
[14] Cf. Sl 107:4; Is 53:6; Mt 9:36; 1 Pe 2:25.
[15] Cf. Jo 1:11; 18:37; 19:19; Ap 1:5.
[16] Cf. Mt 2:6; Lc 22:29; Rm 15:12; Fp 2:10; 1 Pe 4:11; Jd 1:25.
[17] Cf. Jd 1:4.
[18] Cf. Jo 5:39; 2 Pe 2:20; 3:18.
[19] BRECHT,Bertold. O analfabeto político. Disponível em: . Acesso em 03/08/2008.
[20] Cf. Mt 1:22; Tg 3:1.


quarta-feira, 30 de julho de 2008

domingo, 27 de julho de 2008

Igreja e religião

Ilustração: Casa de irmã Dioniza, Poxoréu, MT


Introdução. As relações entre igreja e religião são bastante estreitas. Em virtude dessa proximidade geram muita confusão para aqueles que se dedicam a estabelecê-las. É sabido que o substantivo Igreja tanto pode se referir ao prédio onde a comunidade religiosa se reúne para os seus ofícios, como à própria comunidade. No entanto, também é comum a pergunta a respeito da religião de cada um. E quando a pessoa responde que é cristã, de imediato a pergunta é aperfeiçoada para melhor esclarecimento: “Não, eu quero saber qual é a sua igreja?”. Demonstra-se que, para uma parcela da população, religião e igreja são a mesma coisa. Na presente reflexão, pretende-se trazer algumas luzes sobre o tema, visando minimizar dúvidas e fortalecer os conhecimentos específicos sobre o assunto.

1. Tipos de conhecimento. Antes de tudo é de ver o seguinte: sempre que o tema de uma conversa esteja ligado ao conhecimento, a reflexão deve ser iniciada com uma breve revisão acerca dos diferentes tipos de conhecimento e o que se requer do preletor para uma boa exposição.
Observe-se que dentre os vários tipos de conhecimento destacam-se duas grandes fronteiras. A primeira é caracterizada pelo conhecimento leigo, popular ou empírico. A segunda, pelo conhecimento teológico, que se fundamenta principalmente na fé. Entre ambas, medeiam os conhecimentos científico e filosófico, sendo que o primeiro pende para a materialidade e o segundo para a espiritualidade. Seja qual for o conhecimento que se pretenda construir, tudo começa com um domínio regular a respeito dos conceitos pertinentes à área específica que se pretende compreender.

2. Diferença entre religião e igreja. Na verdade, é muito difícil diferenciar religião de igreja no mundo ocidental, onde a maioria da população é adepta do cristianismo, a religião que, em tese, foi construída sobre o fundamento dos apóstolos e profetas (Ef 2:20). Na verdade, muitos outros fundamentos têm sido postos para a apreciação dos crentes, o que vem evidenciar a necessidade de se ter um bom entendimento, para não ser enredado pelos diversos raciocínios apresentados. Cada crente deve estudar a Palavra com afinco, zelo e sempre buscando a direção do Espírito Santo. (2 Tm 2:14-26; Jo 8:32).
Segundo Langston, “a religião é a vida do homem nas suas relações sobre humanas, isto é, a vida do homem em relação ao Poder que o criou, à Autoridade Suprema acima dele, e ao Ser invisível com Quem o homem é capaz de ter comunhão. Religião é vida com Deus.” (LANGSTON, A. B. Esboço de teologia sistemática. 6.ed. Rio de Janeiro: Juerp, 1980, p. 10).
A Igreja, seja como prédio, seja como comunidade é um complexo de burocracias para atender às demandas estatais e sociais, que envolve questão tributária, militar, educativa, entre outras. A vida da igreja não é religião. É vida social. Religião é a força que faz o homem buscar a mudança interior para ser bom e assim agradar a Deus. A Igreja trata das relações sociais e políticas. A religião das relações humanas e espirituais.

3. A verdadeira religião. Falando sobre religião, Tiago destaca que a religião verdadeira é aquela que está ligada ao bom exemplo que se pode seguir com segurança. Não está ligada ao discurso teológico e acadêmico. Isso é coisa de igreja. A religião é a concretude. (Tg 1:26-27).
Jesus veio ao mundo e falou muitas coisas. Palavras que foram reconhecidas pelos seus ouvintes como de grande sabedoria (Mt 7:29; Jo 7:46). No entanto, Ele mesmo destacou que o aspecto mais importante que as pessoas mais deveriam observar em sua missão, não era o que Ele falava, mas aquilo que Ele fazia (Jo 5:36; 10:37).

Conclusão. Dessa forma é de concluir que podemos estar em qualquer lugar e em qualquer igreja (prédio ou comunidade). O lugar não é o mais importante. Em qualquer ambiente vamos encontrar aqueles que são mais e aqueles que são menos espirituais. Não devemos olhar tanto para os maus exemplos das pessoas. Devemos nos preocupar com a nossa relação com Deus, estudando e compreendendo a Sua Palavra e fazendo com que ela se materialize em obras concretas na nossa vida. O que é importante não é a igreja propriamente dita, mas a religião que nos aproxima da perfeição de Deus (Hb 12:1 e segs.).
Que o Senhor nos abençoe!

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Isa e Rô: 30 anos de amor!

Isa e Rosângela
recebam o nosso abraço virtual até que Deus nos permita abraçá-los de corpo presente.



Que esse nosso Deus abençoe vocês! E dê muitas alegrias! E muitas esperanças! E uma família cada vez maior! E netos! E muitos bisnetos! E muitos filhos espirituais nos próximos trinta anos de vida! Parabéns!

























Um recado:

Não temos as palavras certas,
Mas queremos dizer que somos muito felizes
De poder conviver com vocês
Nesses trinta anos.
Dobramos nossos joêlhos a Deus
E pedimos que Ele nos dê a alegria
De podermos comemorar com vocês
A vitória de outros trinta.

Feliz Bodas de Pérola!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!


30 anos! Maravilhoso, Isa e Rô. Maravilhosa união a de vocês. Que vida! Que encanto! Vocês parecem tão jóvens e são mesmo jóvens de espírito, jóvens de disposição, jóvens de vontade, jóvens de ânimo para servir ao Senhor. Tenho certeza de a vida conjugal de vocês até aqui foi espetacular. Tenho certeza ainda de que não será diferente nos anos que virão, porque vocês são felizes, fizeram as escolhas certas, porque se amam e porque amam ao Senhor.










Pedimos a Deus que RE-ABENÇOE essa União e que some e multiplique a felicidade de vocês.

Mando um abraço afetuoso em nome da Família Neotestamentária que tem um grande respeito e admiração por vocês. Beijos, abraços, carinhos!!




E por último


Há uma palavra que sabemos dizer muito bem e queremos dizer muitas vezes.

Essa palavra vem do coração. Ela se chama...

FELICIDADES!FELICIDADES!FELICIDADES!FELICIDADES!FELICIDADES!FELICIDADES!FELICIDADES!FELICIDADES!FELICIDADES!FELICIDADES!FELICIDADES!FELICIDADES!FELICIDADES!FELICIDADES!FELICIDADES!FELICIDADES!FELICIDADES!FELICIDADES!FELICIDADES!FELICIDADES!FELICIDADES!FELICIDADES!FELICIDADES!FELICIDADES!

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Bodas de Pérola - 30 anos de casamento

Isaias e Rosangela

No dia 22/7/2008, a Igreja de Parintins-AM, fez uma surpresa para nós.
Decoraram o local e quando lá chegamos todos os irmãos estavam cantando e louvando ao Senhor. Porções da Bíblia e mensagens foram dadas. Leram nossa biografia. Oraram por nós e depois foi servido salgados e refrigerantes para os irmãos.
Para nós foi muito gostoso receber esse carinho dos irmãos. É uma caracteristica do povo de Parintins.

Nosso muito obrigado!

Esta foto foi tirada no início da reunião, depois foi chegando mais e mais irmãos. Estiveram presentes uns 140 irmãos.

segunda-feira, 21 de julho de 2008

MISSIONÁRIOS DA AMAZÔNIA PARA O AMAZONAS

Grupo de irmãos Líderes das Igrejas Neotestamentárias - Região Parintins
na imposição de mãos sobre o casal de missionários
O casal de missionário Joab e Carla Nogueira e sua filha Lívia
O local da Igreja de Parintins ficou lotado para o culto de Evangelização no dia 20/07/2008. Logo após o culto houve a imposição de mãos sobre os novos missionários Joab e Carla Nogueira. Ele é fruto da igreja do Mocambo e deve residir ali até o final do ano. Eles devem procurar um lugar na região para estabelecer residência e plantar uma Igreja Neotestamentária. Mas, na medida do possível, eles também visitarão as igrejas que estão em volta de Parintins. Contamos com as orações dos irmão a favor desse casal.

Nos dias 18 e 19 do corrente mês, tivemos ainda reunião com os líderes locais acerca do Regulamento Interno da UMNT, Código de Ética para as Igrejas Evangélicas Neotestamentárias ( doutrinas ) e Estatuto para as Igrejas Neotestamentárias. Os presentes aceitaram de bom grado estes três assuntos.

domingo, 20 de julho de 2008

Espaços alternativos

Sei que a internet é hoje o espaço mais lido do mundo. Diante disso, tenho procurado penetrar com a mensagem do evangelho em todos os espaços virtuais possíveis. Assim, além deste blog, nossas mensagens têm sido publicadas eventualmente em outros sites, tais como:

Recanto das Letras
http://recantodasletras.uol.com.br/autores/resplandes

Academia Virtual Brasileira de Letras
http://www.avbl.com.br/website/index.php?menu=2

União Missionária Neotestamentária - Brasil
http://umnt.com.br/site/

União Missionária Neotestamentária - Espanha
http://www.ntmu.net/resplandes.htm

Somatório de Idéias: blog pessoal
http://www.respland.blogspot.com/

Convido os leitores desse espaço para acessarem também esses outros espaços alternativos.

sábado, 19 de julho de 2008

Crente, álcool e volante

Introdução. O livre arbítrio é considerado o maior de todos os bens do homem. Também foi ao longo da história e continua sendo em nossos dias, motivo para a violação de inúmeros direitos outros, razão pela qual tem o seu exercício disciplinado em todos os âmbitos da vida em sociedade, com o estabelecimento de sanções para aqueles que extrapolam as fronteiras do admitido. É, justamente em seu nome, que se desenvolve o debate em relação à Lei Federal nº. 11.705, de 19 de junho de 2008, editada com o objetivo de “inibir o consumo de bebida alcoólica por condutor de veículo automotor” e ao Decreto nº. 6.488 da mesma data, que a regulamenta. Nesse sentido, entendemos ser oportuno fazer uma apreciação nas relações envolvendo a religião, o álcool e a lei, objetivando estabelecer encaminhamentos que atendam às necessidades daqueles que desejam sincronizar suas condutas por entre os vieses relacionados com essas três dimensões.

1. A liberdade cristã para o uso do álcool. Não se discute que somos livres, como cristãos, para definirmos aquilo que é conveniente ou não para a nossa vida, evidentemente, arcando com as devidas conseqüências (1 Co 6:12; 10:23; 2 Co 3:17). Por outro lado, somos orientados à cautela, para que não sejamos envolvidos em escândalos e maus exemplos (1 Co 8:9), em abusos (Gl 5:13; 1 Pe 2:16), em contradições (1 Co 10:29; 2 Tm 2:15) e em situações indesejadas (Gl 5:1).
Não posso deixar de reconhecer que o uso do álcool é lícito para todas as pessoas, inclusive para o crente, assim como todas as demais coisas. Paulo aconselhou que Timóteo usasse “um pouco de vinho”, por motivos de saúde. O que se discute não é a licitude, mas o mau uso que se faz delas (1 Tm 4:4; Tg 4:3), principalmente o excesso (Pv 23:20-21). Temos recomendação expressa para não nos associarmos aos “irmãos beberrões”, os quais devem primeiro aprender as regras da disciplina, do controle e do domínio próprio e, evidentemente, se submeter a elas, para depois terem condições de serem aceitos para conviverem em sociedade (1 Co 5:1-13; 9:25-27; Gl 5:22-23; 2 Pe 1:3-11).
É de destacar que, como diversas outras substâncias psicoativas, o álcool também é utilizado para fins benéficos, inclusive medicinais. Ele é uma espécie de solvente. Em alguns casos também é utilizado como conservante[i]. São muitos os medicamentos que têm álcool em sua composição. No Brasil, a ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária tem regulamentado os níveis de etanol (álcool etílico) para as fórmulas de complexos polivitamínicos que tenham em sua composição as vitaminas A, E, K e D que precisam de álcool para serem dissolvidas[ii]. Também tem proibido o seu uso em tantos outros medicamentos. Cada caso é tratado como um caso.

2. A liberdade religiosa e a obediência às leis do país. A lei é um limitador da liberdade para o povo de Deus. Somos orientados à obediência às autoridades e ao governo de nosso país (Rm 7:1; 13:1-7; Tt 3:1; 1 Pe 2:13-17). Somos, inclusive, ensinados a orar, suplicar e interceder pelas autoridades e governantes para que possamos viver e paz e com respeito. É certo que, num país democrático como o Brasil, as decisões de governo são oficializadas por meio de leis, em sentido lato, ou seja, por atos com força normativa como, por exemplo as leis, os decretos, as portarias, as instruções normativas, as resoluções e etc.
É de destacar que a Constituição Federal Brasileira nos concede a liberdade religiosa em seu art. 5º., inciso VI. Diz ali: “é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e, garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias”. Todavia essa liberdade tem limites. A própria CF/88, ainda no art. 5º., inciso VIII diz que “ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei” (grifo nosso).
Destacam-se ainda aos decisões do Supremo Tribunal Federal a respeito da matéria. Segundo a Corte Suprema “a Constituição Federal assegura o livre exercício do culto religioso, enquanto não forem contrários à ordem, tranqüilidade e sossego públicos, bem como compatíveis com os bons costumes.” (STF. RTJ 51/344). Diz ainda que o “livre exercício dos cultos religiosos, assegurado pela Constituição, não implica na tolerância de ofensa aos bons costumes, na relegação de disposições do Código Penal.” (STF. RMS 16857/ MG; Rel. Min. Eloy da Rocha; DJ. 24.10.1969).
Dessa forma, fica evidenciado que o crente, tanto por orientação religiosa doutrinária específica, quanto por determinação expressa no ordenamento pátrio, não tem liberdade para infringir a lei, sendo que esta deve fixar a obrigação de prestação alternativa, por expresso comando constitucional, em substituição às atividades que contrariarem as convicções filosóficas e de crença dos religiosos.

3. A nova lei de trânsito. O trânsito no Brasil é disciplinado pelo Código de Trânsito Brasileiro, instituído pela Lei 9.503, de 23 de setembro de 1997 e suas diversas alterações. A última destas é a Lei nº. 11.705, regulamentada pelo Decreto nº. 6.488, ambos de 19 de junho de 2008. Essa nova legislação tem “a finalidade de estabelecer alcoolemia 0 (zero) e de impor penalidades mais severas para o condutor que dirigir sob a influência do álcool” (art. 1º.).
A referida lei proíbe a venda de bebidas alcoólicas à margem das rodovias federais (art. 2º.) e em terrenos contíguos à sua faixa de domínio (art. 3º.), impondo multas de R$ 1.500,00 (mil e quinhentos reais) e R$ 300,00 (trezentos reais), respectivamente, para os infratores.
Além disso, altera as sanções administrativas e penais relacionadas com os delitos de trânsito. Segundo art. 165 do CTB, “Dirigir sob a influência de álcool ou de qualquer outra substância psicoativa que determine dependência” é infração gravíssima que acarretará, além da multa, a suspensão do direito de dirigir por doze meses e a retenção do veículo até a apresentação de condutor habilitado para seu recolhimento.
Já o art. 276, regulamentado pelo Decreto 6.488 estabelece que a concentração de álcool por litro de sangue para a aplicação das sanções administrativas do CTB será de “duas decigramas por litro de sangue para todos os casos”, ou seja, 20 miligramas (20 mg/l).
Por seu turno, o art. 306, altera o tipo penal e estabelece que sofrerá a sanção nele estabelecida de “detenção, de 6 (seis) meses a 3 (três) anos, multa e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor”, aquele que “conduzir veículo automotor, na via pública, estando com concentração de álcool por litro de sangue igual ou superior a 6 (seis) decigramas, ou sob a influência de qualquer outra substância psicoativa que determine dependência”.
A prova pode ser conseguida por exame de sangue ou pelo popular bafômetro. É o que estabelece o art. 277 do CTB. O condutor sob suspeita de estar dirigindo sob influência de álcool será submetido a testes de alcoolemia, exames clínicos, perícia ou outro exame, que, por meios técnicos ou científicos, em aparelhos homologados pelo CONTRAN – Conselho Nacional de Trânsito permitam certificar o seu estado.
É de destacar que o § 3º., deste art. 277 autoriza a aplicação das sanções administrativas ao condutor que se recusar a submeter aos procedimentos previstos. Já em relação aos crimes, o mesmo não poderá acontecer, uma vez que a nossa jurisprudência reconhece ao acusado o direito de “não produzir prova contra si”, ou seja, ninguém estará obrigado a ceder sangue para o exame laboratorial, nem a soprar no aparelho alveolar (bafômetro). Isso, com certeza dificultará a aplicação da lei, uma vez que o tipo penal requer a prova da “concentração de álcool por litro de sangue igual ou superior a 6 (seis) decigramas, ou sob a influência de qualquer outra substância psicoativa que determine dependência”.
Segundo Aldo de Campos Costa, “a partir da redação que lhe foi dada pela Lei 11.705/08, o artigo 306 do Código de Trânsito Brasileiro se tornou letra morta”[iii].
Nessa linha de raciocínio, pouco adiantou ao legislador deixar de considerar os benefícios da legislação especial nos “crimes de trânsito de lesão corporal culposa”, quando o condutor estiver “sob a influência de álcool ou qualquer outra substância psicoativa que determine dependência”, uma vez que somente poderá provar essa situação por meio dos procedimentos já mencionados, aos quais o condutor não está obrigado a se submeter, ainda mais quando é o caso de perder benefícios.
Por último, apenas a título de registro, a Lei 11.705 estabelece em seu art. 6º., que serão consideradas bebidas alcoólicas “as bebidas potáveis que contenham álcool em sua composição, com grau de concentração igual ou superior a meio grau Gay-Lussac”, ou seja, 0,5 GL.

Conclusão. A nova legislação aperta o cerco por um lado e bambeia pelo outro. É incompreensível, por exemplo, a alteração do art. 306 do CTB que vinculou um limite de concentração alcoólica para o condutor, uma vez que dificilmente as autoridades poderão provar essa condição, dada que a mesma somente ocorrerá através da concordância do condutor. Quanto ao agravamento das sanções administrativas, trata-se de uma medida salutar, uma vez que a dor mais sofrida pelo brasileiro é aquela que lhe atinge o bolso.
Quanto aos religiosos, nada mudou. Continuamos tendo liberdade para praticar os atos da vida civil, desde que o façamos com autonomia e responsabilidade. Ninguém está autorizado a infringir as leis do país ou as doutrinas bíblicas sob o escudo de ter liberdade religiosa. Se alguma pessoa se julga prejudicado pela lei, que envide esforços junto aos seus representantes políticos para alterá-la. Enquanto isso não acontece, todos devem obedecer aos seus comandos, sob pena de sofrer as conseqüências por ela estabelecidas.
“Queres tu não temer a autoridade? Faze o bem e terás o louvor dela” (Rm 13:3). Essa é a única forma de combinar a prática da fé, com o uso do álcool e o exercício da direção automotora.
Que Deus abençoe a todos.
___________
NOTAS:
[i] Cf. http://www.weleda.com.br/perguntas_frequentes/ : O álcool é conservante e dispensa a adição de algum produto químico que poderia alterar a ação do remédio ou trazer danos à saúde do paciente. Além disso, soluções alcoólicas mantêm-se livres de microorganismos por mais tempo.
[ii] Cf. Resolução RE nº 1, de 25 de janeiro de 2002, ANVISA. Ementa: Mantém a proibição da presença de etanol em todos os produtos fortificantes, estimulantes de apetite e crescimento, e complementos de ferro conforme disposto na Resolução RE n°543/01 e dá outras providências. Disponível em: . Acesso em: 19/07/2008.
[iii] Costa. Ado de Campos. Álcool zero. Nova lei beneficia acusados de embriaguez ao volante. Disponível em: . Acesso em 19/06/2008.



sexta-feira, 18 de julho de 2008

Casamento em Manaus-AM

Anerdes Silvestre Ferreira e Adelane Santos da Silva estavam juntos a 15 anos. Ela foi convidada a assistir um culto por uma vizinha e irmã da igreja Neotestamentária do Castanheira em Manaus. Isto aconteceu a 4 meses atrás. Neste sábado 19/07, Eles casarão no civil e a noite haverá um culto para celebrar a união dos dois.
A U.M.N.T. parabeniza o casal por essa decisão e deseja felicidades!


quinta-feira, 17 de julho de 2008

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Igreja: a porta dos céus

Igreja Neotestamentária de Primavera do Leste, MT


Introdução. A Igreja é a responsável pelos fundamentos da ética e da moralidade social de nossos dias. Tudo o que fazemos ou deixamos de fazer, em princípio segue os comandos estabelecidos por ela. A grande maioria das pessoas acredita que os ensinamentos da igreja são bons e devem ser respeitados e acatados por todos. E isso é muito forte. Ninguém tem dúvidas de que a Igreja prega e ensina a Palavra de Deus. E aquele que vai às suas reuniões, vai para ouvir e aprender aquilo que Deus diz em sua Palavra. Na presente reflexão, pretendemos fazer algumas considerações sobre a igreja e o seu significado para a humanidade à luz das Escrituras Sagradas.

1. A igreja: seu dono e sua edificação. A primeira verdade sobre essa instituição é que ela é de Jesus, pois Ele assim se referiu a ela em uma conversa que teve com seu discípulo Pedro (Mt 16:18). Na mesma ocasião, o Senhor disse que Ele próprio edificaria a sua igreja. Muitas vezes nós pensamos que a igreja é nossa e que nós somos os responsáveis pelo seu crescimento. A Palavra diz o contrário, embora nós, os discípulos, sejamos os instrumentos utilizados pelo Espírito Santo para concretizar a realização dessa obra. Todavia, não passamos de meios nas mãos do Senhor. É o Espírito Santo que vai convencer cada um a dar crédito na pregação que tornamos pública sob sua inspiração.

2. A igreja: o templo material e o templo espiritual. Quando se fala na igreja, o que todos imaginam é o prédio. Mas, embora o prédio também seja conhecido como igreja, o mais importante de se entender é que a igreja somos nós. Cada crente é como se fosse uma pedra viva da Igreja que Cristo está a edificar (Ef 2:19-22). Cada crente é por si só o templo onde habita o Espírito de Cristo (1 Co 3:16). Dessa forma, devemos ter uma grande responsabilidade com o nosso corpo, cuidando bem dele em virtude do que ele representa. Por outro lado, a Igreja também pode ser entendida como o local onde os fiéis em Cristo se reúnem. A Palavra “igreja” significa assembléia, reunião. Agora, se é uma igreja de Cristo, então ele precisa estar dentro dela, embora às vezes isso não aconteça (Ap 3:20). Jesus disse que onde houvesse dois ou três reunidos em seu nome, Ele estaria no meio deles (Mt 18:20).

3. A igreja: corpo de Cristo, forma de salvação (1 Co 6:15; 1 Co 12:27). Deus criou o homem, mas a criatura se rebelou contra o Criador e, por conta dessa rebeldia, houve a separação entre ambos. Diz a Escritura que as nossas “iniqüidades fazem separação entre nós e o nosso Deus” (Is 59:2). Jesus promoveu a Paz entre os homens e Deus. Ele nos trouxe a possibilidade de reconciliação com o Criador (2 Co 5:18-19). Ela é a porta da salvação. Sendo membro da igreja, somos membros do Corpo de Cristo. E estando em Cristo, nós seremos salvos, porque Deus nos recebe de novo em sua presença por meio de seu filho amado Jesus, conforme o plano de salvação que ele mesmo estabeleceu. Dessa forma, é de fundamental importância que cada pessoa que deseja a salvação também faça parte do corpo de nosso Senhor, ou seja, faça parte da Igreja.

Conclusão. Diante do exposto, espera-se que tenha ocorrido a compreensão do que seja a Igreja e da importância de se fazer parte dela para se obter a salvação de nossas almas. A salvação é somente por meio de Jesus, porque abaixo dos céus não existe outro nome pelo qual importa que nós sejamos salvos (At 4:12). E nesse sentido, cabe a cada ser humano a responsabilidade pessoal de receber a Jesus como seu Senhor e Salvador para fazer parte de seu corpo, a Igreja e, por fim, entrar na posse da vida eterna que Ele tem preparado para todos os seus. Que o Senhor abençoe a todos.

segunda-feira, 14 de julho de 2008