Fique
em casa
Izaías
Resplandes de Sousa
A
mensagem mais veiculada nos últimos dias foi essa: fique em casa! É
de observar que nos momentos de crises, a grande maioria das pessoas
se coloca na condição de conselheiro dos demais. Todo mundo está
pronto para aconselhar, mesmo que seja apoiado em meras especulações
e blablablás, mas, infelizmente, nem todos estão prontos para
obedecer orientações, ainda quando sejam sérias e fundamentadas.
É
muito importante aprendermos a distinguir as coisas para obedecermos
ao que deve ser obedecido e sabermos fugir daquilo que procede do
maligno e que tem objetivos escusos. Diz o ditado que, “quem pode,
manda e, quem não pode, obedece”. Creio que em face do novo
coronavírus, somos todos impotentes e ignorantes, porque nenhum de
nós tem o poder para derrotá-lo. Mas existem ignorantes e
ignorantes. Não em sei em qual dos grupos cada um de nós está. Sei
apenas de mim. E, como já dizia Sócrates: “tudo o que sei é que
nada sei”. Nesse sentido, é de bom tom que todos aqueles que
estejam na minha condição, que estejam prontos para obedecer.
Sejamos
obedientes aos nossos líderes, sejam eles familiares, religiosos,
civis, políticos e militares. Toda liderança exerce um certo grau
de autoridade, cabendo-nos obedecê-la, em detrimento dos tititis e
bafafás que costumam ganhar a preferência popular.
Nesse
momento eu vos falo não apenas como um observador atento do mundo,
mas também como um observador do que diz a Bíblia Sagrada, o meu
livro de cabeceira e que, para mim é a Palavra de Deus. E rogo que
também seja assim para você.
Meu
querido…
É
de destacar que a Palavra de Deus nos ensina com bastante rigor sobre
a obediência a Deus e à sua Palavra, bem como aos nossos pais,
líderes espirituais e às autoridades em geral. Segundo o texto
sagrado, as autoridades são ministros de Deus, sendo que dele provém
todo o poder que elas porventura possuem.
É
de observar que o primeiro juízo que Deus executou sobre a
humanidade se deu por conta da desobediência do homem à sua
palavra. Apesar de ter recebido ordens específicas de Deus sobre
como deveria proceder no Jardim do Éden, o patriarca Adão preferiu
seguir e se apoiar no entendimento de sua mulher, quebrando a linha
de comando que tinha recebido. E, em decorrência disso, até hoje a
humanidade e a própria terra sofrem as consequências.
O
profeta Moisés, chamado para liderar o êxodo hebreu do Egito, foi
impedido de entrar na terra prometida, porque, quando conduzia o povo
pelo deserto em direção à Palestina e acabou a água que eles
tinham, desobedeceu a ordem de Deus para que falasse à rocha para
que desse água ao povo, ferindo-a, por duas vezes, colocando em
dúvida os resultados da ordem divina, mesmo depois de ter passado
por tantas experiências positivas, em cumprimento às mesmas.
A
obediência é, para Deus, uma questão muita séria, meus queridos.
Às vezes, nós estamos dispostos a fazer os maiores sacrifícios
para alcançar aquilo que desejamos, quando apenas uma coisa seria
suficiente: a nossa obediência.
O
rei Saul foi escolhido para ser o primeiro rei de Israel, mas foi
rejeitado por Deus, cometeu vários pecados e, por fim, se matou,
tudo porque ousou descumprir a ordem de Deus para destruir totalmente
os amalequitas que, covardemente, haviam atacado e matado muitos dos
filhos de Israel que fraquejavam na marcha e ficavam para trás na
marcha, quando vinham do Egito para Canaã. A ordem de Deus era para
destruir totalmente o inimigo, mas Saul resolveu fazer prisioneiros e
saques. Segundo ele, a intenção era oferecer um grande sacrifício
a Deus. Mas então ele recebe pelo seu ato a seguinte declaração do
profeta Samuel: “Alguma
vez o Senhor tem o mesmo prazer nos holocaustos e sacrifícios do que
na obediência à sua palavra? Obedecer é muito melhor do que
sacrificar!” (1 Sm 15:22).
E
essa é a resposta às nossas dúvidas sobre essa pandemia do
coronavírus que está assolando a humanidade desde a China até o
Brasil.
Não
creio que Deus esteja se vingando da humanidade por desobediência à
Sua Palavra. Eu creio muito mais em que estejamos colhendo os frutos
do que nós temos semeado no planeta. Eu creio que estamos apenas
diante de um repto da natureza. Ela, sim, poderia estar nos dando uma
resposta a todas as agressões que temos feito. Mas eu creio que a
natureza também não quer nos destruir, porque ela foi criada para
nos ajudar a viver, embora esse viver devesse ser caracterizado pela
harmonia, respeito e responsabilidade com ela e com os demais seres
vivos.
É
de ver, no entanto, que a situação pandêmica que vivemos não
precisará ser permanente e nós podemos voltar a ter o domínio da
situação, porque, desde o começo do mundo, a vontade de Deus era
que o homem crescesse, se multiplicasse e dominasse sobre todos os
demais seres vivos. Assim diz a Palavra: E Deus os abençoou, e Deus
lhes disse: Frutificai e multiplicai-vos, e enchei a terra, e
sujeitai-a; e dominai sobre os peixes do mar e sobre as aves dos
céus, e sobre todo o animal que se move sobre a terra. Gênesis
1:28.
Deus
capacitou cada ser humano para cumprir uma parte dessa grande missão.
E cabe a cada um de nós fazer o seu melhor para que possamos dominar
esse coronavírus que tem se revelado um adversário muito poderoso.
A hora é de união e não de divisão, seja porque motivo for. Não
é hora de partidarismos, não é hora de divisão. Nesse momento
devemos ser apenas o povo da Terra contra o coronavírus. A Terra tem
lideranças constituídas por nós. Aí estão os Grupos de Líderes:
G-5, G-20, ONU, OMS. E, localmente, também temos as nossas
lideranças, tais como o Presidente da República, o Congresso
Nacional, os governadores, prefeitos e tantas outras. Mas todos
devemos falar a mesma língua. O debate é importante, mas ao se
estabelecer as linhas de ação, todos devemos seguir na mesma
direção, sob pena de sofrermos muito mais do que precisaríamos.
Jesus
disse que nenhuma casa dividida subsistiria. E que até Satanás
seria derrotado, se também estivesse dividido.
Eis
aí a resposta. Quando os homens falam a mesma língua, eles
ultrapassam até os limites do admissível e do tolerável. Eles
fazem coisas excepcionalmente maravilhosas. Sem querer entrar no
mérito da questão, não nos esqueçamos de Babel, quando a
humanidade, falando a mesma língua, subia com sua torre em direção
ao céu.
“Unidos,
nós venceremos!” Em que pese esse chavão ser abusadamente
pronunciado, nós ainda não sabemos caminhar juntos na mesma direção
e vivemos em disputas eternas pelo mérito de insignificâncias, em
detrimento das grandes realizações.
Nos
tempos de Jesus na Terra, aconteceu coisa semelhante. Ele criticou
severamente os escribas e fariseus, dizendo ao povo o seguinte: Na
cadeira de Moisés estão assentados os escribas e fariseus. Todas as
coisas, pois, que vos disserem que observeis, observai-as e fazei-as;
mas não procedais em conformidade com as suas obras, porque dizem e
não fazem; Pois atam fardos pesados e difíceis de suportar, e os
põem aos ombros dos homens; eles, porém, nem com seu dedo querem
movê-los; Mateus 23:2-4.
Não
imitemos os nossos líderes nas brigas e disputas pelo poder. Não
sejamos uma cidade dividida, um Estado dividido, um País e um mundo
dividido nesse momento. Façamos o que for possível fazer. E se não
for possível fazer outra coisa, então oremos pela misericórdia de
Deus por eles, os nossos líderes e por nós.
Sim,
meus queridos! Oremos por eles e por nós para que essa pandemia seja
controlada e esse mal seja extirpado do meio de nós. Oremos com fé.
E se a nossa estiver pouca, oremos também para que Deus a aumente.
Vamos resistir a esse mal com todas as nossas forças e, de mãos
dadas e com um só propósito haveremos de vencer. Em nome de Jesus.
Amém e amém!
Um comentário:
Vamos fazer a nossa parte como cristão educados. Orar e orar sem criticar.
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