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quinta-feira, 2 de maio de 2019

A criação da luz, dos dias e das noites


A criação da luz, dos dias e das noites

Izaias Resplandes de Sousa


NO PRINCÍPIO CRIOU DEUS O CÉU E A TERRA. E A TERRA ERA SEM FORMA E VAZIA; E HAVIA TREVAS SOBRE A FACE DO ABISMO; E O ESPÍRITO DE DEUS SE MOVIA SOBRE A FACE DAS ÁGUAS. E DISSE DEUS: HAJA LUZ; E HOUVE LUZ. E VIU DEUS QUE ERA BOA A LUZ; E FEZ DEUS SEPARAÇÃO ENTRE A LUZ E AS TREVAS. E DEUS CHAMOU À LUZ DIA; E ÀS TREVAS CHAMOU NOITE. E FOI A TARDE E A MANHÃ, O DIA PRIMEIRO. Gênesis 1:1-5.
E LEVOU-ME EM ESPÍRITO A UM GRANDE E ALTO MONTE, E MOSTROU-ME A GRANDE CIDADE, A SANTA JERUSALÉM, QUE DE DEUS DESCIA DO CÉU. E TINHA A GLÓRIA DE DEUS; E A SUA LUZ ERA SEMELHANTE A UMA PEDRA PRECIOSÍSSIMA, COMO A PEDRA DE JASPE, COMO O CRISTAL RESPLANDECENTE. Apocalipse 21:10,11.
E ALI NÃO HAVERÁ MAIS NOITE, E NÃO NECESSITARÃO DE LÂMPADA NEM DE LUZ DO SOL, PORQUE O SENHOR DEUS OS ILUMINA; E REINARÃO PARA TODO O SEMPRE. Apocalipse 22:5.
Deus cria a luz e ela enche o universo. Não se trata da luz divina que iluminará os novos céus e a nova terra, mencionada em Apocalipse 21:11 e 22:5, posto que, se fosse a luz divina, então seria plena luz em qualquer parte do universo, independente do ponto de referência. Não haveria noite, escuridão, trevas, sombras. Seria sempre dia, como assim o será no novo céu e na nova terra.
A luz criada em Gênesis 1:3 segue as regras da Física, da Natureza, como todas as coisas criadas por Deus no plano físico e que, posteriormente, no decorrer da história humana, vêm sendo compreendidas pelos homens.
Segundo as regras físicas da criação, sempre há no mundo físico luz e trevas, luz e sombras, claridade e escuridão, dia e noite. Tudo depende do ponto de referência. As coisas físicas têm faces. Se uma face está voltada para a luz, na sua face oposta haverá sombra. Quanto maior for a intensidade da luz, menor será a sombra; quanto maior for a coisa criada diante da luz, maior será a sua sombra do lado oposto. E mesmo se houver luz iluminando os dois lados, se uma das fontes de luz for de maior intensidade que a outra, uma face será mais escura ou menos iluminada do que a outra.
Durante os nossos dias, quando temos a luz do sol sobre a face brasileira, temos na face japonesa apenas a luz do luar ou, às vezes, nem ela, conforme a fase da lua. E a luz do nosso dia é muito mais brilhante do que a luz da noite japonesa. E vice-versa. Não quer dizer que na noite não haja luz, mas apenas que não é tão brilhante como no dia.
Durante um eclipse lunar, em que a lua fica entre o sol e a terra, a escuridão na terra é bem pouca, porque a Lua é bem menor do que a Terra. Já nos eclipses solares em que a terra fica entre o Sol e a Lua cheia (por exemplo), a gente pode vislumbrar o quase desaparecimento da Lua sobre a sombra da Terra. E às vezes, temos a Lua e o Sol iluminando a mesma face da Terra. E aí, a luz da Lua não tem qualquer efeito, posto que desaparece diante da luz solar.
Por outro lado, também seria ilógico pensar que a luz criada em Gênesis 1:3 pudesse ser a luz divina. Se assim aceitássemos, estaríamos colocando Deus como um ser criado e não um ser eterno, posto que sua luz teria sido criada por Ele, ao invés de ser um de seus atributos eternos.
É de observar que, mesmo após a criação da luz, as trevas continuam existindo. A Palavra nos diz que FEZ DEUS SEPARAÇÃO ENTRE A LUZ E AS TREVAS após a criação da luz.
E então a luz foi criada no primeiro dia da criação. É claro que, indiretamente, toda a fonte da criação é divina, mas encontramos nas resumidas informações sobre a criação no Gênesis, alguns registros que apontam para a criação divina de forma direta e outros de forma indireta; ora, Deus cria diretamente, ora, Ele determina que sua criatura crie outras criaturas. Uma das mensagens mais fortes de Gênesis 1 é o “crescei e multiplicai”, o qual implica na criação criando criaturas para Deus, porque tudo pertence a Ele.
A luz criada no primeiro dia da criação divina já permite vislumbrar o dia e a noite em todo o universo. A parte mais iluminada do astro iluminado seria o dia e a parte mais escura seria a noite. Mas, ainda não tínhamos uma clara definição de quais os momentos em que em um lugar seria mais iluminado (dia) e em quais lugares seria mais escuro (noite), mesmo porque sempre haveria luz, ainda que fosse na noite mais escura.
A definição do ciclo da noite e do dia somente foi definida no quarto dia, quando Deus disse que houvesse os luzeiros para governar o dia e a noite. No caso do planeta Terra, para quem Moisés está fazendo o registro, entendemos que os dois luzeiros sejam o Sol e a Lua. Mas a mesma definição foi dada para todo o universo, o que significa compreender que o ciclo de duração de um dia e de uma noite vai depender do astro em que a pessoa estiver, assim como o ano e todas as demais unidades de medida do tempo. Um dia lunar não é o mesmo que um dia terrestre.
Um dia lunar equivale a 29,5 dias terrestres. Portanto, enquanto o ciclo do nosso dia dura 24 horas, o dia lunar teria 708 horas (de lua cheia a lua cheia). O dia iluminado e a noite escura lunares, considerados separadamente tem a duração de aproximadamente 354 horas, ou seja, próximo de 15 dias ou noites terrestres.
É de ver que há diferenças entre o ciclo de duração dia/noite em cada astro do universo. Na Terra, o ciclo de duração de nosso dia de sol a sol foi explicitado em Gênesis 1:14 e seguintes.
E DISSE DEUS: HAJA LUMINARES NA EXPANSÃO DOS CÉUS, PARA HAVER SEPARAÇÃO ENTRE O DIA E A NOITE; E SEJAM ELES PARA SINAIS E PARA TEMPOS DETERMINADOS E PARA DIAS E ANOS. E SEJAM PARA LUMINARES NA EXPANSÃO DOS CÉUS, PARA ILUMINAR A TERRA; E ASSIM FOI. E FEZ DEUS OS DOIS GRANDES LUMINARES: O LUMINAR MAIOR PARA GOVERNAR O DIA, E O LUMINAR MENOR PARA GOVERNAR A NOITE; E FEZ AS ESTRELAS. E DEUS OS PÔS NA EXPANSÃO DOS CÉUS PARA ILUMINAR A TERRA, E PARA GOVERNAR O DIA E A NOITE, E PARA FAZER SEPARAÇÃO ENTRE A LUZ E AS TREVAS; E VIU DEUS QUE ERA BOM. E FOI A TARDE E A MANHÃ, O DIA QUARTO. Gênesis 1:14-19.
O Gênesis traça um relato da criação do universo, de forma muito ampla e trata da criação e organização do planeta Terra, de forma mais específica.
Quando o texto bíblico diz que “NO PRINCÍPIO, CRIOU DEUS OS CÉUS E A TERRA”, ele se refere à criação do universo, o qual seria dividido entre céus (o espaço, a imensidão, o intocável, o vazio, o abismo)  e terra (a parte corpórea, visível e tocável). Toda a terra estaria nos céus, no espaço, no vazio…
Quando o texto bíblico diz que “A TERRA ERA SEM FORMA E VAZIA” ele tanto pode estar se referindo à terra do planeta Terra, como à terra de qualquer outro astro dos céus que jaziam na escuridão.
Quando a Bíblia diz que “HOUVE LUZ”, o texto se refere não apenas ao planeta Terra, mas que houve luz em todo o universo. O mesmo ocorre quando Deus cria o “DIA” e a “NOITE”. Esse Dia/Noite se refere ao Dia/Noite em qualquer parte do universo e eles não teriam o mesmo ciclo de duração em qualquer parte. No planeta Terra teria uma duração de 24 horas, na Lua teria 708 horas, em Vênus 5832 horas e assim sucessivamente em relação a todos os astros.
O dia de cada astro corresponde a uma volta completa do mesmo em torno de seu eixo, quando volta ao ponto de partida. Isso, evidentemente, varia conforme o tamanho do astro, à velocidade em que o mesmo realiza o seu movimento e ao ponto de referência tomado como ponto inicial do giro.
O ciclo do dia no planeta Terra foi definido no quarto dia da criação, quando Deus estabeleceu na expansão dos céus o sol como ponto de referência. O dia terrestre corresponde a uma volta completa da Terra em torno de seu eixo diante do sol. É o nosso “de sol a sol”. Esse ciclo dura 24 horas.
Nos três primeiros dias da criação Deus operou no planeta Terra com o ciclo de duração aproximado de 24 horas, o qual, a partir do quarto dia, passou a ser marcado, regulado e governado pelo Sol. A medida mais aproximada do dia sideral terrestre é de 23h56m04,09s. Portanto, não há nenhum conflito entre o Dia/Noite de Gênesis 1:3 e o dia/noite de Gênesis 1:14.
A conclusão a que somos induzidos é que os dias da criação citados em Gênesis 1, na Bíblia, foram definidos pelo Criador como sendo correspondes ao movimento de rotação do astro (uma volta em torno de seu próprio eixo) e que a partir do quarto dia da criação seriam medidos a partir dos luminares criados por Deus na expansão dos céus (onde todos os astros estão). No caso específico da Terra, o ciclo de seus dias, desde que o Dia foi criado, correspondeu a aproximadamente 24 horas (que era o tempo de rotação da Terra em torno de seu eixo), mas que somente a partir do quarto dia, com a criação do Sol teve a sua medida explicitada.
A Bíblia é a Palavra de Deus, escrita por homens inspirados por Ele para a nossa educação. Ela não contém toda a Palavra de Deus, mas além de ser a Palavra de Deus ela também nos revela onde podemos aprender mais e mais sobre o nosso Pai,  Senhor e Deus. Ela é o nosso guia em direção à perfeição, ao crescimento e à ocupação e domínio de toda a terra.
Os nossos primeiros pais, Adão e Eva iniciaram o processo de desobediência ao Criador, que levou o homem à morte. Mas pela Bíblia, Deus nos revelou a Sua graça e o seu amor por nós. E iniciou o processo de obediência, que nos levou a Jesus, o Caminho para a nossa salvação e para a vida eterna. A Bíblia nos mostrou o Caminho pelo qual podemos obter a nossa justificação, redenção, santificação e, por fim a glorificação no reino dos céus.
PORQUE NÃO ME ENVERGONHO DO EVANGELHO DE CRISTO, POIS É O PODER DE DEUS PARA SALVAÇÃO DE TODO AQUELE QUE CRÊ; PRIMEIRO DO JUDEU, E TAMBÉM DO GREGO. PORQUE NELE SE DESCOBRE A JUSTIÇA DE DEUS DE FÉ EM FÉ, COMO ESTÁ ESCRITO: MAS O JUSTO VIVERÁ PELA FÉ. PORQUE DO CÉU SE MANIFESTA A IRA DE DEUS SOBRE TODA A IMPIEDADE E INJUSTIÇA DOS HOMENS, QUE DETÊM A VERDADE EM INJUSTIÇA. PORQUANTO O QUE DE DEUS SE PODE CONHECER NELES SE MANIFESTA, PORQUE DEUS LHO MANIFESTOU. PORQUE AS SUAS COISAS INVISÍVEIS, DESDE A CRIAÇÃO DO MUNDO, TANTO O SEU ETERNO PODER, COMO A SUA DIVINDADE, SE ENTENDEM, E CLARAMENTE SE VÊEM PELAS COISAS QUE ESTÃO CRIADAS, PARA QUE ELES FIQUEM INESCUSÁVEIS; PORQUANTO, TENDO CONHECIDO A DEUS, NÃO O GLORIFICARAM COMO DEUS, NEM LHE DERAM GRAÇAS, ANTES EM SEUS DISCURSOS SE DESVANECERAM, E O SEU CORAÇÃO INSENSATO SE OBSCURECEU. Romanos 1:16-21.
Há muitas revelações divinas que não estão na Bíblia, mas, segundo escreveu Paulo em Romanos 1:16-21, Deus manifestou aos homens e nas coisas que estão criadas, de forma clara e compreensível tudo o que dele se pode conhecer, tanto “as coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder, como a sua divindade”. Cabe a nós crescer, dia a dia, na visão, compreensão e assimilação desse conhecimento, transformando a nossa mente e aplicando-o na melhoria de nossa vida diária, que sempre foi a boa, perfeita e agradável vontade de Deus para todos nós.
Deus nos abençoe!

sábado, 9 de junho de 2018

Equilíbrio



Equilíbrio

Izaias Resplandes


Nem tanto céu e nem tanto terra. Seja a vossa moderação conhecida de todos os homens. Perto está o Senhor. Filipenses 4:5.
É comum nos indignarmos de forma extrema com algumas coisas que consideramos absurdas, ainda que outras pessoas considerem as mesmas coisas como perfeitamente normais. E vice-versa.
Na verdade, todo extremismo é prejudicial. Não é porque eu gosto de determinada comida, que vou comer até não poder mais. Não é porque eu gosto de uma música ou de um cantor, que vou passar o dia todo os ouvindo.
Nós somos apressados em fazer nossos juízos em relação a outras pessoas e às mais diversas situações. Se não gosto, se não vivencio, se não tem nada a ver comigo, então eu condeno. Ao contrário, aprovo. Em algumas coisas ficamos em cima do muro.
Assim diz a Bíblia:
Por que atentas tu no argueiro que está no olho de teu irmão, e não reparas na trave que está no teu próprio olho? Ou como podes dizer a teu irmão: Irmão, deixa-me tirar o argueiro que está no teu olho, não atentando tu mesmo na trave que está no teu olho? Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho, e então verás bem para tirar o argueiro que está no olho de teu irmão. Lucas 6:41,42.
O fato é que nenhum de nós é perfeito. Somos todos pecadores, cheios de erros e defeitos. Os apóstolos observam:
Paulo: Somos nós mais excelentes? De maneira nenhuma, pois já dantes demonstramos que, tanto judeus como gregos, todos estão debaixo do pecado; Como está escrito: Não há um justo, nem um sequer. Romanos 3:9,10.
João: Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós. 1 João 1:8.
O melhor seria que seguíssemos aos conselhos de Jesus:
Aquele que de entre vós está sem pecado seja o primeiro que atire pedra. João 8:7.
Bezerra da Silva, em “Reunião de Bacana”, conta o que sentiu em uma reunião de pessoas da mais alta posição, como doutores, senhores e até magnatas. E o que ele sentiu ele canta no refrão de sua música, dizendo: “E se gritar, pega ladrão, não fica um, meu irmão”.
Essa é a verdade. O ser humano é corrupto desde a sua meninice. E não faz as coisas como devem ser feitas. Pelo contrário, sempre está procurando um meio de tirar proveito da situação. E quando isso contraria os seus propósitos, então bate o martelo e condena.
Jesus aconselhou:
Não julgueis, para que não sejais julgados. Porque com o juízo com que julgardes sereis julgados, e com a medida com que tiverdes medido vos hão de medir a vós. Mateus 7:1,2.
Ainda que, em determinadas situações seremos convocados para julgar os nossos pares, como no Tribunal do Júri, nas questões da igreja, em Comissões de Sindicância e Inquérito Administrativo e talvez não possamos escusar a missão, no nosso dia a dia, seria melhor que nós evitássemos os juízos, porque nem sempre seremos juízes. Hoje pode ser ele, mas amanhã podemos ser nós que estejamos no banco dos réus.
Por outro lado, há um juízo que devemos fazer o tempo todo. É o autojulgamento. Devemos buscar conhecer os nossos erros e corrigi-los. Isso, sim, é altamente benéfico para nós. É assim a Palavra:
Porque, se nós nos julgássemos a nós mesmos, não seríamos julgados. 1 Coríntios 11:31.
É de ver que estamos no mundo para sermos instrumentos de salvação e não de condenação. Jesus disse várias vezes que a sua missão era salvar o perdido. E deixou os seus discípulos com a missão de testemunhar a respeito dessa boa-nova. Vejamos o que diz o apóstolo Paulo a esse respeito:
Quanto ao que está enfermo na fé, recebei-o, não em contendas sobre dúvidas. Porque um crê que de tudo se pode comer, e outro, que é fraco, come legumes. O que come não despreze o que não come; e o que não come, não julgue o que come; porque Deus o recebeu por seu, Quem és tu, que  julgas o servo alheio? Para seu próprio senhor ele está em pé ou cai. Mas estará firme, porque poderoso é Deus para o firmar. Um faz diferença entre dia e dia, mas outro julga iguais todos os dias. Cada um esteja inteiramente seguro em sua própria mente. Aquele que faz caso do dia, para o Senhor o faz e o que não faz caso do dia para o Senhor o não faz. O que come, para o Senhor come, porque dá graças a Deus; e o que não come, para o Senhor não come, e dá graças a Deus. Porque nenhum de nós vive para si, e nenhum morre para si. Porque, se vivemos, para o Senhor vivemos; se morremos, para o Senhor morremos. De sorte que, ou vivamos ou morramos, somos do Senhor. Porque foi para isto que morreu Cristo, e ressurgiu, e tornou a viver, para ser Senhor, tanto dos mortos, como dos vivos. Mas tu, por que julgas teu irmão? Ou tu, também, por que desprezas teu irmão? Pois todos havemos de comparecer ante o tribunal de Cristo. Porque está escrito: Como eu vivo, diz o Senhor, que todo o joelho se dobrará a mim, E toda a língua confessará a Deus. De maneira que cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus. Assim que não nos julguemos mais uns aos outros; antes seja o vosso propósito não pôr tropeço ou escândalo ao irmão. Eu sei, e estou certo no Senhor Jesus, que nenhuma coisa é de si mesma imunda, a não ser para aquele que a tem por imunda; para esse é imunda. Mas, se por causa da comida se contrista teu irmão, já não andas conforme o amor. Não destruas por causa da tua comida aquele por quem Cristo morreu. Não seja, pois, blasfemado o vosso bem; Porque o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo. Porque quem nisto serve a Cristo agradável é a Deus e aceito aos homens. Sigamos, pois, as coisas que servem para a paz e para a edificação de uns para com os outros. Não destruas por causa da comida a obra de Deus. É verdade que tudo é limpo, mas mal vai para o homem que come com escândalo. Bom é não comer carne, nem beber vinho, nem fazer outras coisas em que teu irmão tropece, ou se escandalize, ou se enfraqueça. Tens tu fé? Tem-na em ti mesmo diante de Deus. Bem-aventurado aquele que não se condena a si mesmo naquilo que aprova. Mas aquele que tem dúvidas, se come está condenado, porque não come por fé; e tudo o que não é de fé é pecado. Romanos 14:1-23.
Por outro lado, meus queridos, é muito importante que tenhamos zelo uns pelos outros. Que cada um de nós seja guardador de seu irmão. E nessa condição, devemos buscar toda a proteção para ele, exercer toda a diligência e cuidado em seu favor. Devemos orar insistentemente a Deus por ele, para que caia em si, se arrependa e volte novamente ao Caminho. É assim a orientação de salvação:
Se alguém vir pecar seu irmão, pecado que não é para morte, orará, e Deus dará a vida àqueles que não pecarem para morte. Há pecado para morte, e por esse não digo que ore. 1 João 5:16.
A maioria das pessoas preferem a orientação do juízo, ao invés da orientação de salvação. Sim, pode parecer estranho, mas a Bíblia traz orientações sobre o juízo. Vejamos…
Ora, se teu irmão pecar contra ti, vai, e repreende-o entre ti e ele só; se te ouvir, ganhaste a teu irmão; Mas, se não te ouvir, leva ainda contigo um ou dois, para que pela boca de duas ou três testemunhas toda a palavra seja confirmada. E, se não as escutar, dize-o à igreja; e, se também não escutar a igreja, considera-o como um gentio e publicano. Em verdade vos digo que tudo o que ligardes na terra será ligado no céu, e tudo o que desligardes na terra será desligado no céu. Também vos digo que, se dois de vós concordarem na terra acerca de qualquer coisa que pedirem, isso lhes será feito por meu Pai, que está nos céus. Mateus 18:15-19.
Ainda que essa situação se refira a um pecado pessoa contra pessoa, o que vemos aqui é uma questão de julgamento. E, na maioria das vezes, nós temos pressa em que esse processo chegue logo ao final. A nossa paciência é curta com relação aos erros dos outros. Queremos ter a imagem e semelhança do Deus longânimo, mas somos intolerantes e sem paciência com os nossos irmãos e com as pessoas a quem queremos conduzir a Jesus. Assim diz a Bíblia:
Sede, pois, imitadores de Deus, como filhos amados. Efésios 5:1.
O Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a têm por tardia; mas é longânimo para conosco, não querendo que alguns se percam, senão que todos venham a arrepender-se. 2 Pedro 3:9.
É assim que devemos ser, irmãos: tolerantes, pacientes, longânimos, misericordiosos, bons... Deus é assim e devemos buscar com todo empenho sermos semelhantes a Ele.
Se o nosso irmão pecar contra nós, devemos perdoá-lo e não levá-lo a julgamento. Se o perdoarmos, não haverá motivo para ele ser julgado. E se não conseguimos perdoar, então somos nós que temos problemas em nossos corações. E nesse caso, a melhor orientação é que nós oremos por nós mesmos, que imploremos pela misericórdia de Deus para nos aperfeiçoar de tal maneira que nós possamos perdoar ao nosso irmão ou próximo, mesmo que não seja nosso irmão. Nós recebemos muito perdão de Deus e temos o dever de perdoar muito mais. É assim a Palavra:
Se alguém me contristou, não me contristou a mim senão em parte, para vos não sobrecarregar a vós todos. Basta-lhe ao tal esta repreensão feita por muitos. De maneira que pelo contrário deveis antes perdoar-lhe e consolá-lo, para que o tal não seja de modo algum devorado de demasiada tristeza. Por isso vos rogo que confirmeis para com ele o vosso amor. E para isso vos escrevi também, para por esta prova saber se sois obedientes em tudo. E a quem perdoardes alguma coisa, também eu; porque, o que eu também perdoei, se é que tenho perdoado, por amor de vós o fiz na presença de Cristo; para que não sejamos vencidos por Satanás; Porque não ignoramos os seus ardis. 2 Coríntios 2:5-11.
A vida cristã deve ser uma vida equilibrada nos princípios estabelecidos na Palavra de Deus. Não devemos nos radicalizar em nenhum extremo. Paulo escrevendo a Timóteo, diz: Porque Deus não nos deu o espírito de temor, mas de fortaleza, e de amor, e de moderação. 2 Timóteo 1:7.
Se Deus fosse extremista nós estaríamos perdidos. Devemos imitá-lo. Devemos encher o nosso coração de amor, de misericórdia e de perdão. É isso que nos levará para o céu. O extremismo somente poderá nos levar ao inferno sem Deus.
Ao concluir, queremos destacar que estamos vivendo a dispensação da graça e não a dispensação do juízo. Deus, em sua santa sabedoria, tem sido paciente. Sejamos também. Antes de fazermos qualquer julgamento, seja dos irmãos, seja das demais pessoas, busquemos a sábia orientação do alto. Seus fundamentos e alicerces podem ser encontrados na Bíblia Sagrada, a Palavra de Deus. E, segundo São Tiago “a sabedoria que do alto vem é, primeiramente pura, depois pacífica, moderada, tratável, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade, e sem hipocrisia”. Tiago 3:17.
Esse é o ensino. Que essa teoria venha fundamentar a nossa prática de todos os dias, até que nos encontremos com o Senhor da Perfeição. Amém!


domingo, 3 de junho de 2018

O poder da palavra


O poder da palavra

Izaias Resplandes de Sousa

A palavra é um elemento de poder. Tanto pode construir, como destruir. Através de sua Palavra, Deus criou o mundo e praticamente tudo o que nele existe. Há registros bíblicos sobre esse poder e sobre as possibilidades de controlá-lo em nosso benefício e até mesmo de como utilizá-lo contra outras pessoas. É importante que conheçamos e dominemos essas técnicas de controle para que esse poder seja utilizado positivamente em prol do nosso desenvolvimento e progresso na longa jornada pela vida.
Dentre as diversas narrativas sobre as atuações do profeta Eliseu, a história da sunamita é um grande exemplo de alguém que acreditou profundamente no poder da palavra proferida. 
Vejamos...
Sucedeu também um dia que, indo Eliseu a Suném, havia ali uma mulher importante, a qual o reteve para comer pão; e sucedeu que todas as vezes que passava por ali entrava para comer pão. E ela disse a seu marido: Eis que tenho observado que este que sempre passa por nós é um santo homem de Deus. Façamos-lhe, pois, um pequeno quarto junto ao muro, e ali lhe ponhamos uma cama, uma mesa, uma cadeira e um candeeiro; e há de ser que, vindo ele a nós, para ali se recolherá. E sucedeu que um dia ele chegou ali, e recolheu-se àquele quarto, e se deitou. Então disse ao seu servo Geazi: Chama esta sunamita. E chamando-a ele, ela se pôs diante dele. Porque ele tinha falado a Geazi: Dize-lhe: Eis que tu nos tens tratado com todo o desvelo; que se há de fazer por ti? Haverá alguma coisa de que se fale por ti ao rei, ou ao capitão do exército? E disse ela: Eu habito no meio do meu povo. Então disse ele: Que se há de fazer por ela? E Geazi disse: Ora ela não tem filho, e seu marido é velho. Por isso disse ele: Chama-a. E, chamando-a ele, ela se pôs à porta. E ele disse: A este tempo determinado, segundo o tempo da vida, abraçarás um filho. E disse ela: Não, meu senhor, homem de Deus, não mintas à tua serva. E concebeu a mulher, e deu à luz um filho, no tempo determinado, no ano seguinte, segundo Eliseu lhe dissera. E, crescendo o filho, sucedeu que um dia saiu para ter com seu pai, que estava com os segadores, E disse a seu pai: Ai, a minha cabeça! Ai, a minha cabeça! Então disse a um moço: Leva-o à sua mãe. E ele o tomou, e o levou à sua mãe; e esteve sobre os seus joelhos até ao meio-dia, e morreu. E subiu ela, e o deitou sobre a cama do homem de Deus; e fechou a porta, e saiu. E chamou a seu marido, e disse: Manda-me já um dos moços, e uma das jumentas, para que eu corra ao homem de Deus, e volte. E disse ele: Por que vais a ele hoje? Não é lua nova nem sábado. E ela disse: Tudo vai bem. Então albardou a jumenta, e disse ao seu servo: Guia e anda, e não te detenhas no caminhar, senão quando eu to disser. Partiu ela, pois, e foi ao homem de Deus, ao monte Carmelo; e sucedeu que, vendo-a o homem de Deus de longe, disse a Geazi, seu servo: Eis aí a sunamita. Agora, pois, corre-lhe ao encontro e dize-lhe: Vai bem contigo? Vai bem com teu marido? Vai bem com teu filho? E ela disse: Vai bem. Chegando ela, pois, ao homem de Deus, ao monte, pegou nos seus pés; mas chegou Geazi para retirá-la; disse porém o homem de Deus: Deixa-a, porque a sua alma está triste de amargura, e o Senhor me encobriu, e não me manifestou. E disse ela: Pedi eu a meu senhor algum filho? Não disse eu: Não me enganes? E ele disse a Geazi: Cinge os teus lombos, toma o meu bordão na tua mão, e vai; se encontrares alguém não o saúdes, e se alguém te saudar, não lhe respondas; e põe o meu bordão sobre o rosto do menino. Porém disse a mãe do menino: Vive o Senhor, e vive a tua alma, que não te hei de deixar. Então ele se levantou, e a seguiu. E Geazi passou adiante deles, e pôs o bordão sobre o rosto do menino; porém não havia nele voz nem sentido; e voltou a encontrar-se com ele, e lhe trouxe aviso, dizendo: O menino não despertou. E, chegando Eliseu àquela casa, eis que o menino jazia morto sobre a sua cama. Então entrou ele, e fechou a porta sobre eles ambos, e orou ao Senhor. E subiu à cama e deitou-se sobre o menino, e, pondo a sua boca sobre a boca dele, e os seus olhos sobre os olhos dele, e as suas mãos sobre as mãos dele, se estendeu sobre ele; e a carne do menino aqueceu. Depois desceu, e andou naquela casa de uma parte para a outra, e tornou a subir, e se estendeu sobre ele, então o menino espirrou sete vezes, e abriu os olhos. Então chamou a Geazi, e disse: Chama esta sunamita. E chamou-a, e veio a ele. E disse ele: Toma o teu filho. E entrou ela, e se prostrou a seus pés, e se inclinou à terra; e tomou o seu filho e saiu. 2 Reis 4:8-37.
A sunamita era uma mulher generosa e de bom coração. Observadora, viu que Eliseu era um homem de Deus. Importou-se em fazer-lhe o bem, construindo para ele um pequeno quarto. E, por conta de suas boas obras, agradecido, o profeta entendeu que deveria fazer alguma coisa por ela. Mas ela não manifestou interesse por nada. E então, em conversa com seu servo Geazi, Eliseu descobriu que a sunamita não possuía filhos e profetizou que ela abraçaria um filho após o transcurso de um tempo determinado. E em resposta à promessa, aquela mulher creu na palavra do profeta, fazendo apenas uma observação: “não mintas à tua serva”. E assim, tudo aconteceu conforme dito por Eliseu. E o menino nasceu e foi crescendo, até que um dia, sentindo fortes dores de cabeça, veio a falecer no colo de sua mãe. E então a mulher manda que o menino seja colocado no quarto do profeta e parte ao encontro do mesmo com bastante tranquilidade e equilíbrio. Ela acreditava que as palavras que ela dissera a Eliseu e as que ele dissera para ela eram muito fortes e que aquela linda história não poderia se acabar daquele jeito.
A mulher sunamita que entrou na história de vida do profeta Eliseu, não discute a inexequibilidade da morte do filho profético que tivera. Ela discute as palavras ditas entre Eliseu e ela e vice-versa. Ela era uma mulher satisfeita com sua vida antes de ter o filho prometido. O profeta queria que ela fosse ainda mais feliz. E essa seria, de certa forma, a missão daquele menino. Mas sua existência fora muito curta. Mal chegara em sua vida e ela já o perdera para a morte. E isso, ao contrário de deixá-la mais feliz, apenas trazia a tristeza para a sua vida que, até aquele menino chegar, não era triste. E assim, se o menino que era para fazê-la feliz, contrario senso, a fazia entristecer-se, ela entendia que, com isso, havia sido enganada pelo profeta, caso o menino continuasse morto. Mas ela acreditava que, de alguma forma, o profeta faria seu filho reviver. E por isso, em dois momentos dessa história ela demonstra piamente a sua fé na palavra dita. Primeiro, quando seu marido a questiona sobre sua viagem ao encontro do profeta e ela lhe diz que “tudo vai bem”. E segundo, quando Geazi, indo ao seu encontro por ordem de Eliseu, pergunta-lhe: Vai bem contigo? Vai bem com teu marido? Vai bem com teu filho? E ela disse: Vai bem.
O menino estava morto, mas ela acredita que tudo iria acabar bem e, por isso diz: tudo vai bem.
Eu gostaria de acreditar na vida eterna, da mesma forma que a mulher sunamita da história do profeta Eliseu acreditava. Às vezes eu penso que nossa fé é muito frágil, principalmente quando nos desesperamos diante da morte e de algumas situações mais difíceis, como nas enfermidades, por exemplo. Jesus disse certa vez: Tende fé em Deus; porque em verdade vos digo que qualquer que disser a este monte: ergue-te e lança-te no mar, e não duvidar em seu coração, mas crer que se fará aquilo que diz, tudo o que disser lhe será feito. Por isso vos digo que todas as coisas que pedirdes, orando, crede receber, e tê-las-eis. Marcos 11:22-24.
É de enfatizar tais palavras. Se acreditarmos naquilo que dissermos, então se fará conforme a nossa palavra. Esse é o poder e a importância de refletirmos sobre o que vamos falar, porque as nossas palavras poderão se tornar realidades.
É importante que mantenhamos o controle de nossa mente e de nossa língua, para que não falemos o que não seja desejado por nós, o que não seja conveniente, o que não seja justo, o que não seja bom. Que nossa língua seja um canal de bênçãos para nós e para aqueles que nos cercam, Vejamos o que diz Tiago a respeito desse assunto...
Todos tropeçamos em muitas coisas. Se alguém não tropeça em palavra, o tal é perfeito, e poderoso para também refrear todo o corpo. Ora, nós pomos freio nas bocas dos cavalos, para que nos obedeçam; e conseguimos dirigir todo o seu corpo. Vede também as naus que, sendo tão grandes, e levadas de impetuosos ventos, se viram com um bem pequeno leme para onde quer a vontade daquele que as governa. Assim também a língua é um pequeno membro, e gloria-se de grandes coisas. Vede quão grande bosque um pequeno fogo incendeia. A língua também é um fogo; como mundo de iniquidade, a língua está posta entre os nossos membros, e contamina todo o corpo, e inflama o curso da natureza, e é inflamada pelo inferno. Porque toda a natureza, tanto de bestas feras como de aves, tanto de répteis como de animais do mar, se amansa e foi domada pela natureza humana; Mas nenhum homem pode domar a língua. É um mal que não se pode refrear; está cheia de peçonha mortal. Com ela bendizemos a Deus e Pai, e com ela amaldiçoamos os homens, feitos à semelhança de Deus. De uma mesma boca procede bênção e maldição. Meus irmãos, não convém que isto se faça assim. Tiago 3:2-10.
É costume ouvir as pessoas responderem à pergunta se “tudo vai bem?” dizendo que sim, que tudo vai bem, mas acrescentando: devemos dizer que está tudo bem para ver se melhora. Ora, meus queridos, não é isso! Não temos que mentir dizendo que está bem, quando sentimos que não está. A verdade deve ser dita sempre. O que precisamos é de fé na palavra que dissermos.
A sunamita cria que as palavras do profeta Eliseu eram palavras de vida, de alegria e de felicidade e é isso que ela cobra do profeta. Também devemos acreditar no poder das palavras que dissermos. Devo dizer que tudo vai bem, porque eu acredito que realmente tudo está encaminhado para acabar bem, mesmo que por um breve momento não pareça assim. Não devo duvidar. Devo crer, crer e crer. E a palavra se cumprirá. Jesus disse a um pai de família que tinha um filho endemoniado e que lhe pedia para libertá-lo: Se tu podes crer, tudo é possível ao que crê. E logo o pai do menino, clamando, com lágrimas, disse: Eu creio, Senhor! Ajuda a minha incredulidade. Marcos 9:23-24.
É desse tipo de atitude que nós precisamos todos os dias. Oremos ao Senhor pedindo para nos ajudar em nossa incredulidade, para que possamos crer nas possibilidades reais de cada palavra pronunciada por nós. E assim, quando começarmos o dia, desejemos um bom dia às pessoas com  toda a nossa fé de que realmente será um bom dia. Abençoemos o nosso dia e o dia dos outros. Bom dia, meu amigo. Bom dia, irmão!
Comecemos o dia com alegria, com um sorriso e com muita fé no coração. Acreditemos que teremos um grande dia. Pensemos positivamente. Podemos estar sentindo mal, sentindo dores, sentindo cansaço, sentindo tristezas, nos sentindo ruins, mas, mesmo assim, devemos acreditar que isso poderá ser invertido. Então, ao invés de ficarmos lamentando, vamos nos esforçar para que essa inversão de prognósticos aconteça e tudo termine bem em nosso favor. Se for esse o nosso pensamento quando dissermos que tudo está bem, então não é mentira, mas uma possibilidade na qual devemos nos apegar. Digamos palavras fortes do tipo: eu vou conseguir, nós vamos conseguir. Eu vou ficar curado. Eu vou ter sucesso. Meus negócios vão prosperar. Eu vou ser curado das minhas enfermidades. Hoje será o meu dia de vitória. Quanto mais eu me pronunciar afirmativamente bem, mais possibilidades eu tenho de crer que tudo acontecerá como estou dizendo.
A primeira pessoa a ser convencida da minha fé sou eu. Se nem eu mesmo acreditar em mim, então não sirvo para transmitir o bem a outras pessoas. Senhor! Ajuda a minha incredulidade. Marcos 9:23-24.
Eu sei que estou conclamando os meus queridos para uma tarefa muito grande, que é a de controlarmos as nossas línguas... Eu sei que eu ainda não consigo controlar a minha, mas eu quero controlar. E eu devo me esforçar nesse sentido e vou me esforçar. Eu vou conseguir. E vocês, irmãos? Façam suas escolhas, tomem suas decisões. Três coisas são necessárias que uma missão seja executada com sucesso: a primeira, eu preciso ter consciência do que eu quero; a segunda, eu preciso partir para a ação, me esforçando para tornar aquilo que eu quero, uma realidade; e, a terceira: eu devo persistir, devo ter disciplina e não esmorecer nunca.
A vitória pode ser tardia, mas ela virá, se eu acreditar e lutar com fervor e firmeza para que ela venha. Essa é a mensagem. E a oração é: Senhor! Ajuda a minha incredulidade. Marcos 9:23-24.
Amém!

domingo, 27 de maio de 2018

O atendimento ao idoso


O atendimento ao idoso
 
Izaias Resplandes de Sousa
A vida de um ser humano passa pelas fases de criança, adolescente, jovem, adulto e idoso. No Brasil, a criancice vai até os doze anos; a adolescência até os dezoito; o jovem é a pessoa com até vinte e nove anos; o adulto vai até os sessenta e o idoso é a pessoa com idade igual ou superior a 60 anos.
Maria Resplandes de Sousa (78)

O Estatuto do Idoso confere algumas vantagens para o idoso. São vários pontos. Quero destacar o que trata do atendimento ao idoso. A gente vê muitas pessoas que chegam a essa condição sendo colocadas por seus filhos em asilos ou casas semelhantes, às vezes são isolados na própria casa onde sempre viveu, ficando em situação de abandono por parte da família. É de ver ainda que alguns filhos ou cuidadores, costumam se apropriar dos benefícios de aposentadoria desses idosos para cuidar deles, mas não utilizam esses recursos para essa finalidade. E, por conta disso, referidos idosos são privados no atendimento de suas necessidades básicas.
O Estatuto do Idoso é a Lei n. 10.741, de 01 de outubro de 2003. Segundo ele, o idoso tem prioridade em ser atendido “por sua própria família, em detrimento do atendimento asilar, exceto dos que não a possuam ou careçam de condições de manutenção da própria sobrevivência”.
A lei estabelece que a prioridade é cuidar do idoso em casa. Essa é uma responsabilidade de sua própria família. Só é permitido levar para o asilo quando não há a família, ou quando essa não tem recursos suficientes para cuidar dela e de seu idoso.
A Bíblia também tem algumas referências que sustentam essa prioridade da lei brasileira.
Vejamos...
Dionizia Resplande de Carvalho (76)
Não repreendas asperamente o ancião, mas admoesta-o como a pai; aos moços como a irmãos; Às mulheres idosas, como a mães, às moças, como a irmãs, em toda a pureza. Honra as viúvas que verdadeiramente são viúvas. Mas, se alguma viúva tiver filhos, ou netos, aprendam primeiro a exercer piedade para com a sua própria família, e a recompensar seus pais; porque isto é bom e agradável diante de Deus (4). Ora, a que é verdadeiramente viúva e desamparada espera em Deus, e persevera de noite e de dia em rogos e orações; Mas a que vive em deleites, vivendo está morta. Manda, pois, estas coisas, para que elas sejam irrepreensíveis. Mas, se alguém não tem cuidado dos seus, e principalmente dos da sua família, negou a fé, e é pior do que o infiel (8). Nunca seja inscrita viúva com menos de sessenta anos, e só a que tenha sido mulher de um só marido (9); Tendo testemunho de boas obras: Se criou os filhos, se exercitou hospitalidade, se lavou os pés aos santos, se socorreu os aflitos, se praticou toda a boa obra. Mas não admitas as viúvas mais novas, porque, quando se tornam levianas contra Cristo, querem casar-se; Tendo já a sua condenação por haverem aniquilado a primeira fé. E, além disto, aprendem também a andar ociosas de casa em casa; e não só ociosas, mas também paroleiras e curiosas, falando o que não convém. Quero, pois, que as que são moças se casem, gerem filhos, governem a casa, e não dêem ocasião ao adversário de maldizer; Porque já algumas se desviaram, indo após Satanás. Se algum crente ou alguma crente tem viúvas, socorra-as, e não se sobrecarregue a igreja, para que se possam sustentar as que deveras são viúvas. 1 Timóteo 5:1-16

Pastor Sebastião dos Santos
O texto fala dos idosos e dentre eles, faz alguns destaques para as viúvas idosas. A idade de 60 anos é posta como um marco (9). O cuidado com os seus, seus pais, suas viúvas e sua família é outro marco (4, 8).
Há muitas pessoas que se aposentam cedo, por conta de contribuição. É possível uma professora particular se aposentar com 46 anos de idade, por exemplo. E, por conta dessa aposentadoria, entendem que já possuem os privilégios do idoso. Querem cortar filas, entrando na frente dos outros; querem isenção de IPTU (tem muitos municípios que concedem esse benefício, se verificadas determinadas condições); querem viajar de graça nos ônibus, querem ocupar os assentos preferenciais e etc. Não é assim, nem a Lei e nem os princípios bíblicos.
A lei se refere a idosos e não a aposentados. idosos são pessoas com idade igual ou superior a 60 anos.
A lei diz que o exercício da prioridade no atendimento ao idoso cabe à família e não ao Estado e à sociedade em geral.
Por outro lado, a Bíblia fala naquelas mulheres que são verdadeiramente viúvas. E por paralelismo, que é um critério de interpretação legal, podemos entender que há também aqueles que são verdadeiramente idosos. Como assim?
Ora, diz a Bíblia que é verdadeiramente viúva, a mulher que não tem condições de cuidar de si mesma; e que não tem família que possa cuidar dela; que não tem filhos e netos (4). Não é porque a pessoa já tem 60 anos que tem de ser sustentada pelo Estado ou pela Igreja. É de se observar com rigor o princípio da necessidade.
Missionário Isaias da Silva Almeida
Vejamos… Eu agora sou idoso. Então devo me constituir um peso social? Não! Primeiro, pela Lei, eu posso trabalhar até os setenta anos, se tiver condições. Se posso trabalhar para os outros, posso cuidar de mim também; não preciso dos privilégios. Segundo, se não posso cuidar de mim, mas tenho família, filhos e netos que têm condições de fazê-lo, não tenho o direito de sobrecarregar o Estado e a Sociedade.
Eu vejo irmãos fortes e saudáveis cortando filas, reclamando para si os direitos de idoso, impondo-se sobre os demais só porque já têm 60 anos. Deixam irmãos que, apesar de mais jovens, às vezes são doentes, ou fracos e com menores condições físicas esperando chegar a sua vez, passando à frente deles só porque são idosos, o que é um absurdo!
Nós temos um princípio bíblico muito interessante. É o princípio da situação oposta. Quem quer ser o primeiro, aprenda a ser o último; quem quer ser servido, aprenda a servir. Vamos vê-lo…
Pastor Antônio Júlio Pinto e Missionário Isaias da Silva Almeida
O maior dentre vós será vosso servo. E o que a si mesmo se exaltar será humilhado; e o que a si mesmo se humilhar será exaltado. Mateus 23:11,12.
E eis que derradeiros há que serão os primeiros; e primeiros há que serão os derradeiros. Lucas 13:30.
E disse aos convidados uma parábola, reparando como escolhiam os primeiros assentos, dizendo-lhes: Quando por alguém fores convidado às bodas, não te assentes no primeiro lugar; não aconteça que esteja convidado outro mais digno do que tu; E, vindo o que te convidou a ti e a ele, te diga: Dá o lugar a este; e então, com vergonha, tenhas de tomar o derradeiro lugar. Mas, quando fores convidado, vai, e assenta-te no derradeiro lugar, para que, quando vier o que te convidou, te diga: Amigo, sobe mais para cima. Então terás honra diante dos que estiverem contigo à mesa. Porquanto qualquer que a si mesmo se exaltar será humilhado, e aquele que a si mesmo se humilhar será exaltado. Lucas 14:7-11.
É de ver que a Bíblia também critica as pessoas que buscam os primeiros lugares…
Missionário Ademar Soares de Lima
Queridos irmãos. Devemos aprender que estamos no mundo para servir aos demais e não para sermos servidos. Jesus deixou isso tão claro, tomando Ele como exemplo para nós. Assim diz a Palavra:
Qualquer que entre vós quiser ser grande, será vosso serviçal; E qualquer que dentre vós quiser ser o primeiro, será servo de todos. Porque o Filho do homem também não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate de muitos. Marcos 10:43-45.
Pastor Ivon Pereira da Silva
Ora, se eu, Senhor e Mestre, vos lavei os pés, vós deveis também lavar os pés uns aos outros. Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também. Na verdade, na verdade vos digo que não é o servo maior do que o seu senhor, nem o enviado maior do que aquele que o enviou. Se sabeis estas coisas, bem-aventurados sois se as fizerdes. João 13:14-17.
Devemos resistir e vencer esse desejo de ser o primeiro a ser servido, de ter algum direito a mais em relação aos demais e, pelo contrário, devemos tentar a todo custo desenvolver o dom de servir, de ficar satisfeito com os últimos lugares, de saber esperar pelos demais.
Pr Sebastião dos Santos, Prof. Izaias Resplandes e Pr Nanao Yamamoto
É claro que não devemos recusar ser honrados, quando as pessoas quiserem honrar-nos. Por exemplo, se o responsável pela organização de um evento determina que se sirvam primeiro aos idosos, mesmo que eles estejam fortes e possam esperar, vamos respeitar a vontade. O evento é dele e, nesse caso, ele dita as regras. O que questionamos não é o ato de ser honrado ou de receber honrarias, mas o de exigir tais privilégios. Se eu, apesar de ser idoso, sou forte e posso esperar, não é certo que eu exija o privilégio só porque a lei diz que o idoso deve ter preferência. Acima da lei dos homens, está a lei de Deus. E a lei de Deus não nos manda buscar privilégios para nós. Ela nos orienta a buscar vantagens para os outros, a trabalhar em favor dos demais e não apenas em benefício próprio. Em relação a nós mesmos, assim diz a Palavra:
Pastores Sebastião dos Santos e Délcio Vesenick
Porque nada trouxemos para este mundo, e manifesto é que nada podemos levar dele. Tendo, porém, sustento, e com que nos cobrirmos, estejamos com isso contentes. Mas os que querem ser ricos caem em tentação, e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, que submergem os homens na perdição e ruína. 1 Timóteo 6:7-9.
Quem muito quer, pode acabar ficando sem nada. Quem quer muita honra, pode acabar sendo humilhado. Podemos e devemos buscar privilégios para outras pessoas que a gente vê que precisam deles, independente da idade. E se realmente são idosos e precisam, sim, devemos virar um leão na defesa do direito dessas pessoas. Mas nós, pessoalmente, se não necessitamos, contentamos em esperar a nossa vez, mesmo que sejamos idosos. Pode ser que alguém pense o contrário, mas é possível que estes que estão atropelando os verdadeiros necessitados para buscar privilégios para si, sem necessitar de verdade, venham ser deixados de fora no reino, porque não possuem o espírito de Cristo, que é de servir, de dar a vida, de se privar de seus direitos e de sempre atuar em favor de seus amigos. É assim a Palavra de Deus.
Diácono Nelson da Silva Queiroz, Pr. Ivon Pereira e Honório Luiz da Silva Neto
Vós, porém, não estais na carne, mas no Espírito, se é que o Espírito de Deus habita em vós. Mas, se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele. Romanos 8:9.
É de ver que não é porque eu prego a Palavra que eu já tenha uma vaga certa no Céu. Eu não tenho apenas que pregar a Palavra de Deus; eu tenho que vivê-la de verdade. Quantos vivem apenas da aparência cristã, mas não são verdadeiros cristãos! E por isso ficarão de fora do reino dos céus. Assim Jesus disse sobre isso:
Portanto, pelos seus frutos os conhecereis. Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu nome não expulsamos demônios? e em teu nome não fizemos muitas maravilhas? E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniqüidade. Mateus 7:20-23.
Que não sejamos apenas teóricos, mas que sejamos, dia a dia, praticantes da Palavra de Deus. E quanto a ser salvo, isso não depende de nós. A salvação é um dom de Deus. Devemos viver para agradar a Deus, fazendo o que Ele determina em sua Palavra. Na verdade, quanto mais pensarmos e fazermos pelos outros, mas estaremos agindo no Espírito de Cristo, o que é agradável a Deus. Esse é o ensino. Que Deus nos abençoe e nos ajude a torná-lo uma realidade em nossas vidas. Amém!