A
hora do juízo
Izaias
Resplandes de Sousa
Saudações
aos queridos amigos que nos acompanham a partir de agora, durante
essa nossa transmissão extraordinária na qual falaremos um pouco
sobre o juízo de Deus, o qual, ao longo dos anos tem sido
parcialmente executado por Ele e que será encerrado pelo chamado
juízo final.
Antes
de tudo eu quero dizer que o próprio Deus declara em sua palavra que
o seu prazer está na vida e não na morte. Assim diz Ez 18:23,
31-32: Desejaria
eu, de qualquer maneira, a morte do ímpio? diz o Senhor DEUS; Não
desejo antes que se converta dos seus caminhos, e viva? (18:23)
Lançai
de vós todas as vossas transgressões com que transgredistes, e
fazei-vos um coração novo e um espírito novo; pois, por que razão
morreríeis, ó casa de Israel? Porque não tenho prazer na morte do
que morre, diz o Senhor DEUS; convertei-vos, pois, e vivei
(18:31,32).
É
de ver, no entanto, que apesar de não gostar de ver os homens
sofrerem, Deus deu-lhes o livre arbítrio de decidirem o seu destino
e de fazerem suas escolhas, ainda que jamais tenha deixado de
orientá-los sobre a maneira mais adequada de viver. E é justamente
por conta disso que tem vindo o sofrimento e o juízo corretivo de
Deus.
O
Senhor sempre executou os seus juízos. Desde Adão até os nossos
dias, nós sofremos as consequências desses julgamentos. Mas parece
que nunca aprendemos as lições.
A
Ciência do Direito nos ensina que a função social da pena é a
correção e não a vingança. O homem corrige os seus filhos e os
seus semelhantes toda vez que eles passam dos limites. Isso é fazer
juízo. E Deus também faz o mesmo, toda vez que a humanidade se
desvia para os caminhos da perdição. Ele não faz um juízo
vingativo, mas um juízo educativo.
Assim
diz a Palavra: Porque
o Senhor corrige o que ama, e açoita a qualquer que recebe por
filho. Se suportais a correção, Deus vos trata como filhos; porque,
que filho há a quem o pai não corrija? Mas, se estais sem
disciplina, da qual todos são feitos participantes, sois então
bastardos, e não filhos. Além do que, tivemos nossos pais segundo a
carne, para nos corrigirem, e nós os reverenciamos; não nos
sujeitaremos muito mais ao Pai dos espíritos, para vivermos? Porque
aqueles, na verdade, por um pouco de tempo, nos corrigiam como bem
lhes parecia; mas este, para nosso proveito, para sermos
participantes da sua santidade. E, na verdade, toda a correção, ao
presente, não parece ser de gozo, senão de tristeza, mas depois
produz um fruto pacífico de justiça nos exercitados por ela.
Hebreus
12:6-11.
Os
juízos que Deus têm feito tiveram o objetivo de reorientar a
humanidade para que não se perdesse totalmente. Assim foi nos dias
de Adão, assim foi nos dias de Noé, assim foi nos dias de Sodoma e
Gomorra e assim tem sido em diversas outras ocasiões. Todo juízo
traz uma condenação para os erros praticados, mas sempre objetiva
muito mais a salvação do que a condenação.
Deus
não quer condenar. Ele quer salvar. Ainda lá no Éden, quando do
julgamento de Adão, Deus prometeu um Salvador que haveria de esmagar
a cabeça da serpente (a nossa tendência para fazer as escolhas
erradas). E é de notório conhecimento que, na plenitude dos tempos,
Deus enviou Jesus ao mundo para cumprir aquela missão prometida a
Adão e repetida aos seus descendentes ao longo de sua trajetória
histórica de vida. É de destacar, no entanto que Jesus por várias
vezes declarou que viera salvar os perdidos e não condenar a ninguém
por conta de seus erros. É assim a Palavra: Porque
Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para
que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.
Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que condenasse o
mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele. João
3:16,17.
Temos
ouvido muitas pessoas falando que Deus está executando seu juízo
neste momento em que vivemos a pandemia do coronavírus. Pode até
ser que seja assim, mas a verdade é que ainda podemos estar sofrendo
as consequências de outros julgamentos passados. Toda escolha que
fizemos ao longo de nossa vida enquanto ser humano, gerou
consequências. Não apenas algumas, mas todas. É lei de Deus e
também é lei dos homens.
A
Palavra diz: Não
erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem
semear, isso também ceifará. Gálatas
6:7.
Por
outro lado, a Física, através da terceira
lei de Newton,
afirma
que a “toda ação corresponde uma reação de igual intensidade,
mas que atua no sentido oposto”.
Esse
é um critério que está inserido no DNA de nossa criação. Nós já
nascemos sabendo disso e colocamos isso em prática durante toda a
nossa existência. Transformamos isso em leis, estabelecendo quais
seriam as consequências para cada uma de nossas ações. Portanto,
não devemos estranhar os reptos da natureza, porque essas regras
também valem para ela.
É
certo que haverá um juízo final para todos após a morte. E neste
juízo, cada alma sofrerá as últimas consequências pelos atos que
praticou em sua existência material. Uns receberão recompensa
(galardão) e outros castigo.
É
assim a Palavra: E, como aos homens está ordenado morrerem uma vez,
vindo depois disso o juízo, assim também Cristo, oferecendo-se uma
vez para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem
pecado, aos que o esperam para salvação. Hebreus 9:27,28.
Essa
é uma mensagem revelada há mais de dois mil anos e que vem sendo
repetidamente pregada. Sim, queridos! Haverá um juízo que
determinará o destino de cada um. E é evidente que ninguém teme o
juízo compensatório, mas, certamente, nenhum de nós, de bom senso,
desejaria enfrentar um tribunal acusatório.
A
missão de Jesus na Terra foi exatamente essa: salvar a humanidade do
castigo final, do juízo final. Assim diz Ele: Eu sou a porta; se
alguém entrar por mim, salvar-se-á, e entrará, e sairá, e achará
pastagens. O ladrão não vem senão a roubar, a matar, e a destruir;
eu vim para que tenham vida, e a tenham com abundância. Eu sou o bom
Pastor; o bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas. João 10:9-11.
Jesus
veio pregando a vida, a salvação, a liberdade. Ele veio cumprir a
promessa das Escrituras, oferecendo a vida dele em resgate da nossa.
E essa Palavra é a chave que abre a porta da nossa salvação. Jesus
disse que “assim como o Pai ressuscita os mortos, e os vivifica,
assim também o Filho vivifica aqueles que quer. E também o Pai a
ninguém julga, mas deu ao Filho todo o juízo; Para que todos honrem
o Filho, como honram o Pai. Quem não honra o Filho, não honra o Pai
que o enviou. Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve a minha
palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna, e não
entrará em condenação, mas passou da morte para a vida”. João
5:21-24.
E
essa é a mensagem. Que possamos ouvir a Palavra de Deus, que
possamos lê-la; que possamos compreendê-la e praticá-la, porque
ela é o nosso escrito de vida que nos livrará do juízo final
condenatório, substituindo-o por um juízo compensatório. Se você
ainda não for, torne-se discípulo de Jesus; se estiver andando
torto e desanimado, conserte o seu passo e anime-se, porque “estar
com Cristo é muito melhor” do que estar do outro lado. Que Deus
nos abençoe!
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