Alegria
Izaias Resplandes de Sousa
Grandes coisas fez o Senhor por
nós, pelas quais estamos alegres. Salmos 126:3.
A alegria é um dos estados proporcionados pelo
Espírito Santo em sua íntima comunicação com o nosso espírito. Normalmente,
falamos desse sentimento de alegria, com alegria, como se o simples fato de
falarmos da alegria já nos proporcionasse vivenciar esse estado. Esse é um dos
frutos do Espírito.
É assim a Palavra: O fruto do Espírito é amor, alegria, paz, paciência,
amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio. Contra essas
coisas não há lei. Gálatas 5:22,23.
Nós temos muitos motivos para expressar
a nossa alegria. Vejamos:
Falamos de alegria nos velórios dos
irmãos. Dizemos que estamos alegres por termos a convicção de que os
falecidos viveram uma vida cristã exemplar e, de acordo com as promessas
bíblicas haverão de passar a eternidade no reino de Deus, onde, pela graça e
misericórdia do Senhor, nós um dia haveremos de encontrá-los.
Assim escreveu Paulo: Não quero, porém, irmãos, que sejais ignorantes acerca
dos que já dormem, para que não vos entristeçais, como os demais, que não têm
esperança. Porque, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também aos
que em Jesus dormem, Deus os tornará a trazer com ele. 1 Tessalonicenses
4:13,14.
Até o momento em que Jesus veio ao
mundo, nós éramos pessoas sem esperança. Não tínhamos a convicção da vida
eterna em nossos corações. Nossa alegria era limitada aos momentos de
satisfação dessa vida. Morrendo, acabar-se-iam os fundamentos de nossas
alegrias. Assim diz a Palavra:
"Certamente você
sabe que sempre foi assim, desde a antiguidade; desde que o homem foi posto na
terra, o riso dos maus é passageiro, e a alegria dos ímpios dura apenas um
instante. Mesmo que o seu orgulho chegue aos céus e a sua cabeça toque as
nuvens, ele perecerá para sempre, como o seu próprio excremento; os que o
tinham visto perguntarão: ‘Onde ele foi parar? Ele voa e vai-se como um sonho,
para nunca mais ser encontrado, banido como uma visão noturna. Jó 20:4-8.
Vi um homem ímpio e
cruel florescendo como frondosa árvore nativa, mas logo desapareceu e não mais
existia; embora eu o procurasse, não pôde ser encontrado. Considere o íntegro,
observe o justo; há futuro para o homem de paz. Mas todos os rebeldes serão
destruídos; futuro para os ímpios, nunca haverá. Salmos 37:35-38.
A vinda de Jesus abriu as portas para
que possamos ter uma alegria plena, que dure por toda a eternidade.
Assim escreveu Paulo: Ele vos deu a vida quando estáveis mortos pelos vossos
delitos e pecados, nos quais noutro tempo andastes conforme o curso deste
mundo, segundo o chefe das potestades do ar, do espírito que agora opera nos
filhos da desobediência; entre os quais todos nós também outrora andávamos nas
cobiças da nossa carne, fazendo as vontades da carne e dos pensamentos, e
éramos por natureza filhos da ira, como também os demais. Mas Deus, sendo rico
em misericórdia pela sua grande caridade com que nos amou, mesmo quando
estávamos mortos pelos nossos delitos, nos deu vida juntamente com Cristo (pela
graça sois salvos), e nos ressuscitou juntamente com ele e com ele nos fez sentar
nas regiões celestes em Cristo Jesus, para mostrar nos séculos futuros a
suprema riqueza da sua graça em bondade para conosco em Cristo Jesus. Pois pela
graça é que sois salvos mediante a fé; e isto não vem de vós, é o dom de Deus;
não de obras, para que ninguém se glorie. Efésios 2:1-9.
Através da nossa fé em Jesus, nós temos
a convicção de que viveremos por toda a eternidade. Morreremos, como está
ordenado aos homens, mas um dia haveremos de ressuscitar para entrar na posse
plena da vida eterna.
Assim disse Jesus a Marta: Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim,
ainda que esteja morto, viverá; E todo aquele que vive, e crê em mim, nunca
morrerá. Crês tu isto? João 11:25,26.
A morte física de um cristão fiel não é
o fim, mas apenas uma transição entre o mundo dos homens e o mundo de Deus,
conforme disse Jesus: Na verdade, na verdade vos
digo que quem ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida
eterna, e não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida. João
5:24.
Assim, meus queridos, é normal que
cantemos, expressando o sentimento de conforto que sentimos por ocasião da
morte de um irmão em Cristo. Não cantamos e não sentimos alegria quando vamos
ao velório de uma pessoa não-cristã, porque sabemos que somente o cristão pode
entrar no reino de Deus.
Assim disse Pedro, cheio do Espírito Santo, quando interrogado sobre a cura de um
coxo de nascença: Principais do povo, e vós, anciãos de Israel, visto que hoje
somos interrogados acerca do benefício feito a um homem enfermo, e do modo como
foi curado, seja conhecido de vós todos, e de todo o povo de Israel, que em
nome de Jesus Cristo, o Nazareno, aquele a quem vós crucificastes e a quem Deus
ressuscitou dentre os mortos, em nome desse é que este está são diante de vós.
Ele é a pedra que foi rejeitada por vós, os edificadores, a qual foi posta por
cabeça de esquina. E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu
nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos. Atos
4:8-12.
O próprio Senhor Jesus disse a Tomé a
respeito do caminho: Disse-lhe Tomé: Senhor, nós
não sabemos para onde vais; e como podemos saber o caminho? Disse-lhe Jesus: Eu
sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim. João
14:5,6.
Desse modo, não podemos ser hipócritas,
cantando e expressando a nossa alegria e esperança de vida eterna no velório de
uma pessoa que teve a oportunidade de ser um cristão e de viver as mesmas
alegrias que nós vivemos desde que nos convertemos, mas que se recusou a
participar desse benefício, conforme orientado na Palavra de Deus, optando por
promover ao seu modo a sua própria salvação. Infelizmente, só poderemos sentir
tristeza e pesar nessas condições. Podemos chorar com a família e amigos desse
falecido por conta de sua tristeza.
Assim diz a Palavra: Por seus frutos os conhecereis. Porventura colhem-se
uvas dos espinheiros, ou figos dos abrolhos? Assim, toda a árvore boa produz
bons frutos, e toda a árvore má produz frutos maus. Não pode a árvore boa dar
maus frutos; nem a árvore má dar frutos bons. Toda a árvore que não dá bom
fruto corta-se e lança-se no fogo. Portanto, pelos seus frutos os conhecereis.
Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele
que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. Muitos me dirão naquele dia:
Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu nome não expulsamos
demônios? e em teu nome não fizemos muitas maravilhas? E então lhes direi
abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a
iniquidade. Mateus 7:16-23.
Ninguém tem o poder de salvar a si
mesmo. A salvação é um dom divino e depende do recebimento de Jesus como
Senhor. Somente os que pertencerem a Ele serão feitos filhos de Deus e serão
salvos. Não importa se a pessoa é boa, se é caridosa, se faz boas obras, se é
humilde… Não importa o estado da pessoa. É preciso que ela reconheça que não
pode salvar a si mesma e que só Jesus pode salvá-la. E sabendo disso, é preciso
que a pessoa receba a Jesus como o Senhor de sua vida, porque somente assim
poderá ser salva, já que a salvação é um presente de Deus Pai para aqueles que
receberem a Jesus como Senhor.
Assim diz o evangelista João: No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e
o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram
feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez. Nele estava a vida, e a
vida era a luz dos homens. E a luz resplandece nas trevas, e as trevas não a
compreenderam (João 1:1-5). Ali estava a
luz verdadeira, que ilumina a todo o homem que vem ao mundo. Estava no mundo, e
o mundo foi feito por ele, e o mundo não o conheceu. Veio para o que era seu, e
os seus não o receberam. Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de
serem feitos filhos de Deus, aos que creem no seu nome; Os quais não nasceram
do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus. E o
Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do
unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade. João 1:1-5, 9-14.
Assim, a morte de alguém somente será
considerada uma razão de alegria, se a pessoa falecida tiver recebido Jesus
como Senhor de sua vida enquanto esteve viva. De outra sorte, a morte sempre
será motivo de tristezas.
É de ver que, de nossa parte, sempre
teremos uma missão no momento da morte de alguém, seja a missão de nos alegrar
com a vitória do falecido sobre a morte, seja a de chorar com sua família pela
tristeza que o momento ocasiona. É assim a Palavra: Alegrai-vos com os que se
alegram; e chorai com os que choram Romanos 12:15.
Que Deus nos abençoe e nos dê a
sensibilidade para que possamos agir de modo digno daquele que nos confiou a
divulgação de sua Palavra através dos nossos exemplos de vida.
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