domingo, 27 de abril de 2008

AS TRÊS REALIDADES DA EXISTÊNCIA

Izaias Resplandes

Pode-se dizer que a realidade é divida em três ordens ou níveis de existência, sendo uma divina, outra maligna e uma outra terrena. As duas primeiras são espirituais; a última é material. Na primeira etapa da existência, desde o seu nascimento até sua morte, o homem vive na Terra. Na continuidade, ou vai para o céu, ou vai para o inferno, pelo que, as duas ordens extremas podem também ser consideradas como possíveis moradas do homem na eternidade. Nesse sentido, é de suma importância que cada um tenha pelo menos um conhecimento primário a respeito de cada um desses níveis de existência, para que possa conduzir sua vida de forma adequada rumo ao seu destino final.
A ordem divina, à qual pertence Deus, o Senhor dos Exércitos, o Rei dos Reis, o Criador dos Céus e da Terra está acima de tudo e de todos. Seu centro de Poder está nos céus. Jesus veio de lá quando se encarnou e para lá voltou depois de ter vivido entre nós durante um período aproximado de 33 anos. Também foi de lá que Ele disse aos seus discípulos que um dia voltaria para buscá-los, a fim de que estivessem para sempre ao seu lado. É para lá que o crente almeja ir, pois ali é a Pátria dos filhos adotivos de Deus, dentre os quais ele se encontra. É para lá que este crente volta os seus olhos, pois é lá que está Jesus, o Autor e Consumador de sua fé, o intercessor e advogado de sua alma. Cf. Sl 139:9; Pv 15:24; 30:4; Mt 5:34; 23:22; Lc 3:23; Jo 3:13; 12:28; At 2:2; 7:56; Fp 3:20; Hb 12:2; Jo 1:11, 14, 18; 14:1 e segs.; 1 Jo 2:1;
Já a ordem inferior é dominada pelas trevas, pela morte, pelo maligno, pelo inferno e por Satanás. Nessa ordem estão as hostes espirituais da maldade e da iniqüidade, dentre as quais, também os crentes já estiveram alistados e juntamente com as quais serviram ao príncipe da potestade do ar, o qual ainda hoje está atuando nos filhos da desobediência. É essa a ordem que vem governando o mundo, desde que o Diabo, sendo expulso do céu, foi lançado fora de lá, descendo para a Terra.
É de destacar que as atividades do maligno variam conforme o momento, sendo às vezes bastante agressivas e às vezes muito sutis. A sua fúria contra os homens se deve ao fato dele saber que pouco tempo lhe resta. Já a sua astúcia, visa obter aliados. Às vezes ele se passa por anjo de luz e os seus ministros por justiceiros, para poder enganar os escolhidos. É de observar que muitos crentes têm se deixado levar por suas artimanhas. Cf. Sl 23:4; Sl 139:9; Pv 5:5; 15:24; Is 5:14; 14:9, 15; Mt 4:8-9; 8:12; 22:13; 24:24; 25:30; Lc 16:23; Jo 1:5; 3:19; 8:12; 44; 2 Co 6:14; Ef 2:1-3; 6:12; 2 Pe 2:4; 1 Jo 1:5; 2:9; Ap 6:8; 12:9, 12; 20:10; 21:8.
E, por último, a ordem terrena é aquela na qual o homem vive e da qual deveria ser senhor, por vontade de Deus, o Soberano do Universo. É a dimensão conhecida como mundo. Embora muitos crentes ajam no sentido de conquistar cada vez mais espaço e mais poder nesta dimensão, ela está completamente perdida para o povo de Deus, haja vista que jaz sob o maligno. Espiritualmente falando, a Terra não é do Senhor Jesus. Ele disse que o seu reino não é deste mundo e que seus discípulos também não são daqui. Eram deste mundo, mas foram resgatados e agora são concidadãos da família dos santos, cidadãos dos céus. Por último, é de destacar que este mundo terreno está reservado para o fogo do dia do juízo, assim como um dia esteve reservada para as águas do dilúvio. E, portanto, cada um deve se salvar dele enquanto pode.
É de esclarecer que existe salvação para todo aquele que deseja ser salvo, a qual se dá através do reconhecimento e da aceitação de que o sacrifício realizado por Jesus foi pessoal, ou seja, foi realizado exclusivamente em seu favor, em função do grande amor de Deus. Esse reconhecimento implica a tomada de uma atitude também pessoal para que o interessado possa ser salvo. Cf. Gn 1:27-28; Sl 24:1; 33:8; Mt 5:14; 13:8; Ef 2:19; 2 Pe. 3:5-7; 1 Jo 5:9; 14:30; 16:11; 17:16; 18:36.
Ante o exposto, cremos ter ficado evidenciada a importância de se adquirir um conhecimento primário sobre a realidade material em que se vive – a Terra – e sobre as diferentes realidades espirituais, caracterizadas como Céu e Inferno, ante a possibilidade concreta de que um dia cada um haverá de habitar em uma delas na condição de ser espiritual.
É de se esperar que tal conhecimento possa propiciar a tomada de uma decisão salvadora, por parte de cada conhecedor, mediante o reconhecimento e a aceitação de Jesus como único Salvador. Cf. Jo 1:11-12; 3:16; 5:24; Rm 10:9-10.
Que Deus abençoe a todos os que tenham feito a boa decisão e conceda novas oportunidades aos demais, antes que chegue o fim dos dias.

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