Em 10 de julho de 2016 iniciou um trabalho de evangelismo de crianças na comunidade do Mato Grosso, na Gleba de Vila Amazônia, localizada a 40 minutos de distância de barco saindo de Parintins. No 21 de abril de 2017, com a presença dos irmãos de Parintins e comunidade da Filadélfia foi realizado um culto no local oficializando como mais um trabalho Neotestamentário na zona rural. Os responsáveis pelo trabalho serão o casal diáconos. Josias Ribeiro Filho e Nailza Batista, os mesmos iniciaram ali o evangelismo de crianças há um ano atrás, em um barracão atrás da residência da irmã Maria Batista, a mesma já doou um terreno pra igreja em frente à sua residência.
Irmãos da Colônia Filadélfia
No culto o local foi consagrado e oficializou-se a data do dia 21 de abril de 2017 como início de uma congregação Neotestamentária na Zona Rural de Parintins -Am, com a presença também da comunidade local.
Liderança de Parintins, AM
Ao final do culto foi servido um delicioso lanche aos presentes.
Vila Amazônia
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Vila Amazônia é uma comunidade rural da cidade brasileira de Parintins, Amazonas.
Para chegar lá é necessário, partindo-se de Parintins, pegar uma balsa
no lago da Francesa (cheia), por R$ 2,50 (Pedestre). Na década de 20, do
século passado uma delegação japonesa visitou a região a convite do
governador do Estado do Amazonas. Com o declínio do comércio da borracha
o governador Ephigênio Salles, plagiando iniciativa similar do
governador do Estado do Pará, procurava alternativas econômicas para seu
Estado e ofereceu aos japoneses 1 milhão de hectares, em troca de
mão-de-obra especializada. Os empresários japoneses Kinroku Awazu e
Genzahuro Yamanishi, ante a magnitude do empreendimento e a distância de
sua terra natal, acabaram desistindo da idéia. O deputado Isukasa
Uyetsuka, porém, ao tomar conhecimento do projeto acreditou na sua
viabilidade assumindo a responsabilidade de executá-lo. Embora a doação
das terras tenha sido rejeitada pelo Senado Federal, Uyetsuka,
determinado, comprou uma área de 1,5 mil hectares banhada pelo Rio
Amazonas e pelo Paraná do Ramos, a leste da cidade de Parintins,
aproximadamente 20 minutos de barco. A localização estratégica
permitiria escoar a produção tanto para Manaus quanto para Belém. A
opção adotada foi o cultivo da juta oriunda da Índia que seria o carro
chefe da produção e serviria de base econômica para a colônia. A fibra
era fundamental para o comércio internacional onde era usada nos sacos
de café e outras mercadorias e poucos países a produziam em larga
escala.
No dia 21 de outubro de 1930, foi lançada a pedra fundamental na
antiga Vila Batista que recebeu o novo nome de Vila Amazônia. Tsukasa
Uyetsuka procurando melhor preparar os imigrantes que iriam encarar os
desafios do empreendimento transformou uma escola de artes marciais, no
Japão, na “Escola Superior de Imigração” (Kokushikan Koutou Takushoko
Gakko). Cuja denominação passou a identificar seus alunos, os
koutakuseis, rapazes entre 18 a 20 anos que aprendiam técnicas
agrícolas, noções de construção civil e língua portuguesa. No dia 20 de
junho de 1931, chegaram a Manaus os primeiros 35 koutakuseis e três
formandos da Faculdade de Agronomia de Tóquio, acompanhados do professor
Sakae Oti.
Todas as etapas do projeto estavam indo de vento em popa, localização
adequada, produto valorizado, trabalhadores qualificados. A juta,
porém, não atingia o tamanho ideal para o corte e os colonos além de ter
de realizar o plantio e a colheita em locais alagados precisavam se
dedicar à construção da infra-estrutura da vila. Dois anos se passaram
até que Riyota Oyama observou que duas de suas mudas eram maiores e mais
saudáveis e decidiu transportá-las para um local mais adequado, na
viagem acabou quebrando uma delas. Oyama, então, colheu as sementes do
único espécime que restara e as levou para Uyetsuka.
“Pensei que seria sem dúvida uma graça de Deus, e dei ordem para
semear as sementes”. (Tsukasa Uyetsuka) As sementes foram plantadas e
transformaram-se em novas matrizes dando origem a novas sementes.
Uyetsuka buscou recursos junto a Mitsubishi, Mitsui e Sumitomo e outras
empresas japonesas, fundando, em 1935, a Companhia Industrial
Amazonense. Em 1937, foi colhida a primeira tonelada de juta da Vila
Amazônia. Sete turmas de koutakuseis, 249 jovens, foram enviadas ao
Brasil, em um período de sete anos. A perspectiva era de que a colônia
da Vila Amazônia abrigasse dez mil imigrantes, ou dez mil famílias.
No início a infra-estrutura na Vila era precária, sem energia
elétrica ou água encanada e a maioria das casas era de palha. Duas
tecelagens foram instaladas em Manaus, a Brasiljuta e a Fitejuta, a
renda obtida com a produção da juta trouxe o progresso e, em breve,
surgiram melhorias e a vila ganhou escola, templo, armazéns e hospital,
com médicos oriundos do Japão, que prestavam atendimento até para
pacientes vindos de Belém. Surgiram culturas paralelas, de hortaliças e
frutas. O cultivo da juta prosperou e se esparramou pelas várzeas do Rio
Amazonas e de seus tributários de águas brancas, tornando conhecida a
Vila Amazônia, valorizando a imigração japonesa pela produção dessa
fibra vegetal que deu sustentação econômica à região durante décadas.
II Guerra Mundial
O ataque surpresa da Marinha Imperial Japonesa à base naval
norte-americana de Pearl Harbor, às 8 horas da manhã, de 7 de dezembro
de 1941, marcou a entrada dos EUA na Segunda Guerra Mundial e o início
da Guerra do Pacífico. No Brasil e em todo o mundo os imigrantes
japoneses passaram a ser vistos como inimigos nacionais perderam o
direito à posse da terra, foram proibidos de fazer reuniões públicas e
falar seu idioma. O fluxo imigratório foi interrompido. Na Amazônia
muitos deles foram feitos prisioneiros de guerra e levados para
Tomé-Açu, no Pará, onde já existia uma grande colônia instalada e ainda
hoje é uma importante colônia japonesa. Apesar dos contratempos o
cultivo da juta continuou.
Nos idos de 1938 e 1942, foram produzidas mais de 5 mil toneladas da
fibra. Em 1941, depois de uma conversa entre Tsukasa Uyetsuka e o
presidente Getúlio Vargas, em Parintins, foi aprovado um Decreto
oficializando a cultura. Apesar disso, em 1946, os bens da Vila Amazônia
foram a leilão como espólio de guerra e a Companhia Industrial
Amazonense foi vendida para a empresa J.G. Araújo. No início da década
de 50 Uyetsuka tentou, sem sucesso, dar continuidade à saga dos
koutakuseis.
Hoje, na antiga Vila Amazônia, existem poucas lembranças dos
valorosos guerreiros da juta, a bela sede da antiga administração está
em ruínas e no antigo cemitério japonês as poucas lápides, quebradas por
vândalos, materializam o descaso do poder público, mas guardam ainda
muito da determinação daqueles heróis orientais que tombaram ante a
malária, a febre amarela e outros desafios da selva tropical.
Infelizmente, mais uma parte de nossa história se vai, a “inconstância
tumultuária” do Rio-mar parece cravar suas garras na consciência de um
povo acostumado à dinâmica de um Rio que leva por diante barrancos,
ilhas e a memória ancestral. Os governantes e a população contaminados
pelo Rio menino são incapazes de tomar atitudes que preservem nosso
patrimônio cultural.
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