segunda-feira, 12 de setembro de 2016

A VINGANÇA NÃO NOS PERTENCE

Gn. 37.18-24;28, 50.15-20

Quando somos maltratados, caluniados ou mesmo insultados, nossa resposta imediata é sair a busca do culpado. Ajustar contas é nosso principal empenho, e isso parece muito natural. Mas de acordo com a palavra de Deus, nosso futuro será bem trágico se não soubermos lidar com a raiva.
O que aconteceu com os irmãos de José foi exatamente isso,  eles não souberam lidar com a raiva e com a inveja, por sentirem que José era o filho predileto de Jacó. E resolvem se vingar, afinal tinham todos os motivos do mundo. Então venderam José, e este foi parar no Egito, na casa de Potifar.  A mulher do patrão tentou seduzi-lo e ele foi parar na prisão por ter recusado fazer o que ela queria.
Faraó ficou sabendo que José interpretava sonhos... José interpretou os sonhos de Faraó, e  por causa disso ele conseguiu a segunda posição mais alta de todo o Egito.
Enquanto isso teve inicio uma grande fome e Jacó envia seus filhos ao Egito a procura de mantimentos. Os irmãos nem desconfiam, mas estão diante do irmão que o venderam há 22 anos. Eles não o reconhecem, mas José, sim. Agora era a sua chance de se vingar. Estava no controle da situação. Era só querer e eles estariam mortos.

JÁ SENTIMOS A TENTAÇÃO DA VINGANÇA?
Para cada um de nós é preciso que essa pergunta seja feita:
Desde quando somos Deus? Não podemos fazer o trabalho por Ele.
Pois conhecemos aquele que disse: "A mim pertence a vingança...” Hebreus 10:30

Não digas: “Vingar-me-ei do mal; espera pelo Senhor, e ele te livrará.”
(
Provérbios 20:22)
José compreende que a vingança não pertence a ele, mas a Deus: Em vez de se vingar, ele se revela aos irmãos e faz com que toda a sua família venha para o Egito. Ele garante a segurança deles e fornece um lugar para viverem em harmonia por 17 anos.
Então Jacó morre e os irmãos entendem que chegou a hora da vingança. Então se dirigem a José e clamam por piedade. Vendo então os irmãos de José que seu pai já estava morto, disseram: Porventura nos odiará José e certamente nos retribuirá todo o mal que lhe fizemos. Portanto mandaram dizer a José: Teu pai ordenou, antes da sua morte, dizendo: Assim direis a José: Perdoa, rogo-te, a transgressão de teus irmãos, e o seu pecado, porque te fizeram mal; agora, pois, rogamos-te que perdoes a transgressão dos servos do Deus de teu pai. E José chorou quando eles lhe falavam, Gn. 50:15-17.

O que está claro aqui é que a vingança não nos pertence. Se a vingança não é nossa, ela pertence unicamente a Deus!
Deus não pediu para nos vingarmos! Por quê? A resposta está na segunda parte da resposta de José: (V.20)“Vós bem intentastes mal contra mim; porém Deus o intentou para bem, para fazer como se vê neste dia, para conservar muita gente com vida.Ele não olha para a traição de seus irmãos, porque ele vê a lealdade de Deus.
Perdoar alguém é mostrar reverência a Deus. Perdão é declarar que Deus é justo e fará o que é certo. A reação de José mostra maturidade e percepção.
José tem visão. Quando temos visão, o intuito de vingança desaparece do nosso coração., porque: “Não havendo profecia, o povo perece; porém o que guarda a lei, esse é bem-aventurado,  Pv. 29:18. José cria naquilo que Deus lhe havia mostrado, e permaneceu fiel.
Pessoas que são fiéis ao projeto de Deus serão bem sucedidas nos seus empreendimentos, apesar de todas as dificuldades que possam encontrar ao longo do caminho.

Um comentário:

Ivon Pereira da Silva disse...

A reflexão sobre a necessidade do perdão, como bem ficou demonstrado neste artigo da nossa irmã Maria José (LIKA) de Barra dos Bugres, deveriam ser uma atitude diária. Quando nos ajoelhamos diante de Deus para clamar e agradecer por mais um dia, pelos seus cuidados para com todos os irmãos, pelos que estão sofrendo com problemas de saúde, falta de emprego, e tantas situações que nos rodeiam cotidianamente, o Perdão com ação deve estar presente. Fico feliz em ler e refletir temas gratificante como este aqui bem explicado.