Reflexão.
Uma vez, conversando
com um irmão e amigo chamado Charles Correia, o qual pela graça e misericórdia de
Deus, já teve seu espírito recolhido; ele meio nervoso com umas informações que
eu lhe passava a respeito da certeza de salvação que a Palavra de Deus garante
àquele que crê de todo o coração e do perdão de pecados pela graça, dentro de seu Fiat Uno de cor bordô,
juntamente com sua, na época namorada me perguntou: Então Zigo, pelo que você
está dizendo, existe pecadinho e pecadão?
Sim, existe. Respondi-lhe. Ele
assustado me perguntou de novo: Para Deus existe pecadinho e pecadão? Sim! Reafirmei-lhe.
Então eu preciso reaprender muita coisa que me foi ensinado até hoje, disse-me
ele com os olhos azuis arregalados e com um sorriso sem graça, olhando pelo
retrovisor interno.
Minha resposta foi de
ímpeto; mas depois eu fui pensar: Será que respondi certo ao irmão Charles?
Então fui pesquisar e fiquei bem tranquilo diante de Deus por aquela resposta
que lhe havia dado.
É muito fácil dizer
que para Deus todos os pecados são iguais, porque assim morre a discussão. Mas
à luz da Palavra de Deus, eu me sinto com a consciência limpa em afirmar que há
diferença entre pecados e pecados para Deus.
No Velho testamento,
por exemplo, na época em que se tinha que seguir a Lei, a gente vê que havia
essa diferença. Em Lv. Capítulos de 1 a 5,
que fala dos diversos tipos de pecados do povo, dos sacerdotes, dos príncipes,
dos pecados voluntários e involuntários, dos ocultos e dos que eram conhecidos
de todos, ou seja, aqueles pecados públicos. De acordo com o pecado eram feitos
os sacrifícios. Às vezes uma fêmea de gado miúdo, uma cordeira ou uma cabrita
ou mesmo um casal de rolinhas, para, por exemplo, um pecado de haver tocado num
animal imundo ou por ter feito um juramento temerário, ou até um pouco de
farinha, caso não tivesse em condição de oferecer pelo menos dois pombinhos ou
rolinhas. Lv. 5:1-11. Outras vezes
tinha que ser um carneiro macho, de estimação que estivesse entre o rebanho, sem
mancha, por exemplo, pelo pecado de sacrilégio e ignorância. Lv.
5:14-18.
A verdade é que tudo
que desagrada a Deus é pecado. Aliás, a palavra pecado significa errar o alvo;
não atingir a marca; estar em desacordo com a vontade de Deus; desobedecer a
lei, isso é pecado e todo pecado é ofensa contra Deus e Ele deles se desagrada.
Todo pecado provém do pecado original de Eva e Adão, quando desobedeceram a
Deus comendo do fruto de que Deus proibiu-lhes comer. “Portanto, assim
como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim
também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram.” Rm 5:12. E, com certeza, Deus se
entristece com qualquer espécie de pecado; entretanto, conhecendo a Deus e analisando a Sua
Palavra, eu particularmente, O encontro fazendo diferença entre pecados mais e
menos graves.
Pensemos por exemplo
num pecado involuntário que é aquele pecado, que independe do nosso querer, às vezes
caímos no erro de cometê-lo sem percebermos. Com palavras ou ações. Quando nos damos conta, nos sentimos culpados
e tocados pela voz do Espírito Santo falando em através da nossa consciência;
aí, pensando sobre o assunto, nos damos conta de que realmente pecamos, e temos
que pedir perdão a Deus, que perdoa a todo pecado e toda injustiça. “Se confessarmos os nossos pecados Ele é fiel
e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça” 1 Jo. 1:9.
Esta
semana, por exemplo, eu estava chegando ao banco do Brasil, aqui na cidade de
Foz do Iguaçu e vi na calçada um senhor bem idoso, barbudo, muito magro e sujo
pedindo esmolas. Ele estendeu a mão e me pediu uma moeda. No momento, com
tantas pessoas passando por ali, e eu com bastante pressa, disse-lhe: “não tenho
nada”. Entrei, saquei um dinheiro que precisava e, no momento em que estava
colocando na carteira vi que tinha R$2,00. Então senti remorso. Eu havia
mentido para aquele pobre e carente homem. Eu lhe disse que não tinha nada! E
quanta coisa eu tenho, que Deus me deu, além daquele dinheiro! No retorno eu
lhe entreguei os 2,00, no momento em que outra pessoa estava entregando-lhe uma
garrafa de água. O Espírito Santo falou em minha consciência que eu havia
pecado. Pedi perdão aDeus naquele momento.
E o pecado
circunstancial? Pecado circunstancial é aquele pecado, cuja circunstancias, nos
forçam a cometê-los. Por exemplo, uma telefonista que é obrigada pelo patrão a
dizer que ele não está, sendo que ela está, muitas vezes enxergando-o acenando
do outro lado ou à porta, para que ela diga isto a quem está do outro lado da
linha. Um vendedor que fala muitas vezes o que não é verdade a respeito de seu
produto a fim de convencer o comprador. Uma “mentira branca” para se safar em
alguma situação. Aí você me diz: “o crente não pode mentir e ponto final”. Não
pode, não deve, mas o faz ou não? Aquele que diz que não, é um gigante em
desonestidade consigo, mesmo e com Deus. Pensando por exemplo em Raabe, Jacó, Isaque, Abraão,
que mentiram. Davi que, quando estava fugindo do rei Saul comeu o pão da
preposição que só era permitido dar ao sacerdote. 1 Sm. 21. Outro exemplo de Davi “fingindo” ser doido diante de
Aquis rei de Gate. 1 Sm. 21:13-15. É pecado fingir? Claro que é! Ananias e Safira, por causa do
fingimento e mentira, foram mortos. Mas as situações foram diferentes, e,
claro, a época também. As intenções foram diferentes.
Há também o pecado
programado, pecado deliberado; aquele que a pessoa decidiu, programou, projetou
e se esforça ao máximo até cometê-lo, investe nele, e por fim se da por
satisfeito quando o realiza. “Se pecarmos
deliberadamente, voluntariamente,
decididamente, depois de ter
conhecimento da verdade, já não resta sacrifícios por esses pecados.” Hb. 10:26. Não restam sacrifícios a não
ser o sacrifício de Cristo, dando-se a Si mesmo na cruz pelo pecado de toda a
humanidade. Quero chamar a atenção ao que se referia ao sacrifício na época da
Lei, e que realmente não havia sacrifício a ser feito para tal pecador. Hoje,
na dispensação da graça, temos nosso Advogado Jesus Cristo. “Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo
para que não pequeis; e, se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai,
Jesus Cristo o justo. Ele é a propiciação dos nossos pelos nossos pecados e não
somente pelos nossos, mas também pelos de todo o mundo”. 1 Jo. 2:1,2.
O crente não deve viver na prática do pecado,
porque é um crente e O Espírito Santo habita nele e fala com ele através da
consciência, sobre o que deve e o que não deve fazer. Mas às vezes, por um
deslize peca. “Se dissermos que não cometemos
pecado, enganamo-nos a nós mesmos e a verdade não está em nós”. 1 Jo. 8. “Se dissermos que não pecamos, fazemo-lo mentiroso e a Sua Palavra não
está em nós”. 1 Jo. 1:10.
O mesmo rei Davi
programou o pecado com Bete-Seba, que diz que ele viu a mulher, procurou saber
quem era ela, depois mandou buscá-la e depois programou Tim-Tim, por Tim-Tim
uma maneira de culpar Urias. Vendo, porém, que não conseguiria, programou então
a morte dele para que ele, Davi, não fosse visto como o culpado do adultério
que cometera. Esse rei, homem segundo o coração de Deus, sofreu duras
consequências pelos seus erros, pelo resto de sua vida.
Pensemos: Digamos que
você tenha uma padaria e vê uma mulher com uma criança faminata, entrando,
pegando um pão e saindo sem pagar, o que você faria? A deteria? chamaria a polícia para que ela fosse presa
pelo fato de haver roubado um pão? A condenaria? Ou “fingiria” não ver, e
talvez, ainda desse também um leite? Ou olharia pra ela com um olhar fico para
mostrar que você percebeu mas não reagiu PR ver a necessidade dela e da
criança? E se você visse uma pessoa
chegar de carro ou moto e roubasse o dinheiro do caixa, ou furtasse outra coisa
não seria diferente? Mas nas duas
situações, não seriam roubo ou furto?
Pois, pensando assim,
eu creio que, se para nós humanos e “sendo
maus”, como diz em Mt. 7:11, pensaríamos e agiríamos de formas diferentes,
quanto mais Deus que é misericordioso? Penso que Deus faz diferença nas
punições e vê pecados mais e menos graves.
Em Pv.
6:16,17, fala de seis coisas que deixa o Senhor aborrecido (chateado, contrariado, desgostoso) e a última que Ele abomina (detesta, odeia, não suporta).
Em 1 Jo. 5:16,17 diz que há pecado para a
morte, e por esse não se deve apenas orar, mas há pecado, pelo qual se deve
orar, caso pegue seu irmão cometendo, para que ele seja perdoado e o pecado
deixado. “Porque “o que confessa e deixa alcançará misericórdia”. Pv. 28:13.
Em Mt. 18:15 diz: "Se o seu irmão pecar contra ti, vai e repreende-o, entre ti e ele
só; se te ouvir, ganhaste o teu irmão”. Nos dois versículos
seguintes diz que “se ele não ouvir, leva
ainda contigo uma ou duas testemunhas, e se não escutar,a recomendação é que se
leve á igreja”, para que aquela pessoa seja separada da comunhão, “sendo considerada como gentio e publicano”.
Ou seja, o pecado foi agravado. Assim como em 1 Jo. 5:16,17, não basta orar por ele ou com ele simplesmente; é
pecado de morte e deve ser tratado. (separado da comunhão), para que Deus trate
com ele, uma vez que não aceitou o tratamento do irmão ou da igreja.
Grande abraço!
Zigo.
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