JACÓ LUTA COM O ANJO QUASE A NOITE
TODA.
Jacó havia saído fugido da
casa de seu sogro, e retornado às terras de Gileade. Depois de um encontro
emocionante com seu sogro Labão que havia saído no seu encalço para resolver
umas questões financeira e familiar, Jacó resolveu se reconciliar com seu irmão
Esaú, a quem ele havia enganado, tirando-lhe o direito da primogenitura, tomando-a
por um prato de lentilhas e roubando também a bênção de seu pai Isaque, que
seria de Esaú.
Agora Jacó estava
disposto a uma reconciliação, mas precisava encontrar a Esaú que estava em
Seir, território de Edom. Na sua ida, Jacó levava muitos presentes para Esaú
porque tinha medo de uma represália. Mandou os presentes na frente, e ficou no
acampamento com suas esposas suas servas e seus onze filhos. Talvez por não
conseguir dormir de preocupação, resolveu se levantar na mesma noite e enviar
também a sua família e tudo o que lhe pertencia para o outro lado do ribeiro depois
do vau de Jaboque que ficava na divisa das terras de Esaú. Ele, Jacó, ficou só
no acampamento, e eis que lhe apareceu O Anjo do senhor para lutar com ele, e eles lutaram até ao romper da alva. O Anjo
queria ir embora, Jacó, porém, pacientemente, continuava não o deixando ir enquanto não o abençoasse. O Anjo não
podendo com ele tocou-lhe na articulação da coxa, deslocando a junta, o que
deve ter doído muito. Entretanto, Jacó não desistiu. Ao romper do dia o Anjo
pediu outra vez: “Deixa-me ir, pois já
rompeu o dia. Jacó respondeu: Não te
deixarei ir se não me abençoares”. Jacó estava dizendo em outras palavras:
Pode demorar o tempo que for não vou te deixar sair; não estou com pressa, quando quiser me abençoar,
estamos conversados, a pressa é toda sua. Claro que o anjo tampouco estava com
pressa, mas queria ver até onde ia a paciência de Jacó. Com tanta perseverança o anjo o abençoou,
mudou o seu nome de Jacó, que quer dizer trapaceiro, usurpador, para Israel,
príncipe que luta com Deus.
Depois de nascer o sol,
Jacó muito cansado e mancando de uma perna da qual ficou manquejando para o
resto da vida, levantou os olhos e viu a Esaú que se aproximava. O encontro foi
de paz e muito emocionante.
Podes imaginar como seria
não fosse a paciência, a persistência, a constância de Jacó na luta com o Anjo?
Teria sido abençoado Jacó? O resultado do encontro teria sido o mesmo?
Jeremias diz que “as misericórdias do Senhor são a causa de
não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não tem fim; se renovam a
cada manhã. Grande é a tua fidelidade”. Lm. 3:22,23. Quando diz que as misericórdias do Senhor não tem fim, está salientando a grande paciência de
Deus diante de tantas falhas nossas. Se Deus fosse impaciente conosco diante de
nossos erros, o que seria de nós? Deus é longânimo até com os que ainda estão
perdidos, “não querendo que nenhum se
perca, mas que todos cheguem ao arrependimento”. 2 Pe. 3:9. Não apressemos as coisas, tenhamos paciência e esperemos
tempo de Deus em todas as coisas!
Grande abraço.
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