domingo, 28 de outubro de 2007

Marcha para Jesus II

Todos os crentes em Cristo Jesus formam um só corpo, diz a Bíblia (Gl 3:28). Mas não somos todos iguais. Seguimos a idéia do corpo único que tem muitos membros (1 Co 12:12). Não discordamos que as demais denominações façam parte do Corpo de Cristo e sejam membros dele. Mas, com certeza, eles são membros diferentes de nós e com funções diferentes das nossas, da mesma forma que, dentro da Igreja Neotestamentária nós também somos um corpo com diversos membros, mas cada um com a sua função específica (Rm 12:4). O nosso relacionamento com as outras igrejas evangélicas deve ser harmônico, mas completamente independente. Cada um deve fazer a sua parte, sem intervir na parte do outro. A mistura vai acarretar problemas de diversas ordens. Problemas que ninguém deseja. Nem nós, nem eles. Vale lembrar que o nosso Deus não é de confusão (1 Co 14:33). Eu diria sem nenhum receio que, se alguém não está satisfeito com o modo de ser neotestamentário e está desejando servir a Deus de conformidade com as idéias de quaisquer outros grupos, melhor seria que aderisse a eles de uma vez por todas. Nenhuma coisa deve ser feita “por constrangimento, mas espontaneamente, como Deus quer; nem por sórdida ganância, mas de boa vontade” (1 Pe 5:2). Não é possível comungar idéias díspares ao mesmo tempo. Uma atitude de saída seria muito mais benéfica para todos do que uma insatisfação e um desprazer. É de destacar que devemos ser sinceros, tanto conosco como também com os demais. Seja o vosso sim, sim e o vosso não, não (Tg 5:12). Neotestamentário ou não, essa é a idéia.
Por outro lado, é de observar que nós sempre julgamos e sempre fomos e sempre seremos julgados pelas nossas ações (1 Co 6:2-3; 14:29). Isso acontece neste mundo e ocorrerá também no além (At 17:31). “Assim, pois, cada um de nós dará contas de si mesmo a Deus” (Rm 14:12). Além disso, “com o critério com que julgardes, sereis julgados; e, com a medida com que tiverdes medido, vos medirão também” (Mt 7:2). Na verdade, “aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo, depois disto, o juízo” (Hb 9:27).
Julgar e ser julgado sempre, eis a lei natural. Isso é corolário dos princípios da causa e efeito e da reciprocidade. Pode-se ver que está presente em praticamente todas as situações da vida de uma pessoa. Só para ilustrar, podemos destacar o perdão, lembrando que Jesus, quando falava sobre a oração, ensinou que deveríamos pedir em função do que havíamos dado. Então seriamos atendidos na medida em que tivéssemos perdoado àqueles que nos tivessem ofendido. Em outras palavras: somente haveria perdão para nós, se antes tivéssemos sido capazes de perdoar. Aplicação direta do princípio da reciprocidade: façam por mim o que eu fiz por vocês (Mt 6:12-15).
Uma coisa é certa. As idéias que disciplinam a organização do reino de Deus são muito semelhantes às idéias que foram plantadas por ele em cada criatura, inclusive em nós, quando do ato de criação. Não é à toa que Jesus falava por meio de figuras conhecidas por nós. Mesmo que as coisas celestiais sejam superiores às terrenas, há coisas que na Terra nós consideramos boas e outras que consideramos ruins. Nós seguimos esse mesmo parâmetro para entender as coisas lá de cima. É claro que quando estivermos lá, não haverá mais necessidade de comparações, porque então veremos tudo como realmente é. Mas, até que isso aconteça, a linguagem figurada é o caminho exemplificado pelo Senhor Jesus. “Estas coisas vos tenho dito por meio de figuras; vem a hora em que não vos falarei por meio de comparações, mas vos falarei claramente a respeito do Pai” (Jo 16:25). “Porque, agora, vemos como em espelho, obscuramente; então, veremos face a face. Agora, conheço em parte; então, conhecerei como também sou conhecido” (1 Co 13:12).
Destarte, vejamos como se dão os julgamentos na terra.

Nenhum comentário: